quinta-feira, 7 de maio de 2015

Funcionários da Fundação Casa aderem à greve estadual

Funcionários da Fundação Casa de São Carlos aderem à greve estadual

Sindicato quer reajuste de 28,16% e melhoria das condições de trabalho.
Instituição afirma que está analisando as demandas e nega problemas.

Stefhanie Piovezan Do G1 São Carlos e Araraquara

Menores fizeram motim nos corredores da Fundação Casa em São Carlos (Foto: Maurício Duch/Arquivo pessoal)
Para sindicato, falta segurança na Fundação Casa
de São Carlos (Foto: Maurício Duch)


Funcionários da Fundação Casa de São Carlos (SP) aderiram à greve estadual da categoria iniciada nesta quinta-feira (7), segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa). A categoria pede um reajuste de 28,16% e melhores condições de trabalho, pauta que, de acordo com a assessoria de imprensa da Fundação Casa, está sendo analisada pelo governo.
Segundo Aline Salvador, diretora do sindicato, o movimento vai englobar  assistentes sociais, pedagogos e monitores, entre outros trabalhadores, e terá como carro-chefe as condições de atuação nos prédios da Fundação. "Depois da regionalização, colocaram as unidades em locais ermos, com mata ao lado. A insegurança é muito grande para os servidores. O adolescente não entende a internação e culpa os funcionários", afirmou.
No caso específico de São Carlos, Aline disse que a instituição conta com 64 internos, mas não oferece a segurança necessária e ocorrem invasões. "Adolescentes que deixaram a unidade entram com armas, ameaçam os funcionários, voltam para falar com os que ficaram", contou.
Ela também relatou que, na última semana, foi verificada a presença de resíduos fecais na água e que a Fundação passou a comprar água para os adolescentes, mas não para os trabalhadores. "Eles estão levando de casa", relatou.

  • Negociação
Segundo o Sitraemfa, o pedido de reajuste contempla perdas salariais e aumento real e a greve foi definida porque não houve acordo. "A proposta foi encaminhada em fevereiro e a data-base é em março. Estamos há dois meses tentando uma negociação. A greve é a arma final", disse Aline.
O movimento terá início na quinta e será avaliado em assembleias que determinarão o retorno ou não ao trabalho. Enquanto os funcionários estiverem em greve, apenas serviços básicos, como a alimentação dos adolescentes, devem ser mantidos, de acordo com o sindicato.

Fundação Casa

A assessoria de imprensa da Fundação Casa informou em nota que as reivindicações estão sendo analisada pelo governo estadual e que, entre 2005 e 2014, os aumentos dados pela instituição chegaram a 86,24% (IPC-Fipe), enquanto a inflação no período oscilou em torno de 68,46%, dependendo do índice utilizado.
Afirmou ainda que o governo sempre esteve aberto a negociar com o sindicato e que, no caso da segurança na unidade de São Carlos, "a muralha externa segue padrão de construção de forma a evitar o contato externo dos adolescentes".
Quanto à água, a assessoria alegou que "uma empresa contratada faz limpezas constantes na caixa d’água local, além de estar regularizada a dosagem de cloro, estando a água passível para uso e consumo".

Unidades de Guarujá, Praia Grande e Mongaguá aderiram.
Manifestação é liderada pelo sindicato da categoria.

Do G1 Santos

Funcionários de três unidades da Fundação Casa na Baixada Santista aderiram, na manhã desta quinta-feira (7), a greve liderada pelo Sindicato que defende a categoria em São Paulo. 

Trabalhadores de Guarujá, Mongaguá e Praia Grande pedem reajuste salarial e melhoria nos benefícios. Segundo o grupo, a greve é por tempo indeterminado.
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/05/funcionarios-da-fundacao-casa-de-sao-carlos-aderem-greve-estadual.html

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