Funcionários da Fundação Casa decretaram greve geral e a categoria deve iniciar a paralisação a partir da meia-noite desta quinta-feira (7).
Em São Carlos cerca de 20 servidores devem aderir a paralização. (Foto: Arquivo/JPP |
A decisão foi oficializada após uma assembleia geral de Campanha Salarial, realizada no último sábado, 2, onde os trabalhadores da instituição decretaram greve geral na categoria, tanto no interior, litoral e capital, por tempo indeterminado. Em São Carlos, cerca de 20 servidores irão aderir o movimento.
As equipes de cinco unidades instaladas na RMVale também devem cruzar os braços para reivindicar melhorias nas condições de trabalho.
RMVale Em 2014, cerca de 400 funcionários das unidades da Fundação Casa na região também fizeram greve. Trabalhadores da instituição em Caraguatatuba, Jacareí, Lorena, Taubaté e São José dos Campos paralisaram as atividades entre os dias 10 e 23 de abril.
Neste período, os grevistas realizaram diversas manifestações e alguns protestos, como o bloqueio na via Dutra, com pneus queimados, durante 40 minutos em abril do ano passado, também foram feitos bloqueios em outras estradas, como a rodovia dos Tamoios.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo
( Sitraemfa), Aldo Antonio, que representa a categoria, destacou que havia uma negociação em andamento com o governo. "O governo não está oferecendo melhorias para os trabalhadores. A gente tinha conseguindo junto ao secretário de Planejamento e Gestão um início de uma negociação, mas eles não ofereceram nada. Informaram que a arrecadação está caindo e não conseguimos nem a reposição da inflação que era de 6,31%. Se tivesse oferecido pelo menos a inflação, a categoria aceitaria", disse.
Antonio afirmou que a partir da próxima quinta-feira, 30% dos trabalhadores devem continuar trabalhando por determinação da Justiça do Trabalho. "A gente garante a alimentação dos internos, a higienização, visita das famílias. A parte da educação e recreação vai parar", ressaltou.
Em nota, a assessoria de imprensa da Fundação CASA informa que a pauta de reivindicações colocada pelo Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo) está sendo analisada pelo Governo de São Paulo.
“A Fundação CASA ainda informa ainda que dos últimos anos, entre 2005 e 2014, os sucessivos aumentos dados pela instituição perfazem, somados, 86,24% (IPC-Fipe) - a inflação no período oscilou em torno de 68,46%, dependendo do índice utilizado. Vale a pena ressaltar que o Governo de São Paulo, portanto, sempre esteve aberto a negociar com o sindicato”, diz a nota.
Fundação Casa em São José dos Campos, unidade também deve aderir à greve
Flávio Pereira/Meon
GREVE VAI AFETAR UNIDADE EM JUNDIAI
Anunciada para ser desencadeada à zero hora de quinta-feira (7), a greve dos trabalhadores nas unidades da Fundação Casa afetará, também, a unidade da Fundação Casa - Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, em Jundiaí.
Com lotação acima da capacidade, sindicato da categoria afirma que a defasagem no número de trabalhadores, insegurança e falta de negociação por parte do governo são situações que desencadearam paralisação. No ano
passado, a categoria ficou paralisada por 13 dias e conseguiu 6,26% de reajuste salarial.
Segundo informações da diretora de políticas sociais do Sindicato dos
Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança ao
Adolescente e à Família do Estado de São Paulo/SP (Sitraemfa), Aline
Salvador, a unidade da Fundação Casa de Jundiaí abriga 62 jovens, sendo
que sua capacidade seria de 56. “A superlotação está em todas as
unidades. A média é de 15% a mais. Isso causa desgaste entre os
trabalhadores. Estamos com menos de 30% dos trabalhadores que seriam
necessários para a operação”, afirma a sindicalista.
Ela não detalha se a situação na unidade de Jundiaí chega a apresentar
problemas por conta da quantidade de jovens, mas afirma que a falta de
funcionários atrapalha o funcionamento. “A Fundação Casa é uma
engrenagem. Se uma peça não funciona direito, afeta as demais. Se não
temos manutenção na rede de água, por exemplo, os jovens se revoltam
porque ficam sem banho. Adolescentes querem tudo para ontem. Isso é
motivo de tumulto”, aponta.
Aline afirma que a insegurança entre os funcionários da instituição é
grande. “Estão sofrendo coação dos ex-internos nas ruas e isso tem
causado êxodo entre os trabalhadores. As pessoas entram para trabalhar
na Fundação, animadas, depois de um ano estão desestimuladas porque não
recebem gratificações condizentes com os riscos que enfrentam
diariamente. Isso desestimula. Muitos estão saindo para prestar outros
concursos”, afirma.O salário de um agente de pátio, o antigo monitor, é de R$
1,8 mil em São Paulo. De acordo com a sindicalista, o valor no Paraná é
de R$ 3 mil.
LINKS UTILIZADOS
http://www.jj.com.br/noticias-14737-greve-marcada-para-dia-7-vai-afetar-unidade-jundiai
http://www.jornalpp.com.br/cidades/item/95970-funcionarios-da-fundacao-casa-devem-entrar-em-greve-na-quinta-feira
http://www.meon.com.br/noticias/regiao/funcionarios-da-fundacao-casa-decretam-greve-geral-na-rmvale
E o levantamento de pessoal que eles iriam divulgar no dia 30/04?
ResponderExcluirVamos aderir sim,mais que esse ano o agente de apoio socioeducativo não fica a ver navios.E vamos a luta.
ResponderExcluirE 3 mil de salário ainda é pouco pra trabalhar no inferno. Num lugar onde sabe que vai entrar e não sabe se vai sair.
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