Foi transferida
ontem para a Fundação Casa de Cerqueira César a adolescente de 12 anos
moradora de Cedral que esfaqueou um casal no último domingo. Ela vai
responder por tentativa de homicídio e lesão corporal. A menor e a irmã
de 14 anos possuem, cada uma, oito passagens pela polícia. As duas têm
amedrontado adolescente e adultos do município. Conhecidas como “irmãs
Micas”, elas são acusas de furto, lesão corporal e tráfico. Em fevereiro
deste ano, as menores foram detidas com 92 porções de maconha. Na
ocasião, apenas a mais velha foi presa e ficou 45 dias na Fundação Casa.
Na ocorrência do último domingo, Michela (nome fictício), a irmã
mais nova, deu uma facada na axila esquerda do pedreiro Salmo de
Oliveira, 37 anos, e outra no braço esquerdo da mulher dele, Graziela
Marta, 35 anos. Marta sofreu ferimentos leves e foi socorrida no
pronto-socorro municipal, já Oliveira está internado em um quarto do
Hospital de Base (HB) de Rio Preto. Ele passou por cirurgia e seu estado
de saúde é estável.
As facadas aconteceram após uma discussão entre o casal e as
menores. De acordo com testemunhas, as irmãs Micas teriam agredido a
filha do casal de 15 anos na última sexta-feira, por isso eles teriam
ido à casa delas, no bairro Jardim Galante, para cobrar explicações.
Após a briga, Michela pegou uma faca de cozinha e atingiu primeiro
Graziela; depois Salmo. A menor alegou a polícia que tentava se
defender. Ela foi detida e encaminhada à cadeia de Nhandeara (SP), onde
aguardou vaga na Fundação Casa até ontem.
Terror
A ficha policial de Michela começou a ser construída em 2011, quando
ela ainda tinha nove anos. A então criança bateu em uma colega de
classe na escola Lúcia Novais Brandão. Depois disso, foi levada à
delegacia por furtar um idoso junto com a irmã. A dupla ainda cometeu
outros furtos e brigas, somando um total de oito ocorrência cada uma. As
duas abandonaram os estudos em 2012. “Elas têm tocado o terror na
cidade. A mais velha saiu da Fundação Casa e quer dominar o bairro.
Ficam o dia todo usando droga e brigando, e até se prostituem”, afirmou o
delegado Marcelo Ferrari da Silva.
No bairro onde moram, o Jardim Galante, os vizinhos estão
apreensivos. “Não respeitam ninguém. Fazem o que querem desde pequena.
Temos medo”, disse uma das moradoras que preferiu não se identificar
temendo represálias. Também com medo de novas agressões, as vítimas não
quiseram conversar com a reportagem.
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Cidades/185290,,Irmas+de+12+e+14+anos+aterrorizam+Cedral.aspx
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