sábado, 17 de dezembro de 2011
A rebelião
Este é um dos acontecimentos limítrofes com o qual o agente é obrigado a lidar: a rebelião. Esta situação provocada, organizada, planejada
e executada pelos menores expõe todos os monitores da Febem a uma
condição de risco extremo de serem feitos reféns, de agressões violentas
e de morte.
Além destes riscos, os trabalhadores, após terem vivenciado uma
rebelião, possivelmente apresentarão, em um primeiro plano, sintomas de
estresse pós-traumático e em outros planos poderão sofrer sérias mudan-
ças na sua postura profi ssional, bem como implicações sobre continuar ou
não trabalhando como monitor na Febem.
Como surge então uma rebelião? Quais fatores ou condições propiciam
a sua eclosão? Quais os seus objetivos?
Segundo os próprios agentes, a rebelião, tem diferentes nuances e facetas. É sem dúvida uma situação extrema, quando as formas de controle
objetiva e subjetiva já não encontram continência e nem tampouco surtem
efeito: O jeito é “virar a casa”, ou seja, tomar o controle, desorganizar, destruir, queimar, extrapolar todas as barreiras, mesmo que o preço seja a
própria vida.
Apesar desta desorganização e destruição, em geral elas têm objetivos
bem definidos: rebeliões são organizadas para disputa de grupos rivais;
para agredir os funcionários (para “zuar o funça”, na linguagem do menino),
em geral bem definidos anteriormente em função da relação deste com
os meninos e de sua postura no pátio; para dominar a casa ou para fugir.
Os agentes experientes identificam algumas situações e momentos
em que pode emergir uma rebelião.
A “casa desandada” , nas mãos dos meninos com a conivência do diretor “paga pau” "madeirão"
e de monitores sem uma postura firme, pode abrir precedentes para troca de favores, como levar celular, e até drogas para dentro
das unidades, favorecer a ausência de rotina e a resistência a esta rotina
por parte dos meninos.
Além disso, outros indícios são descritos como: o uso da “touca ninja”
o “bater grade”
; o ficar cochichando em grupos; o cantar em grupo para
dissimular o ruído da confecção de armas brancas (“estiletes, highlander”
etc); a retirada dos parafusos das trancas (usados para produção de
armas), “além de um espírito de rebelião, uma tensão que é sentida no ar
e a gota d’água que faz a coisa desandar”. Todas estas dicas, se percebidas
pelo agente, daí a importância da experiência, do funcionário de carreira.
Quando a rebelião eclode ou mesmo um tumulto, exigem-se do monitor posturas de contenção dos meninos e do movimento. Se há experiência
por parte do coordenador de turno e dos monitores, as providências tomadas serão no sentido de retirar do pátio e da unidade todos os monitores
e monitoras, trancar as portas e chamar os vigilantes, o “choquinho” ou
mesmo a tropa de choque para conter o movimento sem que os meninos
percebam suas intenções.
No entanto, apesar das providências tomadas e de se chamar o refor-
ço, o “choquinho” nem sempre atende a solicitação de imediato e aí as conseqüências do atraso são as agressões, a destruição, as fugas etc. E
em várias ocasiões, exige-se do monitor, em sua atividade de trabalho, o
uso da violência para a contenção do menino. Esta é uma questão séria e
complexa, pois este mesmo agente do qual se exige uma postura de contenção, pode ser demitido por justa causa em função desta exigência após
o final da rebelião.
Quando o movimento é apenas de tumulto, agentes e coordenadores experientes controlam a situação “no grito. A primeira coisa é ficar de
pé, se estiver sentado; bater a cadeira no chão e gritar: pára, pára. Após o
controle da situação, forma-se todos os meninos no pátio, só de coruja e
dá uma lição de moral neles”.
As rebeliões muitas vezes têm saldo bastante negativo, tanto para
meninos como para agentes, sejam por agressões, acidentes de trabalho, óbitos etc. Pode ocorrer também a culpabilização do funcionário e
o afastamento de grande número de agentes de uma mesma unidade
motivado por doença pós-rebelião, por demissões por justa causa ou por
demissão espontânea.
Os agentes são tomados por sentimentos e emoções contraditórias
quando em situações de tumulto, agressões ou de rebeliões. Pensando em
termos da teoria do estresse, verifica-se claramente o estado de alerta que
é disparado a partir de um estímulo de perigo e as reações de fugir ou de
lutar.
