Denúncias vão desde licitações suspeitas a descaso com os funcionários.
Conforme requerimento enviado ao ministério público em 21-07-2014, várias denúncias foram feitas apontando irregularidades na gestão da Fundação CASA.
Segundo o documento, a instituição que é gerida pelo Governo do Estado de São Paulo teria se tornado “balcão de negócios” no qual empresas privadas em parceria com o Estado, através de contratos de prestação de serviços estariam distribuindo centenas de cargos atendendo a critérios políticos e familiares. Nesse contexto estariam sendo contratados funcionários incompatíveis com as atribuições necessárias para desempenhar funções específicas.
Para se ter noção da gravidade da denúncia, segundo o deputado Carlos Gianazzi, enquanto funcionários concursados estariam recebendo salários em torno R$ 680,00 os funcionários das empresas estariam sendo remunerados com valores superiores e alguns chegariam a até R$16.000,00. Considerando a situação os funcionários concursados em progressão de carreira na instituição estariam indignados.
O documento garante ainda que há suspeita de várias outras irregularidades que estariam causando prejuízos ao Estado como o aluguel de computadores por valores que giram em torno de R$ 3.000,00 mensais.
Promotores de São Paulo, por meio da Promotoria da Infância e Juventude, protocolaram nesta quinta-feira (07-08-2014) ação civil pública na Vara da Infância e da Juventude contra a Fundação CASA, instituição para menores infratores, depois de constatar superlotação em 106 de 116 unidades, o que representa 91,37% de todo o sistema de internação de adolescentes do Estado de São Paulo. Segundo os promotores a situação estaria em patamares inimagináveis, não contribuindo com o propósito da existência da instituição que seria promover a recuperação desses jovens para sua posterior volta ao convívio social. A Fundação CASA disse ainda não ter conhecimento da ação e portanto não se pronunciará nesse momento.
Em junho 2011 houveram denúncias sobre práticas de tortura contra os adolescentes da Unidade de internação Jatobá vieram à público por meio de cartas escritas pelos próprios adolescentes sobre o violento cotidiano vivenciado, marcado por socos e chutes por parte dos funcionários, a mando da direção.
Familiares e movimentos sociais não se calaram, denunciaram aos órgãos nacionais e internacionais e promoveram ainda atos e falas públicas em eventos de direitos humanos.
http://plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=80867
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