sábado, 22 de dezembro de 2012

Justiça revoga prisão de agente acusado de abuso no Pomeri

Esquema incluiria estupro coletivo e luta de boxe; Adão Hermossa, o "Wolverine", foi preso

O agente orientador Adão Bassa Hermossa, o “Wolverine”, foi colocado em liberdade, após ter a prisão temporária revogada.



Menores denunciaram um suposto esquema de estupro coletivo no Pomeri, com a complacência de agentes
Ele ficou 12 dias presos numa das celas da Gerência Estadual da Polinter, suspeito de ser o responsável pelos maus tratos, que incluiriam abuso sexual e até luta de boxe entre adolescentes internos do Complexo do Pomeri, em Cuiabá.

Os advogados de defesa argumentaram que, por se tratar de funcionário público, o agente tem residência fixa, bons antecedentes e não representa perigo para a sociedade. Alem disso, o inquérito que investiga as denúncias foi concluído.

Adão Hermossa teve a prisão temporária decretada pela juíza da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro Araújo, que expediu mandando de busca e apreensão nas celas do Pomeri, solicitado pelo delegado Paulo Alberto Araújo, da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (DEA).

Segundo o delegado, as investigações iniciaram após um adolescente de 14 anos, morador de Cáceres (225 km a Oeste da Capital), que cumpria atividades socioeducativas no Pomeri, ter relatado ao pai dele que, dentro da unidade, ocorreria um esquema de "rodízio" de abusos dos adolescentes maiores contra os menores.

Diante da situação, o pai procurou a psicóloga para fazer a denúncia, assim com também a agentes educadores e técnicos que atuam dentro da unidade. Os policiais descobriram que os suspeitos do abuso ficaram sabendo e estupraram o garoto delator.

Conforme os depoimentos dos menores, o agente educador é acusado de ser complacente com os abusos. 

Para o delegado, o mais grave é que dois menores relataram que ninguém fez nada para acabar com o "estupro coletivo".

Na última quarta-feira (20), o delegado concluiu as investigações e solicitou a prisão preventiva de nove envolvidos no caso, indiciados por tortura e formação de quadrilha. 

Além de Adão, o delegado pediu a preventiva da diretora Maria Gizelda da Silva e do gerente de internação de internação masculina, Urias Avelino Dantas. Os dois foram afastados por 30 dias.


Mídia News

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