(extraido do livro "monitores da febem"
Plantões Noturnos
O período noturno costuma ser referido como um prêmio para o agente que trabalha nele, pois além de receber o adicional noturno (um acréscimo fi nanceiro), garantido por lei, seu contato com o adolescente será
diminuído em função das poucas horas em que o menino permanece no
pátio no período da noite, uma vez que eles têm horário defi nido, por volta
das 21:30 horas, para dormir
“À noite sempre é os mais antigos, porque a noite é como se fosse um prêmio, o cara é antigo, vai indo
para a noite. Então, é uma promoçãozinha que você recebe porque eles
não dão outro meio de vida pra pessoa, não tem outros cargos... Se eu for
um cara bem visto, quiser dar aquilo como prêmio, manda ele pra noite”.
Aqui já temos um elemento importante que pode surgir em decorrência
do contato do monitor com o adolescente, ou seja, a evitação, evitar permanecer muito tempo próximo ao adolescente como um fator de proteção
à saúde. É um tipo de postura do agente perante o menino.
Assim, começamos a vislumbrar um aspecto do trabalho agente
que em geral o desgasta – a longa jornada de trabalho com o menino infrator durante o período diurno no pátio – indicando que o seu objeto de
trabalho se constitui em um fator de preocupação, de tensão, de risco para
a sua saúde ou para acidentes de trabalho. Segundo alguns agentes, as
poucas horas do agente ao lado do jovem no período noturno, “não se constituem em impedimento para o adoecimento do monitor, mas estressa bem menos”.
No período diurno, o monitor está em contato constante com o adolescente, por um período de até doze horas, e “de dia o monitor não pára, é
um caos”, podendo desde jogar dominó até ser refém destes mesmos meninos quando eles “viram a casa”
extraido do livro "monitor da febem"
diminuído em função das poucas horas em que o menino permanece no
pátio no período da noite, uma vez que eles têm horário defi nido, por volta
das 21:30 horas, para dormir
“À noite sempre é os mais antigos, porque a noite é como se fosse um prêmio, o cara é antigo, vai indo
para a noite. Então, é uma promoçãozinha que você recebe porque eles
não dão outro meio de vida pra pessoa, não tem outros cargos... Se eu for
um cara bem visto, quiser dar aquilo como prêmio, manda ele pra noite”.
Aqui já temos um elemento importante que pode surgir em decorrência
do contato do monitor com o adolescente, ou seja, a evitação, evitar permanecer muito tempo próximo ao adolescente como um fator de proteção
à saúde. É um tipo de postura do agente perante o menino.
Assim, começamos a vislumbrar um aspecto do trabalho agente
que em geral o desgasta – a longa jornada de trabalho com o menino infrator durante o período diurno no pátio – indicando que o seu objeto de
trabalho se constitui em um fator de preocupação, de tensão, de risco para
a sua saúde ou para acidentes de trabalho. Segundo alguns agentes, as
poucas horas do agente ao lado do jovem no período noturno, “não se constituem em impedimento para o adoecimento do monitor, mas estressa bem menos”.
No período diurno, o monitor está em contato constante com o adolescente, por um período de até doze horas, e “de dia o monitor não pára, é
um caos”, podendo desde jogar dominó até ser refém destes mesmos meninos quando eles “viram a casa”
extraido do livro "monitor da febem"
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
"mais uma vez"Funcionário da Fundação Casa é agredido por menores
Um funcionário da Fundação da Casa (antiga Febem) ficou ferido após ser agredido por menores infratores hoje à tarde, na zona leste de São Paulo.
A confusão aconteceu por volta das 15h40. Segundo a instituição, quatro adolescentes que estavam num dormitório impediram que os funcionários fizessem a revista e os agrediram.
Um funcionário ficou ferido levemente e foi socorrido. A Fundação Casa informou que a situação foi normalizada em 20 minutos e não houve tentativa de fuga.
A Corregedoria da instituição abrirá sindicância para apurar a causa da agressão.
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,funcionario-da-fundacao-casa-e-agredido-por-menores,810991
A confusão aconteceu por volta das 15h40. Segundo a instituição, quatro adolescentes que estavam num dormitório impediram que os funcionários fizessem a revista e os agrediram.
