quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Interno acusado de homicidio foge da viatura do Degase

O interno fugiu no momento que deixava a viatura para ser atendido no hospital Ferreira Machado.

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Ele estava internado no centro de socioeducação Professora Marlene Henrique alves em campos.

A fuga aconteceu aconteceu por volta das 18 horas desta terça-feira (27/12).

O adolecente alegou que estava se sentindo mal e foi levado por uma equipe até o hospital. 
Mesmo algemado, o adolescente conseguiu sair correndo pela via na contramão, pular um muro e se esconder em um matagal, na beira do rio Paraiba do Sul.
 Agentes do Degase, policiais militares, civis e até corpo de bombeiros
participaram das buscas, mas até o momento o adolescente não foi encontrado.

O adolescente possui varias passagens pelo sistema socioeducativo, onde estava atualmente internado poe ato infracional análogo ao crime de homicídio, após assassinar uma menina de 14 anos no ultimo dia 21 na avenida Carmen Carneiro, em Guarus.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Crise no RJ: cerca de mil menores infratores serão liberados por falta de verba para manter unidades de internação

Adolescentes passarão Natal e Ano Novo em casa; dívida com empresas chega a R$ 50 mi

Assista à reportagem:



A grave crise econômica que assola o Estado do Rio de Janeiro tem afetado o trabalho de ressocialização de menores infratores. Cerca de 1.000 adolescentes apreendidos terão que ser liberados para passar as festividades de Natal e Ano Novo em casa devido à falta de verbas para a manutenção das unidades de internação. 

A dívida do governo estadual com as empresas responsáveis pela prestação de serviços básicos ao Degase (Departamento Geral de de Ações Socioeducativas do Estado) chega a R$ 50 milhões. Algumas empresas já estão sem receber há mais de um ano. 

De acordo a promotora de Justiça Flávia Ferrer, a falta de pagamento coloca em risco o funcionamento da instituição que atualmente atende 1.500 adolescentes que ocupam um espaço destinado a 800 pessoas nas cinco unidades do Degase. — Além da superlotação, em razão da falência do Estado, hoje a gente não tem o pagamento de serviços básicos das unidades de internação e de semiliberdade. A gente está com uma ameaça iminente de falta de comida, de serviço de limpeza. Então a manutenção desses adolescentes internados, se não houver comida e limpeza, não é possível. Falta até gasolina para levar os menores às audiências. Cerca de 600 jovens que cometeram delitos considerados mais leves já estão sendo liberados sem cumprir a pena integral determinada pela Justiça. Especialistas temem que os adolescentes voltem a se envolver com a criminalidade.

Segundo Flávia, existem índices razoáveis de reincidência entre os adolescentes e muitos deles estão apenas no início do trabalho de socieducação. Pesquisas revelam que 70% de menores infratores que passam por medidas de ressocialização conseguem deixar o crime. No entanto, o trabalho incompleto transforma a liberação dos jovens em problema de Segurança Pública. O governo fluminense teria se comprometido a pagar parte do débito com as empresas, mas o valor não seria suficiente para manter as unidades. O Ministério Público também pediu o arresto das contas do Estado na Justiça.

http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/crise-no-rj-cerca-de-mil-menores-infratores-serao-liberados-por-falta-de-verba-para-manter-unidades-de-internacao-20122016

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Menor infrator é espancado até a morte em unidade do Degase no RJ

Segundo a Divisão de Homicídios, rapaz foi brutalmente agredido por colegas de cela com chutes, socos e estrangulamento.

Cinco jovens de uma unidade do Degase em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foram apreendidos por ato análogo a homicídio após a morte de um interno da unidade na noite desta terça-feira (13).

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Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense investigaram e chegaram à conclusão que os adolescentes teriam espancado a vítima por acharem que ele podia ser um delator. 

O rapaz foi brutalmente assassinado no banheiro da unidade, mediante chutes, socos e estrangulamento.

Informações obtidas durante as investigações iniciais apontaram que a vítima teria sido espancada pelos "colegas" de cela, chegando a ser levada para a enfermaria da unidade mas não resistindo aos ferimentos.

