sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Iases demite servidor acusado de envolvimento no esquema de corrupção com a Acadis

CORRUPÇÃO EM CENTRO SOCIOEDUCATIVO NO ESPIRITO SANTO

Antônio Haddad Tápias, braço direito da ex-diretora da autarquia Silvana Gallina, foi condenado por lesão aos cofres públicos

O Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases) condenou o servidor efetivo Antônio Haddad Tápias à penalidade de demissão pela prática infracional de lesão aos cofres do Estado e dilapidação do patrimônio estadual, conforme consta no artigo 234, inciso XI da lei complementar n° 46/1994, que institui o Regime Jurídico Único dos servidores públicos civis da administração direta, das autarquias e das fundações públicas do Estado.

O ex-diretor técnico do Iases foi acusado de envolvimento no esquema de corrupção envolvendo os contratos entre o Iases e a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), desvelado pela Operação Pixote, deflagrada pela Polícia Civil em agosto de 2012.

Em 26 de outubro do mesmo ano foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar a responsabilidade administrativa do servidor relativa ao suposto uso inadequado de verbas e erário público, gerando supostas lesões ou dilapidações ao patrimônio do Estado.

Antônio figura no inquérito da Operação Pixote como a pessoa que deu respaldo técnico para o contrato do Iases com a Acadis e negou informações à Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont).

Além disso, a apuração das denúncias apontou o envolvimento dele no esquema de violações de direitos humanos no sistema socioeducativo. Braço direito de da ex-diretora presidente da autarquia Silvana Gallina, Táppias era acusado de incitar motins para desestabilizar o sistema e mostrar que o modelo do presidente da Acadis, o colombiano Gerardo Mondragón, deveria ser estendido a todo o sistema. A essa altura, Mondragon – que foi preso por força da Operação Pixote, assim como Táppias, Gallina, e outros servidores da autarquia e trabalhadores da Acadis – comandava a gestão das unidades de Cariacica e Linhares (norte do Estado) e tinha a intenção de integrar a unidade do Xuri ao esquema.

Presos na Operação Pixote

Presos na operação policial que desbaratou esquema de corrupção do âmbito do Iases e da Acadis.

Silvana Gallina – diretora-presidente do Iases: violação das leis de licitação, prevaricação para favorecimento de terceiros, peculato-desvio de recurso público, formação de quadrilha.

Antônio Haddad Tappias – ex-diretor técnico do Iases: desvio de recursos, deu respaldo técnico para o contrato do Iases com a Acadis, negou informações à Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont): formação de quadrilha.

Gerardo Bohorquez Mondragón – presidente da Acadis: peculato-desvio, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, prevaricação.

André Luiz da Silva Lima – assessor jurídico do Iases, sócio de Mondragón no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (Inbradese): articulou o esquema para que Acadis fechasse contrato com o Iases.

Ana Rubia Mendes de Oliveira – subgerente de contratos e convênios do Iases, ex-diretora financeira da Acadis (responsável por liberar recursos para a Acadis): falsidade ideológica, peculato-desvio, formação de quadrilha.

Edna Lúcia Gomes de Souza – assessora técnica da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República: foi a pessoa que apresentou Gerardo Mondragón e o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC) a Silvana Gallina: lavagem de dinheiro, peculato, formação de quadrilha.

Euler de Souza – diretor do Centro Socioeducativo (CSE) de Cariacica: negociava contratos de semi-liberdade de adolescentes em troca de dinheiro: peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro.

Tatiane Melo – funcionária administrativa da Acadis: crime contra a ordem tributária e formação de quadrilha.

Ricardo Rocha Soares – diretor do CSE de Linhares: desvio de dinheiro, crime contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, formação de empresas laranja para contratar com a Acadis.

Severino Ramos da Silva – defensor público do Estado: acusado de insuflar rebeliões nas unidades sob administração direta do Iases para mostrar a gestão terceirizada como melhor opção;
acusado de entregar celulares para adolescentes das unidades do Iases para que articulassem rebeliões.

Danielle Merisio Fernandes Alexandre – diretora administrativo-financeira do Iases: peculato-desvio, prevaricação, violação das leis de licitação, formação de quadrilha.

Marcos Juny Ferreira – Gerente da unidade Linhares da Acadis: Formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Douglas Fernandes Rosa– diretor financeiro da Acadis: desvio de dinheiro, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, apropriação indébita, formação de quadrilha.

Um comentário:

  1. A quadrilha papa-goiaba era nervosa mesmo. O Rio de Janeiro que aguarde .

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