Um funcionário ficou ferido levemente e foi socorrido. A Fundação Casa informou que a situação foi normalizada em 20 minutos e não houve tentativa de fuga.
A Corregedoria da instituição abrirá sindicância para apurar a causa da agressão.
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,funcionario-da-fundacao-casa-e-agredido-por-menores,810991
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Agente da Fundação Casa é agredido com socos e chutes por interno
Vítima orientou o jovem a dormir, mas ele não respeitou a ordem e o agrediu
Um agente da Fundação Casa de São Carlos foi agredido por um jovem de 18 anos, por volta das 22h de domingo (11).
Segundo o agente, ele estava colocando os menores no alojamento para dormir quando um dos jovens começou a tumultuar o local. O agente orientou o jovem a dormir, mas o acusado não respeitou a ordem e o agrediu com socos e chutes.
A vítima registrou a ocorrência no plantão e, durante a tarde desta segunda-feira (12), fará o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
http://www.viaeptv.com/noticias/noticias_internaNOT.aspx?idnoticia=383553
Um agente da Fundação Casa de São Carlos foi agredido por um jovem de 18 anos, por volta das 22h de domingo (11).
Segundo o agente, ele estava colocando os menores no alojamento para dormir quando um dos jovens começou a tumultuar o local. O agente orientou o jovem a dormir, mas o acusado não respeitou a ordem e o agrediu com socos e chutes.
A vítima registrou a ocorrência no plantão e, durante a tarde desta segunda-feira (12), fará o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
http://www.viaeptv.com/noticias/noticias_internaNOT.aspx?idnoticia=383553
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Sitraemfa busca parcerias na ALESP para garantir direitos à categoria da Fundação CASA
presidente do Sitraemfa e diretoria com chefe de gabinte
No dia 07 de dezembro o presidente do Sitraemfa, Julio Alves, com os diretores sindicais Domingos, Valdecir e Doca foram à Assembleia Legislativa de São Paulo, no gabinete do Deputado Estadual pelo PCdoB Pedro Bigardi para buscar uma solução na garantia de direitos dos trabalhadores da Fundação CASA.Na ocasião o chefe de gabinete, Jose Carlos Pires representando o deputado, pediu informações sobre a base da categoria do Sitraemfa, após explanação, Julio informou sobre a discrepante diferença salarial que chega ao absurdo de 85% entre os trabalhadores da Fundação CASA que exerce as mesmas funções. “Pedimos aos parlamentares que se unam para termos a isonomia salarial dentro da Instituição e ainda pedimos um novo modelo de Plano de Cargos e Salários, pois o atual só consegue contemplar apenas 30% dos trabalhadores”, afirma Julio.O trabalho dentro da Instituição não é fácil haja vista que nos últimos dois concursos de 3 mil vagas apenas 700 trabalhadores continuam na Fundação. “Não podemos deixar que dois trabalhadores “cuidem” de 50 adolescentes Este é um fato que gera a insegurança dentro das unidades.” Ressalta o presidente.Os parlamentares desta CASA precisam ter um “novo olhar” para este segmento da sociedade e um ponto crucial que precisamos encaminhar é sobre a regulamentação do Estatuto da Criança e do Adolescente, iniciando dos artigos 118 e seguintes, que tratam das medidas sócio educativas.A pauta da campanha salarial de 2012 será direcionada para apreciação da CASA serão avaliados o piso salarial por categoria, segurança no trabalho e isonomia. Para o próximo ano será agendada audiência pública, reunião com líder do governo para verificar a possível reabertura do projeto de Lei que estende a periculosidade para os trabalhadores da Fundação CASA.
Deputado Pedro Bigardi
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Fonacriad faz debate nacional sobre educação e segurança nas medidas socioeducativas
Gestores da Fundação CASA e órgãos de outros estados vão se reunir na semana que vem em Águas de Lindóia.
Discutir mecanismos de aprimoramento da educação e da segurança nas medidas socioeducativas no Brasil é o objetivo do encontro que o Fórum Nacional de Dirigentes Governamentais de Entidades Executoras da Política de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fonacriad) realiza de terça a sexta-feira (3 a 9 de dezembro) em Águas de Lindóia, no Interior de São Paulo.
