
A avaliação é da Justiça, Ministério Público de Santa Catarina e Secretaria da Justiça e Cidadania, após uma inspeção feita na manhã desta terça-feira no local e de uma audiência entre as partes, à tarde, que durou três horas.
O Case custou cerca de R$ 14 milhões e está com as obras concluídas desde junho. Apesar disso, tramita na Vara da Infância e Juventude de São José uma apuração de infração administrativa às normas de proteção à criança ou adolescente que ainda tem que ser finalizada para que a unidade ganhe a autorização judicial para funcionar.
Nesta terça, foram exigidos à Secretaria da Justiça e Cidadania que garanta a existência de professores e instrutores de educação física e atividades de lazer e recreação, além dos cursos profissionalizantes.
— As exigências são positivas e de fácil cumprimento. Vamos cumprí-las ainda esta semana — disse o secretário da Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, evitando desta vez polemizar com a demora judicial em liberar o funcionamento do Case.
A juíza Ana Cristina Borba Alves, da Vara da Infância e Juventude, não quis dar entrevista em razão do sigilo do processo e também pelo fato de o procedimento ainda estar em andamento. Ela garantiu apenas que está otimista com a liberação rápida do espaço assim que o Estado atender aos pedidos pedagógicos — a estrutura foi considerada ideal na vistoria.
O promotor da Infância e Juventude, Gilberto Polli, também se disse esperançoso com a abertura rápida do centro e com o atendimento das atividades e profissionais requeridos.
40 adolescentes da região
No início, o Case deverá receber 40 adolescentes infratores. A prioridade, conforme a Secretaria da Justiça e Cidadania, será encaminhar os que são da Grande Florianópolis e cumprem atualmente internação em unidades de outras regiões do Estado.
São 98 vagas, sendo 70 para sentenciados, 20 para provisórios (que ficam por até 45 dias) e 8 ameaçados.
O Case foi construído nas margens da BR-101, em São José, no mesmo terreno em que funcionava antigo São Lucas, unidade marcada por denúncias de violência, tortura, rebeliões e fugas. Agora, as autoridades planejam uma nova filosofia no atendimento em bhusca da efetiva ressocialização dos adolescentes.
O novo centro tem 8,4 mil metros quadrados de área construída de forma modular dividida em blocos. Além da área administrativa, alojamentos e apoio operacional (lavanderia e almoxarifado), a unidade terá ambulatório, salas de aula, oficinas profissionalizantes, teatro, ginásio de esporte, centro ecumênico, sala multiuso e quadra polivalente.
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