Os jovens teriam espancado a vítima por ela ser considerada uma "X-9". Eles deram uma "grande surra" dentro do banheiro da unidade.
Os suspeitos confessaram o crime e foram apreendidos em flagrante pela prática do fato análogo ao crime de homicídio qualificado.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Regra de aposentadoria afetará o trabalho dos Agentes Socioeducativos

"Nossa carreira é insalubre e perigosa. Todos os servidores de segurança se aposentam da seguinte forma: homem com 30 anos de serviço e mulher com 25. Por que temos que ser excluídos? A profissão é estressante, complicada e merece ser reconhecida." Cristiano Torres







"Nossa carreira é insalubre e perigosa. Todos os servidores de segurança se aposentam da seguinte forma: homem com 30 anos de serviço e mulher com 25. Por que temos que ser excluídos? A profissão é estressante, complicada e merece ser reconhecida." Cristiano Torres



PEC prevê aposentadoria especial aos agentes penitenciários e socioeducativos
12/03/2015
http://www.sargentorodrigues.com.br/index.php/destaque-mandato/1866-pec-preve-aposentadoria-especial-aos-agentes-penitenciarios-e-socioeducativos


http://www.henriquecorleone.com/2011/03/aposentadoria-especial-para-asp-e-ase.html

sábado, 10 de dezembro de 2016

Homens armados resgatam internos da Fase que voltavam de audiência

Criminosos efetuaram disparos na Av. Padre Cacique, na Capital

Três internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) foram resgatados, e um fugiu, no fim da tarde desta sexta-feira (9) em Porto Alegre. Quatro homens armados interceptaram um veículo da instituição que voltava de uma audiência.


foto meramente ilustrativa (extraida do google)


O caso ocorreu por volta das 19h nas imediações da unidade da Avenida Padre Cacique. Segundo as primeiras informações da Brigada Militar (BM), os criminosos usaram pistolas e armas longas. Eles chegaram em veículo branco e dispararam duas vezes, uma contra o carro da Fase e outra para o alto.

Além dos quatro jovens, o carro da Fase tinha quatro servidores. Não há informação sobre feridos. Três dos internos foram levados pelo carro dos criminosos e o outro fugiu.

O interno que fugiu sozinho foi recapturado pela BM e encaminhado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca). Conforme a BM, o trio resgatado é da Vila Jardim.


http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/homens-armados-resgatam-internos-da-fase-que-voltavam-de-audiencia-183874.html

MP investiga possíveis falhas de segurança na Fundação Casa

Promotores solicitaram perícia técnica nas unidades de Sorocaba.
Sete internos fugiram no dia 4 de novembro e ainda não foram encontrados.

Fundação Casa Sorocaba (Foto: Reprodução TV TEM)

O Ministério Público de Sorocaba (SP) vai investigar possíveis falhas de segurança na Fundação Casa da cidade, de onde sete internos fugiram em novembro. 
Um inquérito civil público foi instaurado pelos promotores da vara de Infância e da Juventude Antônio Domingues Farto Neto e Ana Alice Mascarenhas Marques na tarde desta sexta-feira (9).

De acordo com o magistrado, os problemas estruturais podem ter facilitado a fuga dos jovens. Por esta razão, o MP vai requisitar uma perícia técnica nas unidades de Sorocaba, além de ouvir funcionários e os próprios internos. Dependendo do resultado do trabalho, o órgão pode instaurar ações civis públicas.

"Pretendemos fazer tudo no menor tempo possível, porque se houver necessidade de obra estrutural, sugerirmos o quanto antes", explica Neto. Os promotores visitaram a fundação e devem agendar os depoimentos assim que todas as partes forem notificadas oficialmente. Porém, com o recesso do Judiciário entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, essa etapa do trabalho pode ficar para janeiro.

Sobre a fuga dos sete internos na noite do dia 12 de novembro, a Fundação Casa afirma que nenhum dos jovens foi recapturado e voltou para a unidade 4.

Sete internos fogem da Fundação Casa (Foto: Marco Antonio Calejo/TV TEM)
Sete jovens fugiram da unidade quatro da Fundação Casa  (Foto: Marco Antonio Calejo/TV TEM)

http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2016/12/mp-investiga-possiveis-falhas-de-seguranca-na-fundacao-casa.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EDUARDO BOLSONARO (PSC-RJ) E MAJOR ROCHA (PSDB-AC) SE COMPROMETEM A INCLUIR CARREIRA SOCIOEDUCATIVA NOS PLS 308 E 287

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Em audiência realizada nesta quinta-feira (8) pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, que discutiu o maior reconhecimento da categoria de agentes socioeducativos em todo o país, os deputados Eduardo Bolsonaro (PSC/RJ) e Major Rocha (PSDB/AC) se comprometeram a incluir a carreira nas Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) referentes a Reforma da Previdência e a lutar pelo reconhecimento da categoria como integrante das forças de Segurança Pública em todos os estados.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ), que presidiu a audiência pública e propôs o debate junto ao deputado Major Rocha (PSDB/AC), se comprometeu a incluir a carreira socioeducativa na PEC 308, que inclui o sistema prisional brasileiro no Artigo 144 da Constituição Federal (CF) e o reconhece como Instituição inerente à Segurança Pública.