O Fonacriad congrega os presidentes dos órgãos públicos estaduais que executam as medidas socioeducativas nos estados brasileiros. É coordenado pela presidente da Fundação CASA, Berenice Giannella.
“A ideia é definir novos paradigmas para as ações desenvolvidas na segurança e na educação dos centros socioeducativos”, diz Berenice, que assumiu a presidência do Fonacriad em dezembro de 2010. “O encontro serve para trocarmos experiência e definirmos ações que aprimorem a qualidade do atendimento no País.”
São Paulo vai expor no encontro as mudanças realizadas pela Fundação nas áreas pedagógica e de segurança. No caso da segurança, uma inovação foi preparar os agentes de apoio socioeducativo (que substituíram a figura dos antigos monitores) para que atuem também como educadores.
“Os agentes socioeducativos devem agir também como educadores e participar ativamente do diagnóstico polidimensional do adolescente, bem como atuar no programa individual de atendimento desenvolvido com o jovem na medida socioeducativa”, explica Berenice. “Estamos trabalhando para mudar a cultura de que a segurança seja uma área estanque.”
No caso da educação, a Fundação passou a investir numa agenda que ofereça aos adolescentes de todas as unidades cursos de iniciação profissional, arte e cultura e práticas desportivas – além, evidentemente, da escola formal, também presente em todos os centros socioeducativos.
CNJ
O encontro, que terá a participação dos gestores dos 27 estados e do Distrito Federal (DF), também não deixará de tocar em questões fundamentais. Logo no início do evento, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fará uma exposição sobre as visitas realizadas em unidades de São Paulo e do restante do País – a apresentação ficará a cargo do juiz Reinaldo Cintra, assessor da Presidência do CNJ e um dos coordenadores do Programa Justiça ao Jovem.
Outro tema que não deverá ficar de fora das discussões é o rigor do Judiciário brasileiro ao internar adolescentes que não deveriam estar privados de liberdade.
No Brasil, conforme levantamento feito pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos realizado em 2010, mais de 18 mil jovens são atendidos em medidas socioeducativas de internação e semiliberdade. Atualmente, há cerca de 8.500 adolescentes no Estado em semi e internação – um aumento de mais de 40% em dois anos.
Tráfico de drogas lidera número de internações na Fundação Casa
Sem perspectivas, menor diz que voltará ao crime quando estiver em liberdade
06/12/2011 - 20:08
EPTV
Um levantamento feito pela Fundação Casa aponta um crescimento no número de internos envolvidos com o tráfico de drogas. Em 2009, quando o Estado tinha 7192 menores internados, 40% eram por roubo e 32% por tráfico de drogas.
Em 2010, o roubo caiu para 37,9%, enquanto que o tráfico subiu para 37,8%. Neste ano, são mais de 8,5 mil internos: 40% estão recolhidos por causa das drogas.
E em Ribeirão Preto, a situação é ainda mais crítica: metade dos menores está recolhida por envolvimento com o tráfico.
O lucro do tráfico de drogas, que chega a R$ 600 por final de semana, atrai jovens para o crime. E a fala daqueles que estão internados nem sempre é animadora. Um dos internos ouvidos pela reportagem da EPTV, confessou que voltará a vender drogas quando conseguir a liberdade. “Vendia cocaína. Por dia, dava para tirar uns R$ 200, R$ 300. Quando eu sair daqui vai ser a mesma situação. Eu vou continuar na mesma rotina de sempre, na luta constante do crime. Vendendo droga, roubando, matando”, disse.
Porém, outros menores pretendem seguir caminhos diferentes. “Ah, eu prefiro ficar sossegado. Vou arrumar um trabalho, terminar meus estudos. Droga eu não quero mais não. Não dá vida, não dá futuro. Só dá cadeia”, disse um outro menor. “Pretendo não vender mais droga não. Vou sair com uma profissão daqui”, declarou um terceiro.
O diretor da Fundação Casa de Ribeirão Preto, Guilherme Astolfi, afirma que é difícil combater o tráfico de drogas. Porém, é preciso agilizar o tratamento. “A droga causa sequelas que permanecem sociais, cognitivas e biológicas, que é de difícil reversão. Quanto antes começar, melhor”, disse Astolfi.
Núcleo de Atendimento Integrado
A fim de atender crianças e adolescentes envolvidos com drogas, o Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) de Ribeirão Preto, diante da demanda, criou um programa especializado para tratar e recuperar esses menores, como explica o psicólogo do NAI, Élvio Bono.
