Várias patrulhas da Polícia Militar e equipes do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para conter a rebelião no Centro Educacional Patativa do Assaré, no bairro Santa Fé, em Messejana. O clima continua tenso no local foto: Naval Sarmento
A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada, no começo da noite de ontem, para controlar uma rebelião de internos do Centro Educacional Patativa do Assaré, localizado na Rua Estrada do Ancuri, no bairro Santa Fé, em Messejana. A unidade é destinada ao recolhimento de adolescentes que praticaram atos infracionais e que foram submetidos a medidas socioeducacionais de internação.
O motim começou por volta das 18 horas e até as 21 horas a situação ainda não estava completamente controlada. Caminhões do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e ambulâncias do Samu e dos Bombeiros foram mobilizadas para dar suporte à PM na operação.
Segundo a Polícia, os adolescentes amotinados montaram barricadas nas galerias e queimaram colchões. Por volta das 19 horas, policiais do Comando Tático Motorizado (Cotam) e do Grupo de Ações Táticas (Gate) foram autorizados pela direção do Centro a ‘invadir’ o local e controlar a rebelião. A Imprensa não teve acesso às dependências da unidade. Contudo, do lado de fora era possível ouvir o barulho provocado pela detonação de granadas de efeito moral.
O comandante da Companhia de Guarda de Presídio, major PM Marcelo Praciano, se dirigiu ao local para comandar a operação juntamente com o major Martins, da Companhia de Controle de Distúrbios Civis (CDC), do BPChoque.
Até o encerramento desta edição as autoridades não tinham ainda revelado o que teria motivado o levante dos jovens.
Várias patrulhas do Ronda do Quarteirão de Messejana e da 2ª Companhia do 5º BPM foram acionadas no primeiro momento para a ocorrência. Contudo, como os policiais militares não tinham autorização para entrar na unidade, eles permaneceram em volta do Centro para impedir que houvesse fuga.
Somente por volta das 20 horas a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) foi autorizada a enviar para o local equipes do Corpo de Bombeiros, assim como ambulâncias. Informações sobre feridos não foram divulgadas.
As rebeliões naquela unidade controlada pelo Governo do Estado são frequentes e a maioria motivada por brigas internas entre os adolescentes infratores. Para lá, são enviados garotos que praticam delitos como assaltos, furtos, tráficos de drogas, homicídios e até latrocínios (roubo seguido de morte).
Após praticarem os atos infracionais e serem apreendidos pela Polícia, os adolescentes são encaminhados ao Juizado, que determina o tipo de medida a ser aplicada. A internação é a mais rígida delas e aqueles que cometem crimes graves como assassinatos permanecem nos centros até o limite de 21 anos de idade.
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1171982
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