domingo, 30 de agosto de 2015

Em Fortaleza, 68 jovens fogem do Centro Educacional São Miguel

Jovens fizeram rebelião e tomaram agentes como reféns.
A Polícia Militar faz buscas para tentar recapturar os fugitivos deste sábado (29).

Segundo funcionários, a fuga aconteceu por volta de 20h40, durante uma rebelião dos jovens. Alguns agentes educacionais afirmaram que alguns colegas foram feitos reféns enquanto os jovens fugiam. Diversos móveis e objetos foram destruídos pelos infratores.

Segundo os funcionários, a fuga aconteceu  quando dois infratores se sentiram mal e pediram ajuda. Os colegas aproveitaram o momento em que os agentes removiam os dois adolescentes e começaram uma rebelião.


As mães dos internos foram ao centro educacional para saber informações dos filhos. A perícia também esteve no local para fazer um levantamento dos estragos.A Polícia Militar faz buscas para tentar recapturar os fugitivos. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social informou que ninguém ficou ferido e nega que qualquer pessoa tenha sido feita refém.

Representantes do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente dizem que só em 2015, aconteceram 40 rebeliões nas 14 instituições de internação no Ceará.

Centro Patativa do Assaré
Já por volta de 22h, também da sexta-feira, no Centro Educacional Patativa do Assaré, a polícia foi acionada após funcionários serem alertados para a presença de uma arma de fogo entre os adolescentes na instituição. Uma revista foi realizada, mas a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social ainda não informou se algo foi encontrado.

http://g1.globo.com/ceara/noticia/2015/08/em-fortaleza-72-jovens-fogem-do-centro-educacional-sao-miguel.html

http://g1.globo.com/ceara/noticia/2015/08/no-ce-fuga-de-68-jovens-de-centro-educacional-e-maior-ja-registrada.html


Entidades debaterão situação de centro onde houve fuga de 68 menores

Representantes do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), da Defensoria Pública e do Ministério Público do estado e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa vão se reunir na próxima segunda-feira para debater a situação do Centro Educacional São Miguel, em Fortaleza, que abriga adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.



Equipes realizaram hoje (29) a recontagem dos internos e a identificação dos danos causados.

De acordo com a assessoria de Comunicação Social da secretaria, policiais militares continuam no local e mantêm os jovens nos dormitórios.

O órgão informa que, durante o motim, não houve violência contra os servidores que atuam na unidade. Policiais também estão realizando diligências para tentar recapturar os fugitivos.

A STDS informou - por meio de nota - que foram abertos inquéritos administrativo e policial “para apurar os motivos e as circunstâncias da fuga”.

A secretaria não informou quantos adolescentes estavam cumprindo medidas socioeducativas  antes da fuga, mas o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente disse que havia 215 internos no local.

Segundo a STDS, o Centro Educacional São Miguel possui capacidade para 90 internos. Já o Cedeca afirma que a capacidade da unidade é menor do que a informada pela secretaria: 60.

Representantes da entidade estiveram hoje no centro educacional e verificaram a situação da estrutura do prédio e dos internos. O assessor técnico Acássio Pereira de Souza relatou que os adolescentes queimaram itens da mobília e que, hoje, entre 30 e 40 menores estavam compartilhando um mesmo dormitório.

Durante a visita, os representantes do Cedeca apuraram que um adolescente foi atingido por um tiro de arma de fogo durante a tentativa de fuga. Ele está internado no Instituto Dr. José Frota (IJF). Além disso, três fugitivos foram recapturados.

Eles ouviram, ainda, relatos de adolescentes de que houve violência por parte dos policiais durante a contenção do motim. Disseram, ainda, que teriam sido obrigados a andar sobre um piso ensaboado, numa dinâmica onde quem cai é agredido.

Essa é a mesma prática relatada por internos de outro centro educacional do Ceará onde houve rebelião no último dia 16.

“A situação de superlotação e de violência foi constatada e já era denunciada pelo Cedeca. Para nós, já era uma tragédia anunciada. Esta é uma situação bastante sensível, que gera esse risco permanente de rebelião e de conflito.”

A Agência Brasil solicitou esclarecimentos da STDS sobre as informações repassadas pelo Cedeca, mas os questionamentos não foram respondidos na nota enviada pela assessoria de Comunicação da secretaria.

http://www.ebc.com.br/2015/08/entidades-debaterao-situacao-de-centro-onde-houve-fuga-de-68-menores


Um comentário:

  1. Tem que tratar de igual para igual, ou seja pauuuuuuuuuuuuuuuuu neles sem dó, quero ver se não resolve, eles tem o direito e defensores para quebrar, matar e etc... Agora se encostar o dedo pronto, ta arriscado o agente sair preso, ai quem saber preso o agente sera bem tratado, é brasil, país de bandido, exemplo nossos governantes.

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