“A gente oferece atendimento multidisciplinar. Atendimento psicológico individual, familiar, e a tentativa de readaptação do adolescente. Ou seja, resgatá-lo para que ele consiga produzir e que estejam engajados em atividade sociais”, explicou.
06/12/2011 - 20:08
EPTV
Um levantamento feito pela Fundação Casa aponta um crescimento no número de internos envolvidos com o tráfico de drogas. Em 2009, quando o Estado tinha 7192 menores internados, 40% eram por roubo e 32% por tráfico de drogas.
Em 2010, o roubo caiu para 37,9%, enquanto que o tráfico subiu para 37,8%. Neste ano, são mais de 8,5 mil internos: 40% estão recolhidos por causa das drogas.
E em Ribeirão Preto, a situação é ainda mais crítica: metade dos menores está recolhida por envolvimento com o tráfico.
O lucro do tráfico de drogas, que chega a R$ 600 por final de semana, atrai jovens para o crime. E a fala daqueles que estão internados nem sempre é animadora. Um dos internos ouvidos pela reportagem da EPTV, confessou que voltará a vender drogas quando conseguir a liberdade. “Vendia cocaína. Por dia, dava para tirar uns R$ 200, R$ 300. Quando eu sair daqui vai ser a mesma situação. Eu vou continuar na mesma rotina de sempre, na luta constante do crime. Vendendo droga, roubando, matando”, disse.
Porém, outros menores pretendem seguir caminhos diferentes. “Ah, eu prefiro ficar sossegado. Vou arrumar um trabalho, terminar meus estudos. Droga eu não quero mais não. Não dá vida, não dá futuro. Só dá cadeia”, disse um outro menor. “Pretendo não vender mais droga não. Vou sair com uma profissão daqui”, declarou um terceiro.
O diretor da Fundação Casa de Ribeirão Preto, Guilherme Astolfi, afirma que é difícil combater o tráfico de drogas. Porém, é preciso agilizar o tratamento. “A droga causa sequelas que permanecem sociais, cognitivas e biológicas, que é de difícil reversão. Quanto antes começar, melhor”, disse Astolfi.
Núcleo de Atendimento Integrado
A fim de atender crianças e adolescentes envolvidos com drogas, o Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) de Ribeirão Preto, diante da demanda, criou um programa especializado para tratar e recuperar esses menores, como explica o psicólogo do NAI, Élvio Bono.
“A gente oferece atendimento multidisciplinar. Atendimento psicológico individual, familiar, e a tentativa de readaptação do adolescente. Ou seja, resgatá-lo para que ele consiga produzir e que estejam engajados em atividade sociais”, explicou.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Polícia busca 22 adolescentes
Vinte e dois internos da Fundação Casa da Vila Nova Conceição, na zona sul de São Paulo, continuam foragidos neste domingo (4). Neste sábado (3), 23 adolescentes fugiram da fundação por volta das 15h. Apenas um foi recapturado pela Polícia Militar.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, os garotos renderam os vigias – o número de funcionários não foi confirmado – e arrebentaram a porta para fugir. Não há registro de objetos queimados e princípio de rebelião.
A unidade tem capacidade para 60 jovens infratores e abriga 55. O caso foi encaminhado para a Corregedoria da fundação.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, os garotos renderam os vigias – o número de funcionários não foi confirmado – e arrebentaram a porta para fugir. Não há registro de objetos queimados e princípio de rebelião.
A unidade tem capacidade para 60 jovens infratores e abriga 55. O caso foi encaminhado para a Corregedoria da fundação.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Funcionários da Fundação Casa pedem segurança
Um diretor do sindicato dos Trabalhadores da Fundação Casa afirma que os últimos tumultos registrados não tiveram motivação.
Trabalhadores da Fundação Casa de São Paulo reivindicam mais segurança nas unidades. O sindicato da categoria diz que nenhuma atitude foi tomada após a reunião para discutir a violência, na semana passada, com a direção da entidade.
Na última terça-feira pela manhã, menores promoveram uma rebelião em Guaianases, na zona leste da capital. Dois funcionários ficaram feridos - um deles é o coordenador da unidade, que permanece internado. Outros seis servidores foram mantidos reféns por duas horas pelos 40 internos da unidade, que usaram lâmpadas para render as vítimas.