“É preciso garantir este reconhecimento para uniformizar no país inteiro a integração da categoria às forças da Segurança Pública”, defendeu Bolsonaro.

Segundo o parlamentar, também existe a possibilidade de editar uma PEC específica para a inclusão da categoria no artigo 144 da CF.

Em relação à Reforma na Previdência, o deputado afirmou que, à exemplo dos militares das forças armadas, a categoria também poderá ser excluída do texto da PEC 287, que altera, entre outros pontos, o tempo de contribuição necessária para a concessão de aposentadorias.

“O texto (da PEC) contempla todos os inclusos no roll do art. 144. Então se a PEC 308 for aprovada, os senhores também serão beneficiados”, destacou Bolsonaro.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa do Distrito Federal (SINDSSE/DF), Cristiano Torres, cobrou maior compromisso do governo com os agentes socioeducativos em todos os estados e reforçou a necessidade da categoria ser equiparada a outras forças da área de Segurança Pública.

“Nós temos vários exemplos, em vários estados, de que o trabalho do agente socioeducativo é tão perigoso quanto o de um policial militar ou de um policial civil. Por isso lutamos por este reconhecimento e equiparação às demais categorias que compõem a Segurança Pública”, declarou Cristiano Torres.

O presidente do SINDSSE/DF destacou ainda que é fundamental rever as condições previstas pelo texto da PEC 287 para as categorias estaduais que compõem a Segurança Pública. “Não há condições de se trabalhar nas unidades socioeducativas com 55 anos ou mais. Eu digo para os senhores: É impossível! Nós não temos estrutura física e mental para trabalharmos dessa forma”, avaliou.

O deputado Major Rocha (PSDB/AC) defendeu as demandas apresentadas pela categoria e lembrou que em seu estado de origem os agentes socioeducativos não estão vinculados à pasta de Segurança Pública. “Eles são subordinados à Secretaria de Ação Social. Mas esta Comissão já tem o entendimento de se reconhecer o profissional socioeducativo como profissional de Segurança Pública”, reiterou o parlamentar.

Sobre a PEC da Previdência Social, o deputado afirmou que é preciso reavaliar a questão previdenciária para este segmento. “Não há como se imaginar um agente socioeducativo de 60 anos ou mais cuidando de infratores com 15, 16 anos”.

 Audiências com o Presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM/RJ) e com o Presidente Michel Temer

Ao final da audiência pública, o presidente do SINDSSE/DF, Cristiano Torres, fez um pedido para os deputados Major Rocha (PSDB/AC) e Eduardo Bolsonaro (PSC/RJ): para que eles consigam duas audiências, uma com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e a outra com o presidente da República, Michel Temer.

“Acreditamos que muitas coisas têm que vir do governo federal, como, por exemplo, o nosso porte de arma. Hoje nós estamos contemplados graças a um trabalho imenso que tivemos enquanto Sindicato na aprovação do PL 3722, graças à intervenção do deputado Alberto Fraga (DEM-DF)”, lembrou.

O deputado Laudivio Carvalho (SD-MG) sugeriu que fosse criada uma data comemorativa da carreira socioeducativa como uma forma de reconhecimento da categoria.

“Esse tipo de ação é muito importante porque, teoricamente, nós não existimos. A nossa categoria tem que ser reconhecida como típica de Estado. Ela só é reconhecida quando nós fazemos greve. E é reconhecida somente para nos prejudicar, nunca para nos beneficiar. É preciso mudar isso para garantir maiores condições de trabalho”, reforçou Cristiano Torres, destacando que a data comemorativa constituiria uma justa homenagem ao agente socioeducativo Francisco Calixto, assassinado em uma unidade de internação para menores em São Paulo no dia 4 de outubro, data do seu aniversário.

http://www.sindssedf.org.br/noticias/em-audiencia-publica-na-camara-dos-deputados-eduardo-bolsonaro-psc-rj-e-major-rocha-psdb-ac-se-comprometem-a-incluir-carreira-socioeducativa-nos-pls-308-e-287







Íntegra da audiência pública:

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Fundação Casa deve indenizar agente que desenvolveu transtornos psiquiátricos após rebeliões

O ministro Cláudio Brandão salientou que o agente era “chamado para intermediar e atuar durante as rebeliões dos internos, o que gerou, segundo laudo pericial, uma grave enfermidade de cunho psíquico”.



