segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Agentes socioeducativos são presos suspeitos de tortura em Fortaleza

Eles são acusados de terem cometido crime de tortura contra internos.
Torturas ocorreram no Centro Socioeducativo São Miguel, na Capital.

Dez instrutores dos centros socioeducativos do Ceará foram presos na manhã deste domingo (15) em Fortaleza.  Eles são suspeitos de terem cometido crime de tortura contra jovens internos do Centro Socioeducativo São Miguel, abrigados de forma provisória no Presídio Militar, em Aquiraz, Região Metropolitana.

O G1 tentou falar com a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), mas ninguém atendeu as ligações.

A prisão dos instrutores dos centros socioeducativos revoltou a categoria que segue nesta segunda-feira (16) com os serviços paralisados. Ainda no domingo, os socioeducadores se reuniram em frente à delegacia do Bairro Antônio Bezerra, onde os agentes estão presos. O mandato, expedido pela juíza de Aquiraz, alega que os presos praticaram tortura contra os adolescentes. A agressão teria acontecido na última sexta-feira. Os agentes informaram que eles se defenderam durante um motim.

“Após percebemos a confusão, no momento do plantão pela noite, chegamos lá e não encontramos água no presídio militar. Há uma dificuldade imensa de se trabalhar. Havia apenas duas garrafas com água. Quando terminamos de liberar água para eles, os adolescentes começaram a bater e incendiar os colchões. Eles incendiaram todos os colchões, toalhas, blusa e tudo que servisse para colocar fogo”, disse o socioeducador do São Francisco, Expedito Maciel.

Prisão dos agentes
As prisões aconteceram no início da manhã de domingo. O marido de Ana Holanda estava em casa quando a polícia chegou. “Foi comunicado para eles que estavam suspensos do trabalho. Os que tinham participado da sexta-feira não iam mais trabalhar. Mais não tinham dito que eles iam ser presos. E que a partir das 5 horas da manhã esse mandado eles iam recolher na casa de todos e recolher para trazer para ser preso”, explicou.

Prisão abusiva
Para o diretor administrativo da Associação dos Profissionais da Segurança, David Barbosa, a prisão é abusiva.

“Essa medida poderia ser feita de uma maneira bem mais suaves e menos humilhante para os profissionais. Todo mundo aqui é trabalhador ninguém tem passagem pela polícia. Bastava mandar uma intimação e todo mundo comparecia e daria as explicações”.

Os advogados trabalham, agora, para revogar a decisão da juíza. Segundo o advogado, Crisstiano Queiroz, as provas são deficitárias.  “Eles são réus primários e as provas deficitárias. Eu não vejo a necessidade de mantê-los presos”.

http://g1.globo.com/ceara/noticia/2015/11/dez-agentes-socioeducativos-sao-presos-por-tortura-em-fortaleza.html

Internos do CSE em Boa Vista são flagrados quebrando parede para fugir

Quatro adolescentes do CSE foram conduzidos à Central de Flagrantes.
Internos alegaram que queriam fugir para ficar com a família no Natal.

Objetos foram encontrados dentroi da cela dos adolescentes (Foto: Arquivo pessoal)
Objetos foram encontrados dentro da cela dos adolescentes (Foto: Arquivo pessoal)

O Grupamento Independente de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) da Polícia Militar foi acionado neste sábado (14) após servidores do Centro SocioEducativo (CSE), localizado no conjunto habitacional Said Salomão, zona Oeste de Boa Vista, flagarem quatro internos, de 14,15,16 e 17 anos, quebrando a parede da unidade prisional para fugir. Os envolvidos foram conduzidos à Central de Flagrantes, no 5° Distrito Policial.

De acordo com um policial, os adolescentes utilizaram um pedaço de ferro para quebrar a parede da cela onde estavam. Um servidor do CSE que fazia ronda ouviu um barulho e, ao averiguar, constatou que os internos tinham a intenção de fugir.

"Na revista nos 'quartos', encontramos ainda quatro objetos perfurantes e outro usado para romper a parede", conta o policial. Segundo ele, os adolescentes cumprem medidas disciplinares por homicídio, latrocínio, tentativa de homicídio e assalto. O acesso da estrutura danificada se divide com a área externa da unidade.

Um dos internos no CSE admitiu que há cinco dias quebrava a parede da cela para fugir da instituição. "Queríamos ficar com nossa família. Não temos direito à saída para visitar nossos parentes no Natal e Ano Novo", justifica o adolescente.

Conforme a delegada que atendeu ao caso, os adolescentes assinarão um Boletim Circunstanciado de Ocorrência e retornarão ao Centro SocioEducativo. Eles não têm histórico de tentativa de fuga.


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