terça-feira, 11 de março de 2014

Socioeducadores do Parana pedem melhorias e paralisam serviços

Manifestações ocorrem em Curitiba, Cascavel e Foz nesta terça-feira (11).
Servidores pedem a regulamentação da função e reajuste salarial.

Servidores que trabalham em unidades de internamento de menores infratores no Paraná iniciaram uma paralisação na manhã desta terça-feira (11), de acordo com o Sindicato dos Servidores da Socioeducação do Paraná (Sindesc). Em Curitiba, cerca de 200 socioeducadores passaram a manhã em frente ao Palácio das Araucárias, sede do governo do estado.

A categoria reivindica a regulamentação da função de socioeducador, além do pagamento de gratificações que foram prometidas pela atual secretaria da Família e Desenvolvimento Social, assim como reajuste no salário e melhorias nas condições de trabalho.


Em Foz do Iguaçu, servidores usaram nariz de palhaço e faixas para protestar (Foto: Reprodução / RPC TV)
Em Foz do Iguaçu, servidores usaram nariz de palhaço
e faixas para protestar (Foto: Reprodução / RPC TV)
Em Cascavel, no oeste do estado, 60% dos funcionários aderiram à paralisação. Os servidores estão concentrados em frente ao Centro de Socioeducação (Cense) II , no Jardim Presidente. Já em Foz do Iguaçu, também no oeste, os educadores usaram nariz de palhaço e faixas para protestar. "Estamos cobrando o que já foi acordado com o governo e até agora não foi cumprido como, por exemplo, o reajuste de 5% que era para ter sido pago em janeiro. Estamos em março, e até agora nada", comentou o educador social Diogo Batista ao lembrar que caso não seja feito um novo acordo a categoria pode entrar em greve.




Nas principais cidades do norte e noroeste do Paraná, as atividades estão sendo realizadas normalmente, de acordo com os diretores dos centros de socioeducação. O presidente do sindicato Dirceu de Paula Soares informou que nas unidades de internamento, os funcionários que foram trabalhar estão fazendo uma operação padrão. “Os educadores estão mantendo as atividades básicas, como a alimentação e higiene dos menores”, disse.

Para Dirceu, a paralisação é necessária como uma forma de garantir os direitos da categoria. “Nós somos educadores, mas também fazemos trabalho de polícia, escoltando os menores. Não temos reconhecimento do estado”, explicou o presidente. Dirceu contou que há vários registros de servidores que foram humilhados dentro das unidades de trabalho. "Os menores jogam urina no socieducador e nada é feito", contou.

Na tarde desta terça-feira, representantes do sindicato vão ser reunir com a secretária da Administração e Previdência Dinorah Nogara e com a diretora-geral da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social  Letícia Raymundo para discutir as reivindicações da categoria.

Comunicado
No dia 27 de fevereiro, a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social emitiu um comunicado informando que todas as reivindicações dos servidores já foram, de alguma forma, atendidas. Na nota, a secretaria informou que um reajuste de 15% na Gratificação de Atividade para os socioeducadores já tinha sido autorizado, porém não detalhou quando a quantia seria paga.  Além disso, a secretaria disse que um concurso para a contratação de educadores está previsto para este ano. Em relação às condições de trabalho, o órgão informou que 70% das unidades foram reformadas e outras duas inauguradas durante os três anos de gestão da atual secretaria.

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/03/educadores-sociais-do-pr-pedem-melhorias-e-paralisam-servicos.html

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