A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento a agravo de instrumento da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa), em São Paulo, contra a condenação de R$ 30 mil por danos morais a agente de segurança que passou a ter transtornos psiquiátricos devido a ameaças e intimidações vividas no ambiente de trabalho.

O relator do processo no TST, ministro Cláudio Brandão, destacou que, independentemente da culpa ou não da Fundação Casa pelas circunstâncias, e que levaram o empregado ao quadro de depressão profunda, "não cabe ao agente assumir o risco da atividade, considerando-se que a doença se desenvolveu em decorrência da função de risco exercida na empregadora".

Mas a Fundação afirma que o agente não comprovou o suposto dano sofrido, tampouco a relação entre a doença e as atividades, ou qualquer ato ilícito capazes de ensejar a reparação por danos morais. Quanto ao valor da condenação em R$ 30 mil, a Fundação chamou a atenção para a atual crise econômica do país e disse que indenizações tão altas, "ainda mais quando se trata de dinheiro público, é no mínimo faltar com todos os parâmetros de realidade social e econômica".

Rebeliões

Segundo o processo, o empregado foi exposto a várias rebeliões durante o período, chegando a ser refém dos internos, sob a ameaça de faca e outras intimidações. O laudo pericial registrou que as constantes situações de estresse vividas no trabalho "foram fundamentais para o desencadeamento da patologia". Ainda, segundo a perícia, a doença "tem relação direta com os acontecimentos e situações vividas pelo agente de segurança no trabalho", sendo totalmente incapacitante para sua atividade e, na época do laudo, sem possibilidade de readaptação.

A 1ª Vara do Trabalho de Franco da Rocha (SP) entendeu que ficou provado o dano sofrido pelo empregado em razão do trabalho desenvolvido na Fundação Casa e reconheceu a responsabilidade dela pela compensação do dano moral. A Casa foi condenada em R$ 30 mil. A instituição recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), que negou provimento ao recurso, provocando novo recurso.


TST

No TST, o relator explicou que o caso se enquadrava nas situações de aplicação da teoria da responsabilidade objetiva, quando a atividade desenvolvida pelo empregador causa ao trabalhador um risco muito mais acentuado do que aquele imposto aos demais cidadãos. "A obrigação de reparar decorre dos danos causados pelo tipo de trabalho desenvolvido ou pelas condições ambientais existentes no local de trabalho", afirmou.

Para Cláudio Brandão, os danos sofridos pelo empregado devem ser objeto de reparação pelo empregador, tanto em decorrência da sua responsabilidade objetiva como em razão de ser ele quem assume os riscos do negócio. Disse que, "embora não desejados, e ainda que a empresa esteja empenhada em erradicar os riscos e adote medidas de segurança, restam os efeitos nocivos do trabalho, que podem ser abrandados, mas eliminados", ressaltou.

Com essa fundamentação, a Sétima Turma negou provimento ao agravo de instrumento, mantendo, na prática, a decisão do TRT-SP, mas a Fundação ainda poderá recorrer.

Processo: 3200-58.2008.5.02.0291

http://www.jornaljurid.com.br/noticias/fundacao-casa-deve-indenizar-agente-que-desenvolveu-transtornos-psiquiatricos-apos-rebelioes

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Fundação Casa e MPT não chegam a acordo sobre medidas de segurança

MPT pediu ações depois de morte de agente socioeducativo em Marília.
Instituição diz que não tem dinheiro para cumprir todas as medidas.

veja o video:



Mais uma audiência entre procuradores do trabalho e representantes da Fundação Casa de Marília (SP) terminou sem um acordo definitivo. O Ministério Público do Trabalho pede na Justiça que a Fundação Casa cumpra uma série de medidas, mas a instituição afirma que não tem dinheiro para atender a todas elas. O impasse começou depois de uma rebelião em outubro que terminou na morte de um agente socioeducativo.