Um diretor do sindicato dos Trabalhadores da Fundação Casa, Valdeci Lopes, afirma que os últimos tumultos registrados não tiveram motivação.
Trabalhadores da Fundação Casa de São Paulo reivindicam mais segurança nas unidades. O sindicato da categoria diz que nenhuma atitude foi tomada após a reunião para discutir a violência, na semana passada, com a direção da entidade.
Na última terça-feira pela manhã, menores promoveram uma rebelião em Guaianases, na zona leste da capital. Dois funcionários ficaram feridos - um deles é o coordenador da unidade, que permanece internado. Outros seis servidores foram mantidos reféns por duas horas pelos 40 internos da unidade, que usaram lâmpadas para render as vítimas.
Um diretor do sindicato dos Trabalhadores da Fundação Casa, Valdeci Lopes, afirma que os últimos tumultos registrados não tiveram motivação.
rebeliões em duas unidades no mesmo dia (Guaianases e Franco da Rocha)
dia 29/11/2011 Franco da rocha
Na noite desta terça-feira (29), cinco funcionários da Fundação Casa de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foram feitos reféns por onze internos da unidade. O motim terminou por volta da 0h30. Após cerca de quatro horas, os cinco funcionários feitos reféns foram libertados sem ferimentos graves.. Não houve registro de outros tipos de violência, como incêndio e depredação das celas, por parte dos internos durante a rebelião.
dia 29/11/2011 Guaianases
Os 44 menores começaram a rebelião por volta das 8h30, enfrentando os funcionários da unidade. Durante o confronto, dois funcionários ficaram feridos e foram levados a hospitais da região. Um deles com suspeita de traumatismo craniano. Outros seis foram mantidos reféns até as 10h30, quando terminou a rebelião.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo/SP, os menores da unidade usaram lâmpadas quebradas para ameaçar os funcionários. A Corregedoria da Fundação Casa está investigando o ocorrido. Ainda não há informação sobre o motivo da rebelião.
Os internos se rebelaram por volta das 9h desta quarta-feira. Segundo a assessoria, seis funcionários foram feitos reféns. De acordo com informações da Polícia Militar, por volta das 9h40, um funcionário foi socorrido, mas cinco permaneceram reféns dos 48 internos até o fim da rebelião.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O que você acha de mulheres trabalhando em unidades masculinas como agentes de segurança ?
poste seu comentario a respeito deste assunto
SASU 18/03Com certeza,há muito preconceito em relação às agentes. Alguns agentes masculino acham que não temos importância e que estamos ocupando o espaço deles. Só que tem mulheres que trabalham melhor que os homens. Em algumas unidades que tem rodízio,quando sobra vaga no noturno eles só repetem os homens e as mulheres sempre ficam de fora,pois, dizem que as mulheres não fazem nada. E eles o que fazem? Dormem? Nós prestamos o mesmo concurso e passamos,então tem que nos aturar e ABAIXO O PRECONCEITO QUANTO ÀS AGENTES!!!
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Tumulto causado por internos da Fundação Casa deixa agente ferido
Menores agrediram funcionário e danificaram objetos de sala durante a tarde desta sexta
Um agente ficou ferido após um tumulto causado por oito adolescentes, na tarde desta sexta-feira (4), na Fundação Casa de Rio Claro.
De acordo com a polícia, os menores agrediram o agente e danificaram alguns objetos dentro da sala multiuso, que fica ao lado do refeitório.
O funcionário foi socorrido ao pronto-socorro da cidade e passa bem.
A polícia chegou a ser chamada, mas os menores voltaram aos alojamentos e não foi necessária nenhuma intervenção.
A assessoria de imprensa da instituição confirmou o ocorrido, mas não soube precisar a causa.
Os menores envolvidos podem ser responsabilizados por dano e lesão corporal. A Corregedoria da Fundação Casa vai investigar o caso.
http://oglobo.globo.com/brasil/tumulto-causado-por-internos-da-fundacao-casa-deixa-agente-ferido-em-rio-claro-sp-3216044
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Rebelião na Fundação Casa deixa funcionários e adolescentes feridos
Adolescentes da Fundação Casa de Ribeirão Preto se rebelaram na noite de domingo (23). A rebelião só foi controlada por volta da meia noite. Um funcionário foi mantido refém e sete meninos ficaram feridos.
