Funcionários da Fundação Casa de São Carlos aderem à greve estadual
Sindicato quer reajuste de 28,16% e melhoria das condições de trabalho.
Instituição afirma que está analisando as demandas e nega problemas.
Para sindicato, falta segurança na Fundação Casa
de São Carlos (Foto: Maurício Duch) |
Segundo Aline Salvador, diretora do sindicato, o movimento vai englobar assistentes sociais, pedagogos e monitores, entre outros trabalhadores, e terá como carro-chefe as condições de atuação nos prédios da Fundação. "Depois da regionalização, colocaram as unidades em locais ermos, com mata ao lado. A insegurança é muito grande para os servidores. O adolescente não entende a internação e culpa os funcionários", afirmou.
No caso específico de São Carlos, Aline disse que a instituição conta com 64 internos, mas não oferece a segurança necessária e ocorrem invasões. "Adolescentes que deixaram a unidade entram com armas, ameaçam os funcionários, voltam para falar com os que ficaram", contou.
Ela também relatou que, na última semana, foi verificada a presença de resíduos fecais na água e que a Fundação passou a comprar água para os adolescentes, mas não para os trabalhadores. "Eles estão levando de casa", relatou.
- Negociação
O movimento terá início na quinta e será avaliado em assembleias que determinarão o retorno ou não ao trabalho. Enquanto os funcionários estiverem em greve, apenas serviços básicos, como a alimentação dos adolescentes, devem ser mantidos, de acordo com o sindicato.
Fundação Casa
A assessoria de imprensa da Fundação Casa informou em nota que as reivindicações estão sendo analisada pelo governo estadual e que, entre 2005 e 2014, os aumentos dados pela instituição chegaram a 86,24% (IPC-Fipe), enquanto a inflação no período oscilou em torno de 68,46%, dependendo do índice utilizado.
Afirmou ainda que o governo sempre esteve aberto a negociar com o sindicato e que, no caso da segurança na unidade de São Carlos, "a muralha externa segue padrão de construção de forma a evitar o contato externo dos adolescentes".
Quanto à água, a assessoria alegou que "uma empresa contratada faz limpezas constantes na caixa d’água local, além de estar regularizada a dosagem de cloro, estando a água passível para uso e consumo".
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