Agentes pediram mais segurança (Foto: Reprodução/TV TEM)

Funcionários da Fundação Casa se reuniram na frente do Fórum Trabalhista e pediram por mais segurança depois da morte de Francisco Calixto, de 51 anos, durante a rebelião, que deixou mais oito agentes feridos.

Foi a segunda audiência entre o MPT e a Fundação Casa. No primeiro encontro, representantes da fundação casa recusaram um acordo. Mas nesta quarta-feira (7), diante do juiz trabalhista, eles se comprometeram a atender um dos sete pedidos: encapar conduítes e fiações elétricas que poderiam servir na fuga dos internos. 
O prazo da  Outros dois pedidos serão atendidos parcialmente pela instituição: a implantação de uma cerca de arame cortante em um dos blocos para evitar fugas. A Fundação Casa também se comprometeu a não ultrapassar a capacidade de internos em mais de 15% e a fazer um estudo pra melhorar o trabalho do vigilante.

Mesmo assim a audiência de conciliação terminou sem um acordo porque o Ministério Público do Trabalho quer que todas as medidas sejam atendidas. “O que ela se dispõe a realizar está bem aquém dos pedidos mínimos que o Ministério Público entende como indispensáveis para a segurança dos trabalhadores e dos menores”, diz o procurador Marcus Vinícius Gonçalves.

Agente socioeducativo foi assasinado por internos da Fundação Casa (Foto: Reprodução/TV TEM)

O vice-diretor da Fundação Cláudio Piteri disse que não é possível atender as outras medidas propostas pelo Ministério Público do Trabalho por falta de dinheiro. “Nós passamos por uma contenção de recursos que não atinge só o governo do estado de São Paulo, mas o país. Dentro desta situação, o que foi possível, nós apresentamos e vamos aguardar a decisão do juiz.”
O procurador do MPT entrou com um pedido de liminar na justiça do trabalho. A decisão está prevista para sair na próxima semana.







sábado, 3 de dezembro de 2016

Jovens serram grades e fogem de centro socioeducativo no Acre

Quatro jovens, com idades entre 17 e 19 anos, reclusos no Centro Socioeducativo Purus, em Sena Madureira , cidade distante 145 km da capital Rio Branco, serraram as grades de dois alojamentos ainda na noite da quinta-feira 1°). 

Dois deles foram recapturados, enquanto tentavam fugir. Os outros dois conseguiram sair da unidade.

Revista íntima no Centro Socioeducativo Purus, em Sena Madureira, continuam proibidas  (Foto: Alexandre Anselmo/ Arquivo pessoal)

O diretor do centro, Zeno Nascimento, falou que a fuga se deu após uma serra ser arremessada de fora do local. "Nossa unidade não é murada. Um outro jovem foi por fora e jogou a serra. Os de dentro conseguiram puxar com uma linha e serraram as grades. Saíram quatro, mas os agentes conseguiram recuperar dois ainda dentro da unidade", falou.

Nascimento disse também que, ainda na noite da quinta, a Polícia Militar do município conseguiu encontrar outro menor. Buscas são feitas para tentar encontrar o quarto envolvido na fuga. "Apenas um ainda está evadido. Já foi expedido o mandado de busca e apreensão dele", ressaltou.

Com a fuga, ainda de acordo com o diretor, um relatório informando o caso já foi feito e encaminhado à Justiça, que deve decidir possíveis penalidades aos adolescentes.

O comandante da PM na cidade, capitão Michel Casagrande, informou que dois homens, de 18 e 19 anos, foram presos no mesmo dia nas proximidades do centro socioeducativo. A suspeita é que os dois estariam dando apoio à fuga dos menores infratores.

http://www.jornalfloripa.com.br/mundo/noticia.php?id=26670543

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Adolescentes agridem agentes e fogem de centro de internação em Patrocínio

Quatro menores infratores fugiram de um centro de de internação após agredir agentes penitenciários na noite de quinta-feira em Patrocínio, no Alto Paranaíba.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), eles simularam uma briga dentro de um dos alojamentos do Centro de Internação e Apoio ao Adolescente de Patrocínio (CIAAP). “Quando os agentes intervieram, foram agredidos e, em decorrência das agressões, os adolescentes conseguiram evadir da unidade”, explica a pasta, por meio de nota.



