Polícia identifica dois maiores responsáveis por rebelião em Irapuru

Alguns adolescentes denunciaram sofrer "maus tratos".

Jovens agora serão encaminhados para cadeia comum e responderão pelos crimes de lesão corporal dolosa, dano ao patrimônio público, motim e cárcere privado

Do iFronteira, postado por Lourival S. Bortolin .

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o que motivou e em que condição ocorreu a rebelião de jovens que cumprem medida socioeducativa nas duas unidades da Fundação Casa de Irapuru. O motim começou por volta das 9h30 dessa terça-feira (21), fez sete reféns e foi controlado às 13h.

Nas investigações, além dos responsáveis pela ação, vai ser verificado também se realmente ocorreu algum crime por parte dos agentes das unidades, como alguns adolescentes denunciaram sofrer maus tratos.

Ainda na tarde dessa terça-feira as autoridades já conseguiram identificar os principais responsáveis pela rebelião. Dentre eles estão dois jovens que cumpriam pena na unidade 2 e que já são maiores de idade. Os dois estão com 18 anos, um é de Presidente Prudente e o outro de Panorama, na Alta Paulista.

Segundo o delegado de Irapuru, Aércio Fajardo Nunes, os dois rapazes foram conduzidos até a delegacia e autuados em flagrante. Eles são acusados de lesão corporal dolosa, dano ao patrimônio público, motim, além de cárcere privado. Eles teriam agredido funcionários e danificado as unidades, segundo as investigações.

A Fundação Casa, por meio de nota, informou que foram sete reféns na ação. Cinco deles na unidade 2, sendo o próprio diretor e quatro funcionários, que tiveram ferimentos leves e foram atendidos no local. Outros dois funcionários ficaram como reféns na unidade 1, mas não foram feridos.

Os dois rapazes identificados como líderes da ação estão presos na Cadeia de Adamantina e até o fim de semana deverão ser encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. As investigações ainda devem apontar se houve mais envolvidos no motim.

Por que os jovens foram presos em flagrante?

Segundo o delegado Aércio Fajardo Nunes, os jovens cumprem medida socioeducativa na Fundação Casa porque praticaram crime quando eram adolescentes e foram condenados. Agora, praticaram crime quando já são maiores de idade. Por isso, foram autuados e deverão cumprir pena na cadeia comum.

Colaboração de Rogério Pires, de Dracena

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