A morte de um adolescente de 16 anos dentro do Educandário São Francisco, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, na terça-feira (21), revela que casos semelhantes têm sido recorrente nestes locais que deveriam cuidar de menores infratores.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria da Família, Mário Monteiro, nos últimos 18 meses, 11 adolescentes morreram em educandários do Paraná. A falta de estrutura, como o número insuficiente de educadores, é um dos problemas apontados. “O abandono está muito claro, não há investimento real, não há servidor. Se não há servidor não há socioeducação”, disse Monteiro.
Agora, a família do jovem busca por respostas para a morte do rapaz que cumpria pena de três anos por pichação e tentativa de assalto. Segundo a mãe do adolescente, Eliane Elias, ele estava no educandário há um mês e nas três primeiras semanas ele ficou em uma cela separada porque estava jurado de morte.
“Eles falaram que ele tinha se suicidado. E se suicidar, ele não se suicidou, porque ele estava muito bem. Eu quero que no mínimo eles tinham que ter protegido ele. Não ficou três semanas isolado justamente para proteger? Porque ele ficou quinta, sexta, sábado, domingo, segunda, na terça-feira eles me trazem a notícia que eles tá morto”, contou a mãe.
Para Eliane, os profissionais do educandário foram irresponsáveis. “Eles não são profissionais? Eles não estão lá para cuidar daqueles meninos. O que eu entendo é que eles foram totalmente irresponsáveis”, argumentou. “Nada vai trazer meu filho de volta. Só sei que os profissionais lá dentro sabem o que aconteceu e eles deviam se envergonhar de querer dizer que meu filho se matou”.
As causas e circuntãncias da morte não foram divulgadas. A direção do educandário foi procurada pela reportagem da RPC TV, mas ninguém quis comentar o assunto. Apenas em nota, lamentou o que aconteceu.
http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/08/adolescente-e-encontrado-morto-em-educandario-da-regiao-de-curitiba.html
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