Ao todo, quatro agentes ficaram feridos – dois deles com lesões na cabeça – e foram atendidos no hospital municipal. As vítimas já foram liberadas, conforme a Sesp, que também informou que as providências para apreensão dos adolescentes já foram tomadas. Uma investigação preliminar será instaurada para apurar os fatos.

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/02/interna_gerais,829426/adolescentes-agridem-agentes-e-fogem-de-centro-de-internacao-em-patroc.shtml

Interno é espancado até a morte em unidade do Iases em Linhares

Vítima, de 20 anos, deu entrada na Unis na terça-feira e foi assassinada no dia seguinte. O crime teria sido cometido por companheiros de alojamento do rapaz.

Um interno foi espancado até a morte, na noite desta quarta-feira (30), na Unidade de Internação Socioeducativa da Regional Norte (Unis Norte), em Linhares, no norte do Estado. O crime teria sido cometido por companheiros de alojamento da vítima, que tinha 20 anos e cumpria medida socioeducativa na unidade.



De acordo com o diretor de Ações Estratégicas do Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases), Jeremias dos Santos, a vítima deu entrada na Unis de Linhares na terça-feira e foi morta no dia seguinte. Segundo o diretor, após todo procedimento de rotina, o rapaz foi levado para um alojamento com outros três internos.

De acordo com a Polícia Civil, os três suspeitos - dois maiores e um adolescente - foram encaminhados para a Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Linhares.

José Paulo Moraes Filho e João Henrique Inácio da Silva foram autuados em flagrante por lesão corporal seguida de morte e foram encaminhados ao presídio. Já o adolescente foi autuado pelo ato infracional análogo ao crime de lesão corporal seguida de morte e reconduzido ao Iases.

Ainda segundo a PC, o caso continua sob investigação da DCCV de Linhares. O corpo da vítima foi liberado e o laudo com a causa da morte ficará pronto em um período de 15 a 20 dias.

Superlotação

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores e Trabalhadores do Atendimento Socieducativo do Espírito Santo (Sinases), Bruno Dalpiero, no momento do crime a unidade tinha 201 internos, sendo que o local tem capacidade para receber 90 adolescentes.

Ainda de acordo com Dalpiero, o atual quantitativo de servidores na unidade não é capaz de manter a rotina no local, nem mesmo com 90 internos. O presidente do Sinases disse também que esse é o terceiro ou quarto caso de morte em seis anos, na unidade de internação de Linhares.

Sobre a superlotação da Unis de Linhares, Jeremias dos Santos confirma que o atual número de internos no local realmente é superior à sua capacidade, mas não soube informar a quantidade exata de menores infratores na unidade. Segundo o diretor, o Iases tem buscado soluções para amenizar a situação na unidade.

"Vale ressaltar que o fato em si não tem relação com essa situação de a unidade possuir um número de internos maior que sua capacidade inicial. O rapaz agredido estava um ambiente apropriado. O alojamento tem capacidade para quatro internos e no local estavam a vítima e mais três internos, da mesma faixa etária", frisou.

Jeremias dos Santos informou também que o Iases lamenta o ocorrido e que está prestando apoio à família da vítima. Disse também que estão sendo reunidos documentos e imagens de videomonitoramento para que seja aberta uma investigação interna, que visa apurar possíveis falhas de procedimento na unidade.

http://m.folhavitoria.com.br/policia/noticia/2016/12/interno-e-espancado-ate-a-morte-em-unidade-do-iases-em-linhares.html

Centros de menores infratores na Paraíba sofrem com facções criminosas

Facções criminosas não são exclusividade de presídios e igualmente dominam centros socioeducativos de menores na Paraíba. Em algumas unidades, os adolescentes de diferentes facções nem sequer podem fazer as refeições no mesmo ambiente ou receber visitas no mesmo pátio. Ao todo, há oito centros socioeducativos no Estado, cinco deles na capital.

Internos atearam fogo em colchões, no CEJ (Foto: Walter Paparazzo/G1)

As secretarias de Administração Penitenciária e de Segurança Pública, assim como a Vara das Execuções Penais de João Pessoa, negam a existência das facções. Mas a rotina nas unidades precisa se adaptar à presença delas. Tudo é dividido, inclusive as aulas.

Em João Pessoa, a oposição entre as facções Okaida e Estados Unidos começa nos nomes. A primeira faz referência sonora ao grupo Al Qaeda; a outra leva o nome do principal país que combate esse grupo terrorista. Daí invade as ruas.

