O
prefeito de São Vicente, Luís Claudio Bili, ressalta que todas ações
para a inclusão são importantes. “Para mim, o ideal seria que não
existissem esses trabalhos, pois vejo todos como iguais. Brancos e
negros. Mas com a discriminação que eles sofrem, esses trabalhos ainda
são necessários. Este é mais um avanço para toda a comunidade vicentina e
auxiliará os egressos e os familiares".
A
coordenadora do (COPPIR), Coordenadoria de Políticas de Promoção de
Igualdade Racial, Alessandra Franco, explica que a parceria é importante
para a implantação de trabalhos sociais por parte do Município. “A
Fundação Casa tem dados de todos os jovens ingressados. Com esse acordo,
poderemos saber quais são as zonas mais vulneráveis e aplicar projetos
no lugar certo”. A data para a assinatura do contrato foi escolhida para
abrir a Semana do Negro em São Vicente. 82% dos menores infratores são
negros, de acordo com dados da Fundação Casa.
O
vice-presidente da Fundação Casa, Antônio Cláudio Flores Pitteri,
ressalta que atender os jovens que deixaram a instituição ainda é um dos
maiores desafios. “Para nós, esse pacto é muito importante, pois
permite que possamos trabalhar com os jovens mesmo depois de eles terem
saído”.
Pitteri afirma que o índice de negros
detidos é uma prova de que a discriminação racial ainda é forte na
sociedade. “Infelizmente, não podemos dizer que não há preconceito no
Brasil. Esse número elevado de jovens na Fundação Casa mostra que ainda
faltam maiores trabalhos de inclusão social”.
Centro de Referência
A
coordenadora do COPPIR de São Vicente, Alessandra Franco, revela que a
intenção agora é criar um Centro de Referência ao atendimento do egresso
da Fundação Casa em São Vicente.
"Queremos
formar um lugar que prepare, dê o primeiro emprego e atenda esses
jovens, para que não voltem a cometer os mesmos erros", explica
Alessandra. Ela ressalta que as ações já serão iniciadas imediatamente,
com reuniões com representantes da Fundação Casa.
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