A juíza da Vara da Infância e
Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo Santos, diz que realmente há
superlotação do Centro Socioeducativo Pomeri, mas que as liberações de
adolescentes infratores, como as que vêm fazendo nos últimos dias, são
comuns e seguem critérios de ponderação.
“Temos liberado adolescentes todos os dias”, observa Gleide. Os que
estão deixando o Pomeri, diz, são principalmente os infratores
primários, aqueles que não haviam sofrido medida socioeducativa
restritiva de liberdade.
As denúncias de caos no sistema socioeducativo, veiculadas na imprensa,
não foram vistas como bons olhos pela magistrada. No cargo há um ano e
meio, Gleide Bispo diz que “não existe clima de caos que não fosse antes
verificado”.
Entusiasma com a possibilidade de reforma física, implantação de um novo
modelo de gestão e demolição da parte antiga do complexo, a juíza diz
que nesse tempo que ocupa o cargo percebeu que não bastava despachar e
sentenciar processos, precisava ir a campo.
Por isso, além de visitas regulares e de acompanhamento do cotidiano dos
adolescentes reclusos, recorreu pessoalmente à Assembléia Legislativa e
ao governo do Estado na intenção de levantar verbas e implantas as
melhorias necessárias.
Foram levantados pouco mais de R$ 1,2 milhão em emendas com deputados e o
governador Silvar Barbosa disponibilizou mais recursos. As obras que
empregaram esse dinheiro começam a ser licitadas este mês, segundo ela e
a Secretaria de Justiça, gestora do Pomeri. (AA)
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=438889
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