A disputa vem de anos e não tem um único motivo --pode tanto ser o tráfico de drogas quanto questões banais, como invadir a área de outro grupo. Em muros de escolas, em prédios públicos ou até residências, as facções deixam suas marcas por meio de pichações, em tentativa de marcar território.
Dentro dos centros socioeducativos, os menores são separados não pelo tipo de ato infracional que cometem, mas pela facção com que se identificam.
O presidente da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice Almeida (Fundac), Noaldo Meireles, reconhece que a situação é delicada, mas disse que vem buscando contornar o problema por meio do diálogo.
"A logística é alterada. Desde atividades de lazer até as aulas, que são obrigatórias, temos o problema de não juntar os meninos. Se juntarmos, dá confusão. É um mal que já vem da rua e que aqui dentro temos que administrar", afirmou Meireles. Segundo ele, as refeições são feitas no quarto, e não no refeitório, também por conta desse problema.
O presidente da Fundac destacou que as facções limitam muito a rotina dos centros, reduzindo o tempo que os adolescentes passam em atividades de lazer, oficinas, sala de aula ou visita. Até o banho de sol sofre alterações. "Hoje eles passam cerca de uma hora no banho de sol, mas, se não tivesse o problema das facções, esse tempo poderia ser triplicado, chegando a três horas", explicou.
Internos também passam 40 minutos nas oficinas, quando poderiam passar quase duas horas, e 40 minutos em sala de aula, quando deveriam passar pelo menos três horas.

Alteração da rotina e impacto na ressocialização

A existência das facções criminosas nas unidades socioeducativas de João Pessoa consta no relatório divulgado pelo Comitê Estadual para Prevenção e Combate à Tortura na Paraíba. As visitas foram realizadas em outubro deste ano. "Embora minimizada, a existência das facções desempenha papel fundamental na rotina das instituições e dos próprios jovens. Em sua maioria, as destinações dos jovens nas instituições atendem a critérios relativos às facções, havendo alas destinadas a cada uma delas", destaca trecho do relatório.

De acordo com o comitê, em todas as instituições de João Pessoa a Okaida é a facção majoritária. "Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a execução das medidas de internação deveriam atender aos critérios de idade, compleição física e gravidade da infração cometida pelo adolescente. No entanto, as unidades de João Pessoa estão totalmente superlotadas, contam com agentes socioeducativos terceirizados e com deficiências significativas na assistência psicossocial prestada aos internos", afirmou Diana Andrade, defensora pública da União.

Ainda de acordo com Diana, esses problemas, aliado a outros, "são o pano de fundo para a emergência de violência dentro das unidades e, enquanto for essa a realidade do sistema, é difícil desempoderar as facções e estabelecer uma forma de sociabilidade menos violenta entre os adolescentes". Segundo a defensora, a redução do tempo das atividades se torna insuficiente para

atender os jovens com qualidade.
O juiz auxiliar da Infância e Juventude de João Pessoa, Henrique Jacomé, afirmou que, com base na lei que disciplina as medidas socioeducativas, participar de oficinas, bem como frequência, rendimento e aproveitamento escolar são essenciais ao processo de socialização, ao lado do acompanhamento especializado multidisciplinar. "No tocante às facções, elas existem e atrapalham o trabalho de socialização", afirmou Jorge.
Ele destacou, contudo, que existem técnicas e formas de lidar com o problema, inclusive adotadas em outros países com sucesso. "Para isso é necessário um trabalho sério, responsável e profissional por parte de todos que atuam no processo socioeducativo, inclusive pelos agentes, equipe técnica, profissionais de saúde, educação, dentre outros. Caso contrário, o adolescente volta para a sociedade sem estar apto a viver nesse ambiente, contribuindo para o aumento da violência", explicou.

Confusão no Centro Socioeducativo Edson Mota, em João Pessoa (Foto: Felícia Arbex/TV Cabo Branco)
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/12/02/centros-de-menores-infratores-na-paraiba-sofrem-com-faccoes-criminosas.htm

MPs e DPU querem fim de facções e superlotação em centros da Fundac

Propostas foram assinadas por MPF, MPPB e Defensoria Pública da União.
Fundac promete avaliar recomendações para unidades socioeducativas.

