quinta-feira, 25 de junho de 2015

Servidores de centros de menores do AP cobram segurança e reajuste

Categoria alega insegurança e ameaça de adolescentes nas unidades.
Ato nesta quarta-feira (24) aconteceu na sede da FCria, no Centro de Macapá.

Um grupo de servidores que atua nas unidades de internação de menores infratores em Macapá realizou um ato na manhã desta quarta-feira (24) cobrando mais condições de segurança nos cinco centros socioeducativos da capital, além de reajuste salarial de 40% e outros benefícios, como vale-alimentação e progressões.

Grupo se concentrou na sede da FCria, no Centro de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Grupo se concentrou na sede da FCria, no Centro de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)

O movimento de técnicos, monitores e educadores aconteceu em frente ao prédio da Fundação da Criança e do Adolescente (FCria), para onde os manifestantes levaram faixas e cartazes com as reivindicações.

A diretora-presidente da FCria, Albanize Colares, disse que houve uma antecipação do sindicato em solicitar o reajuste, que foi feito antes do período previsto para a mesa de negociação. A gestora falou que o ato é legítimo.

O presidente do sindicato da categoria, Igor Pereira, cobra melhores condições de trabalho para os servidores, que, segundo ele, vivem constantemente ameaçados e até agredidos pelos adolescentes infratores, que estariam em número superior à quantidade de vagas em todos os locais de internação.

"Reunimos uma pauta que inclui ainda a equiparação de nível superior no salário, gratificações e o aumento salarial que não acontece desde 2008. Pedimos também a abertura de concurso público para servidores, são 157 hoje, e precisamos de pelo menos 200", reforçou o presidente do Sindicato de Servidores do Grupo Socioeducativo (Singsep).

Mesmo com o ato, o trabalho nas unidades de internação não foi afetado, segundo o sindicato, que informou que a manifestação foi feita por funcionários que estao de férias, licenciados ou de folga. A categoria não anunciou paralisação de atividades.

"Muitas unidades estão comportando mais que o dobro de adolescentes, então não tem condições de ressocialização para esses jovens. Eles ficam lá somente para passar o tempo, e na maioria das vezes usam esse tempo para praticar a violência e atos ilícitos dentro da unidade. As condições impedem o servidor de fazer algo", falou Pereira.

Existem cinco centros na capital para ressocialização dos infratores: Centro de Internação Masculina (Cesein), Feminina (Cifem), Provisória (CIP) e de Semiliberdade.

http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2015/06/servidores-de-centros-de-menores-do-ap-cobram-seguranca-e-reajuste.html

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