Cerca de 20 adolescentes do módulo W da Fundação Casa começaram a provocar um tumulto por volta de 20h. Quatro jovens da unidade atearam fogo em um colchão para forçar os funcionários a abrir a porta do quarto. Quando a porta foi aberta, os quatro adolescentes renderam um funcionário, que foi mantido como refém por quatro horas, sob ameaça de um estilete. À meia-noite, depois de negociações, o grupo de apoio da Fundação Casa teve que intervir para pôr fim à rebelião.
Segundo o juiz da Vara da Infância e Juventude, Paulo César Gentile, sete meninos ficaram machucados. Eles foram encaminhados ao IML e depois foram medicados na Fundação. A assessoria de imprensa da unidade informou que quatro servidores também tiveram escoriações leves.
Os jovens não apresentaram reivindicações. De acordo com o juiz, os adolescentes alegaram que estavam cumprindo determinação de "superiores" para fazer a rebelião. Segundo o diretor da OAB, Daniel Rondi, a Corregedoria da Fundação Casa julgou que a intervenção dos funcionários foi necessária. A Comissão dos Direitos Humanos da OAB vai investigar se a conduta dos adolescentes pode ser punida como crime. No domingo, 85 adolescentes estavam na Fundação Casa. A capacidade é para 128 jovens.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Casa, Júlio Alves, o número de funcionários das três unidades de Ribeirão Preto é pequeno para atender a todos os internos. "As unidades seguem um modelo arcaico. Além da questão da segurança, o número de funcionários deve ser suficiente para que os adolescentes possam cumprir todas as suas atividades", afirma Júlio. De acordo com ele, são 500 funcionários em Ribeirão Preto.
A rebelião de domingo foi a quarta que aconteceu este ano na cidade - uma em maio e duas em agosto. No estado de São Paulo, já foram 41 rebeliões em 2011.
Visita da Justiça
Nesta segunda-feira (24), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) visitou a Fundação Casa de Ribeirão Preto. Segundo o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Daniel Issler, estão sendo observados desde as instalações físicas até o atendimento que os adolescentes recebem. "Apesar das instalações antigas, os jovens estão bem acomodados e são oferecidas atividades educacionais, esportivas e de lazer", afirma o juiz.
O representante do CNJ afirmou ainda que é preciso saber lidar com os adolescentes para evitar rebeliões como a de domingo. "Adolescentes já são rebeldes por natureza. É importante conter os tumultos sem violência", reforça Daniel.
A visita à Fundação faz parte do programa Justiça ao Jovem. O objetivo é analisar as unidades de internação de jovens em conflito com a lei e verificar a situação processual dos adolescentes.
O trabalho já foi realizado em todo o Brasil. Esta semana será finalizado em cidades do interior paulista: Franca, Sertãozinho, Batatais, São Carlos e Araraquara. O relatório final das visitas nas instituições de todo o Brasil deve ser divulgado ainda este ano.
Cerca de 20 adolescentes do módulo W da Fundação Casa começaram a provocar um tumulto por volta de 20h. Quatro jovens da unidade atearam fogo em um colchão para forçar os funcionários a abrir a porta do quarto. Quando a porta foi aberta, os quatro adolescentes renderam um funcionário, que foi mantido como refém por quatro horas, sob ameaça de um estilete. À meia-noite, depois de negociações, o grupo de apoio da Fundação Casa teve que intervir para pôr fim à rebelião.
Segundo o juiz da Vara da Infância e Juventude, Paulo César Gentile, sete meninos ficaram machucados. Eles foram encaminhados ao IML e depois foram medicados na Fundação. A assessoria de imprensa da unidade informou que quatro servidores também tiveram escoriações leves.
Os jovens não apresentaram reivindicações. De acordo com o juiz, os adolescentes alegaram que estavam cumprindo determinação de "superiores" para fazer a rebelião. Segundo o diretor da OAB, Daniel Rondi, a Corregedoria da Fundação Casa julgou que a intervenção dos funcionários foi necessária. A Comissão dos Direitos Humanos da OAB vai investigar se a conduta dos adolescentes pode ser punida como crime. No domingo, 85 adolescentes estavam na Fundação Casa. A capacidade é para 128 jovens.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Casa, Júlio Alves, o número de funcionários das três unidades de Ribeirão Preto é pequeno para atender a todos os internos. "As unidades seguem um modelo arcaico. Além da questão da segurança, o número de funcionários deve ser suficiente para que os adolescentes possam cumprir todas as suas atividades", afirma Júlio. De acordo com ele, são 500 funcionários em Ribeirão Preto.
