Projeto, que seguirá para sanção do governador, prevê, ainda,
que organizações sociais administrem parques ambientais e serviços
públicos de saúde e serviço social. “É uma privatização gigantesca”,
lamenta o deputado Adriano Diogo (PT)
Acaba de ser aprovado, na Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo (Alesp), o Projeto de Lei Complementar nº 62 de 2013, que dispõe
sobre a qualificação e o trabalho das organizações sociais. O texto
prevê que seja entregue a Organizações Sociais (OSs) a administração da
Fundação Casa, além da Investe São Paulo (uma agência que procura atrair
investidores para o Estado) e as unidades de conservação ambiental.
A proposta, que tramitava em caráter de urgência, foi encaminhada à
Alesp pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que terá, agora, o texto
de volta para sancionar, com a aprovação na Casa. O projeto foi aprovado
com 55 votos favoráveis, 17 contra e 17 obstruções. Essa foi a terceira
tentativa do governo de votar o PLC 62, as outras duas haviam sido
obstruídas pelo PT.
Para o deputado estadual Antonio Mentor (PT), a aprovação do projeto é
“um golpe imenso que o governo está dando nas instituições públicas” e
tem fundo eleitoreiro. “A terceirização e privatizações dessas áreas é
uma questão programática para o PSDB, será ferramenta nas eleições”,
explicou o parlamentar.
O também deputado estadual, Adriano Diogo (PT), classificou como
“absurda” a aprovação do projeto e lembrou que “diversas audiências
públicas” não foram convocadas por obstrução da bancada do governo.
“Eles não queriam debater o projeto, não era interessante para eles. Com
essas reuniões, teríamos atrasado a votação e poderíamos propor
mudanças.”
Para Diogo, a aprovação do PLC 62 é “maior do que se imagina”. “É uma
privatização gigantesca, de público só nos resta a polícia e o sistema
prisional. Eu comparo ao processo de privatização da época do Mário
Covas.”
A relatora da matéria é a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), que se
tornou conhecida depois de sugerir o projeto que ficou conhecido como
“Porta dupla”, que destinava 25% dos leitos de hospitais públicos para
pacientes atendidos por planos de saúde.
A oposição questionou os trabalhos do presidente da Alesp, Samuel
Moreira (PSDB), na discussão da propositura em plenário. O deputado
tucano teria utilizado de subterfúgios não previstos no regimento da
Casa para acelerar a votação.
http://www.spressosp.com.br/2014/05/28/alckmin-vence-e-fundacao-casa-sera-tercerizada/
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