Menores do Socioeducativo em Rondonópolis fizeram rebelião no dia 18.
Agentes pedem mais segurança para trabalhar e também mais funcionários.
Três dias após os internos fazerem rebelião que durou aproximadamente seis horas, servidores do Centro Socioeducativo de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, realizaram protesto na manhã desta quarta-feira (21) para pedir mais agentes e mais segurança. A manifestação ocorreu na frente da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), ao lado do centro.
Durante o protesto, os agentes mostraram armas artesanais que teriam sido feitas pelos menores infratores, e também faixas com reivindicações da categoria. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que ainda não tem data para realização de concurso.
O protesto faz parte de uma mobilização nacional iniciada em Brasília. Os servidores do socioeducativo cobram a ampliação do quadro de funcionários, melhores condições de trabalho e mais segurança.
“Totalmente desumano esse local tanto para os agentes quanto para os servidores. A gente não tem segurança nenhuma, os adolescentes vivem armados. Tem várias armas artesanais que eles confeccionam pra tentar fugir”, disse o representante do Sindicato dos Servidores do Socioeducativo, Robson Machado da Silva. Em Rondonópolis, há aproximadamente 50 servidores e, em todo o estado, cerca de 500.
Um dos reféns da rebelião do último domingo (18), que pediu para não ser identificado, contou que os pedidos dos servidores são antigos. “Não é de agora que a gente vem reivindicando melhorias aqui pro sistema, para os profissionais. E eles nunca olham pela gente”, disse.
Outro lado
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) disse que ainda não tem data para fazer a reforma do prédio do Centro Socioeducativo de Rondonópolis e que mantém diálogo com agentes.
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2015/10/tres-dias-apos-rebeliao-agentes-de-socioeducativo-fazem-protesto-em-mt.html
Ausência de segurança provocou fuga de 13 adolescentes da unidade de Cáceres, e rebelião na de Rondonópolis. Paulo ressalta que a falta de efetivo fragiliza o atendimento da demanda e episódios como esses provocam mais afastamentos por problemas psicológicos. "Nossa luta não é salarial, é por dignidade e melhoria para os próprios adolescentes".
Atualmente o sistema socioeducativo conta com 600 agentes para atender aproximadamente 200 jovens infratores. Para o presidente do sindicato, o ideal seria o dobro de servidores.
http://www.folhamax.com.br/policia/adolescentes-sao-tratados-como-animais-afirma-agente/63791
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=481065
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