A divisão dos adolescentes nos centros socioeducativos da Paraíba é feita por critérios de idade e afinidade, considerando o pertencimento a facções, e não pelos critérios legais. A informação consta no documento em que Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) e a Defensoria Pública da União (DPU) fazem recomendações à Fundação desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice Almeida (Fundac), divulgado nesta quinta-feira (1º).
Os órgãos pedem à Fundac o fim das facções criminosas e da superlotação nas unidades de internação de jovens suspeitos de atos infracionais. O presidente da Fundac, Noaldo Meireles, informou que está ciente das recomendações e vai avaliar todas as propostas, mas ainda não consultou o documento devido à organização de um seminário sobre socioeducação que acontece na cidade de João Pessoa.
Segundo o documento, facções criminosas existem no interior das instituições e, “embora minimizada, desempenha papel fundamental na rotina das instituições e dos próprios jovens”. O documento ressalta que a rotina dos internos é alterada em virtude dessa separação, com diferenciação nos horários das aulas, banhos de sol e demais atividade. “Isso faz com que as atividades disponham de menos tempo, tornando-se insuficiente para atender os jovens com qualidade”, dizem os órgãos.

Diante disso, os órgãos recomendam que a Fundac apresente proposta de criação de uma Central de Orientação e Direcionamento do Interno, que fará o cadastramento e destinação do adolescente infrator a uma das unidades do sistema socioeducativo, observando a legislação específica, as vagas disponíveis, a proximidade com a família, as características e objetivos de cada uma das instituições e sua capacidade de atendimento.

Devido a uma série de fugas e rebeliões acontecidas nos últimos meses, os órgãos ainda recomendam que a Fundac adote medidas para reduzir a superlotação e retirar objetos que possam causar riscos aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. De acordo com o documento, em até trinta dias, a Fundação deve adotar medidas imediatas para reduzir a superlotação no Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE) e adequar a quantidade de internos à capacidade para a qual a unidade foi prevista.

A Fundac deve, também em 30 dias, retirar ou proteger objetos que possam causar riscos aos adolescentes e à equipe. Bocas de esgoto, lâmpadas fluorescentes e outros objetos cortantes ou contundentes que possam ser facilmente retirados ou acessados em situações de fuga ou rebelião e utilizadas como armas devem ser substituídos por outros sem potencial lesivo.
Entre as recomendações, também está a utilização de equipamentos de raio-X ou revista reversa, para que se esgote as revistas vexatórias. Além disso, a Fundac deve destinar aos familiares dos internos um espaço seguro e adequado de acolhimento por ocasião da visita familiar, inclusive com disponibilização de banheiros e realização de acolhida humanizada aos familiares. Também deve ser disponibilizado um espaço adequado para a realização de visitas íntimas, regulamentada no âmbito das instituições do sistema socioeducativo.
No prazo de um mês, a Fundac também deve disponibilizar um espaço destinado exclusivamente para a convivência protetora dos adolescentes ameaçados em sua integridade física e psicológica.

Medidas de médio e longo prazo
Em até 120 dias, o Ministério Público recomenda que a Fundac apresente uma proposta de criação de uma Central de Orientação e Direcionamento do Interno, para fazer o cadastramento e destinação do adolescente infrator a uma das unidades do sistema socioeducativo, obedecendo o Estatuto da Criança e do Adolescente e a lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.
A recomendação também orienta que sejam instaladas câmeras de vídeo e equipamentos de raio-X para monitoramento das instalações do Centro, para garantir a apuração das condutas tidas como irregulares e evitar a revista vexatória nos visitantes. A Fundac também deve providenciar a criação de uma Ouvidoria para o recebimento de reclamações e sugestões.

Segundo o procurador regional dos direitos do cidadão, José Godoy Bezerra de Souza, foi realizado um diálogo com diversos setores envolvidos, possibilitando uma recomendação com peculiaridades e detalhes que retratam mais fielmente a realidade que se deseja modificar. “Nosso objetivo com a recomendação é possibilitar a ressocialização de todos os internos da unidade”, revelou Godoy.
Conforme a defensora regional dos direitos humanos, Diana Freitas Andrade, as unidades estão superlotadas, contam com agentes socioeducativos terceirizados e com deficiências significativas na assistência psicossocial prestada aos internos. “A recomendação é um esforço conjunto para garantir direitos fundamentais e combater a emergência de violência dentro e fora das unidades”, reforçou.

http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2016/12/mps-e-dpu-querem-fim-de-faccoes-e-superlotacao-em-centros-da-fundac.html