Recentemente o Superior Tribunal de Justiça condenou a dois anos de detenção um agente carcerário de Mato Grosso que forneceu carteiras de cigarro a adolescentes internadas provisoriamente em uma cadeia pública feminina do Estado. A Justiça decretou a pena máxima para o servidor.
Em face disso os servidores decidiram por unanimidade, em assembleia realizada no dia 17 de setembro de 2014, que não correrão o risco de responder processo por estar desrespeitando uma norma que permeia o serviço no que tange as medidas socioeducativas, e trabalhar na desintoxicação dos jovens, sejam eles maiores ou menores, que estão nas unidades de internação e fazem o uso do tabaco, deixando de receber nas unidades os cigarros trazidos pelos familiares.
Até o momento, a reportagem do Jornal de Brasília não havia conseguido entrar em contato com a Secretaria da Criança.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/574653/servidores-do-sistema-socioeducativo-realizam-operacao-tabaco-zero-em-unidades-de-internacao/
Proibição de cigarro em unidades de internação provoca polêmica
Adolescentes não poderão mais fumar dentro das unidades de internação do Distrito Federal. A decisão foi tomada pelos próprios servidores, que passaram a proibir a entrada do produto. No entanto, a Secretaria da Criança rebate: “Uma intervenção brusca no sentido de impedir o acesso ao cigarro, além de ineficaz, acarretaria graves crises de abstinência que poderiam colocar em risco a integridade de outros internos e até dos servidores”.
Dessa forma, a pasta sustenta que a decisão de largar um vício é individual e não pode ser imposta. Mas o Sindicato dos Atendentes de Reintegração Social (Sindi-ATRS) ressalta que a prática contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A venda ou o fornecimento de cigarros a menores é passível de detenção e multa.
“No mês passado o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou um servidor do Mato Grosso do Sul por ter fornecido duas carteiras de cigarro a um adolescente. Depois disso passamos a nos preocupar ainda mais com essa questão”, diz o vice-presidente do Sindi-ATRS, Lucian Rocha.
Segundo ele, além do fomento ao vício, o cigarro é utilizado como moeda de troca. “Era trocado por roupas e favores, dificultando a ressocialização”, explica.
Famílias
Rocha afirma que o sindicato tem o apoio da maior parte das famílias. “Algumas mães dizem que os filhos começaram a fumar dentro das unidades e outras reclamam que não têm condições de manter o vício deles”.
A professora Janaina Borbosa, 45 anos, é tia de um interno e comemorou a decisão. “Quando ele entrou estava parando de fumar, mas continuou e hoje fuma ainda mais. Além disso gastamos uma grana alta com cigarros”, conta.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/574741/proibicao-de-cigarro-em-unidades-de-internacao-provoca-polemica/
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