A rebelião de domingo foi a quarta que aconteceu este ano na cidade - uma em maio e duas em agosto. No estado de São Paulo, já foram 41 rebeliões em 2011.
Visita da Justiça
Nesta segunda-feira (24), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) visitou a Fundação Casa de Ribeirão Preto. Segundo o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Daniel Issler, estão sendo observados desde as instalações físicas até o atendimento que os adolescentes recebem. "Apesar das instalações antigas, os jovens estão bem acomodados e são oferecidas atividades educacionais, esportivas e de lazer", afirma o juiz.
O representante do CNJ afirmou ainda que é preciso saber lidar com os adolescentes para evitar rebeliões como a de domingo. "Adolescentes já são rebeldes por natureza. É importante conter os tumultos sem violência", reforça Daniel.
A visita à Fundação faz parte do programa Justiça ao Jovem. O objetivo é analisar as unidades de internação de jovens em conflito com a lei e verificar a situação processual dos adolescentes.
O trabalho já foi realizado em todo o Brasil. Esta semana será finalizado em cidades do interior paulista: Franca, Sertãozinho, Batatais, São Carlos e Araraquara. O relatório final das visitas nas instituições de todo o Brasil deve ser divulgado ainda este ano.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Fundação Casa abre sindicância para apurar rebelião no interior de SP
menores se rebelam na noite de domingo em unidade de Botucatu.
Janelas e portas da unidade ficaram danificadas.
A Fundação Casa abriu sindicância para apurar as causas de um motim que ocorreu neste domingo (25) na unidade de Botucatu, a 238 km de São Paulo, que abriga atualmente 56 adolescentes. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, alguns internos se rebelaram por volta das 19h do domingo.
O ato de indisciplina, como foi considerado pela entidade, teria sido controlado rapidamente pelos funcionários. Ainda segundo a assessoria, ninguém ficou ferido. Portas e janelas foram danificados.
Do lado de fora do prédio da unidade, é possível ver janelas sem vidros, vidros trincados, pedaços de porta em uma caçamba e um batente encostado na parede. Dos quartos, os internos informaram que a confusão durou até as 4h30 de segunda-feira (26).
Eles faziam sinais de murros nas mãos e mostraram rosto e braços com sinais de hematoma. No domingo, foi dia de receber familiares, e segundo os jovens, o tumulto teria começado por redução no tempo de visita de dois internos.
A nota divulgada pela assessoria de imprensa da fundação informou que os adolescentes envolvidos serão punidos. Nesta segunda, um encontro de várias unidades do estado foi realizado no teatro municipal de Botucatu, mas os jovens da unidade da cidade não participaram, como forma de punição pelo ocorrido.
Janelas e portas da unidade ficaram danificadas.
A Fundação Casa abriu sindicância para apurar as causas de um motim que ocorreu neste domingo (25) na unidade de Botucatu, a 238 km de São Paulo, que abriga atualmente 56 adolescentes. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, alguns internos se rebelaram por volta das 19h do domingo.
O ato de indisciplina, como foi considerado pela entidade, teria sido controlado rapidamente pelos funcionários. Ainda segundo a assessoria, ninguém ficou ferido. Portas e janelas foram danificados.
Do lado de fora do prédio da unidade, é possível ver janelas sem vidros, vidros trincados, pedaços de porta em uma caçamba e um batente encostado na parede. Dos quartos, os internos informaram que a confusão durou até as 4h30 de segunda-feira (26).
Eles faziam sinais de murros nas mãos e mostraram rosto e braços com sinais de hematoma. No domingo, foi dia de receber familiares, e segundo os jovens, o tumulto teria começado por redução no tempo de visita de dois internos.
A nota divulgada pela assessoria de imprensa da fundação informou que os adolescentes envolvidos serão punidos. Nesta segunda, um encontro de várias unidades do estado foi realizado no teatro municipal de Botucatu, mas os jovens da unidade da cidade não participaram, como forma de punição pelo ocorrido.
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