Mãe e familiares protestam em frente a Fundação Casa onde adolescente foi morto (Foto: Sérgio Masson) |
Familiares e amigos do adolescente Fabrício de Souza Araujo, 16 anos, protestaram em frente à unidade Rio Pardo da Fundação Casa no início da tarde de ontem, em Ribeirão Preto.
De acordo com a mãe do jovem, a açougueira Maria do Socorro Marçal da Silva, 36 anos, a manifestação teve como principal objetivo buscar respostas à morte suspeita do adolescente ocorrida no último sábado, dia 16 de agosto.
O protesto pacífico ocorreu uma semana depois da morte do interno da Fundação Casa. Pessoas próximas ao jovem, como a mãe dele, acreditam na hipótese de que o adolescente morreu em decorrência de agressão e não engasgado por uma bolinha de desodorante roll-on, versão apresentada pela entidade.
“Quero saber realmente o que aconteceu com o meu filho. Como uma bolinha de desodorante pode ter matado ele?”, questiona.
Ao todo, cerca de 30 pessoas participaram do protesto. Os manifestantes levaram cartazes com reivindicações de paz e justiça e alguns exibiam fotos feitas pela família do adolescente com ferimentos na cabeça, braço, pescoço e com a mão quebrada, segundo informações transmitidas pela mãe do jovem.
O protesto teve início às 11h e ocorreu de maneira pacífica até por volta das 17h. Algumas mães que esperavam o horário da visita aos internos também participaram da manifestação.
“A única esperança que eu tenho para poder viver em paz é ter essa resposta. Meu filho estava pagando por tráfico, foi preso pela primeira vez, mas era um bom menino, um bom irmão, não era criminoso. Enquanto não me derem essa resposta os protestos vão continuar”, defende a mãe.
Conforme o jornal A Cidade divulgou na edição de terça-feira, dia 19 de agosto, a Polícia Civil de Ribeirão Preto e a Corregedoria da Fundação Casa vão investigar a morte do adolescente.
O jovem, que cumpria internação na unidade Rio Pardo, chegou com parada cardiorrespiratória à UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) da Vila Virgínia no início da tarde de sábado, 16 de agosto, e morreu logo em seguida.
A família do jovem não acredita na versão preliminar apresentada pela Fundação Casa para explicar a morte. A Prefeitura de Ribeirão Preto também contesta as informações passadas pela instituição em relação ao atendimento prestado a Fabricio e à causa de sua morte.
A reportagem do A Cidade tentou contato com a assessoria de imprensa da Fundação Casa ontem à tarde, mas ninguém atendeu ao telefone na sede da instituição, em São Paulo.
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