domingo, 29 de setembro de 2013

Número de agentes é insuficiente (complexo Pomeri Cuiba - MT)

Mês foi marcado por várias rebeliões, depredação de celas, conflitos e até mesmo uma tentativa de homicídio, cujos envolvidos eram internos

Centro Socieducativo Pomeri recebe adolescentes infratores
de todo o Estado e precisa de mais infraestrutura para funcionar
O Complexo do Pomeri da Capital se transformou num verdadeiro barril de pólvora prestes a explodir. Num mês agitado, os adolescentes se rebelaram queimando colchões, depredaram celas, ameaçaram agentes orientadores, tentaram fuga e também tentativa de assassinato.

Além da necessidade de construir outro centro socioeducativo, é preciso contratar mais agentes, pois o atual quadro não corresponde a um atendimento satisfatório. Mas, os problemas estão longe de solucionar, uma vez que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) não acena para novas contratações.



Barra do Garças, Cáceres ,Sinop e Rondonópolis também possuem complexos idênticos aos do Pomeri. Em Várzea Grande, um dele está em construção, mas sem data de entrega.

Na reunião, ocorrida no dia 13 de setembro, juízes, promotores, defensores e advogados, cobraram do governo do Estado que dê condições e tratamento mais humano aos jovens infratores que reclamam das condições de higiene, alimentação, maus-tratos e até de dificuldade de acesso à água.

Ficou evidente a necessidade da contratação de ao menos 20 novos agentes orientadores, além na necessidade de um médico psiquiatra. A falta de agentes deixou os garotos presos nas celas sem condições de frequentar às aulas por duas semanas. A revolta foi tão grande que se rebelaram destruindo celas.

Dois dias antes da reunião, cinco infratores – sendo três adolescentes e dois rapazes de 18 anos – chegaram a queimar colchões da Ala 1, obrigando os policiais militares a usar munição antimotim.

Cerca de uma hora depois, os garotos foram dominados e transferidos para outra ala. O fogo teria destruído as celas, exigindo uma reforma antes de ser ocupada novamente pelos adolescentes.

Três dos cinco líderes do motim, estavam na rebelião do dia anterior, onde armados com chuços – armas artesanais confeccionadas com pedaços de metais – e cabos de vassoura espancaram quatro agentes orientadores durante um confronto na Ala 4.

No dia 19, o Complexo do Pomeri voltou a ser palco de mais uma tentativa de fuga de adolescentes infratores. Desta vez, dois garotos, um de 16 e outro de 17 anos tentaram fugir, após arrebentar o cadeado da sala de TV, utilizando uma agulha de tricô.

No dia seguinte, um adolescente de 17 anos foi perfurado no tórax por um golpe de chuço (arma artesanal confeccionada com pedaço de ferro). A chuçada foi desferida por outro garoto durante uma briga dentro de uma cela

O secretário de Justiça e Direitos Humanos Luiz Antonio Pôssas de Carvalho justificou a defasagem de profissionais. “Os agentes estão passando por cursos de reciclagem e as turmas têm que se ausentar do trabalho por 30 dias. As equipes vão se revezando ao irem para o treinamento e isso ainda durará mais quatro meses”, assinalou.

http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=439447

Um comentário:

  1. Agora vagabundo quebra a cela porque não tá indo à escola !!! Kkkk...

    Pergunta pra esses bostas se quando tão roubando, traficando e matando se é interessante frequentar uma sala de aula ???

    Mas quando tão na tranca querem ir e detalhe vagabundo fuma cigarro que nem dragão depois pede pro agente levar ele na enfermaria pra fazer nebulização, tá de sacanagem, num tá?

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