Autorizados no dia 23 de maio, os próximos concursos da Polícia Civil do Estado de São Paulo, que preencherão um total de 2.805 oportunidades, deverão ser realizados ainda neste ano.
As ofertas estão distribuídas entre os cargos de delegado (129), escrivão (1.075), investigador (1.384) e agente policial (217).

Jornal dos Concursos & Empregos – As 2.805 vagas autorizadas no dia 23 de maio devem suprir a necessidade de servidores da Polícia Civil?
Mário Leite de Barros Filho – As vagas que foram
autorizadas para preenchimento pelo governador do Estado de São Paulo
são 129 para delegado de polícia, 1.075 para escrivão de polícia, 1.384
para investigador de polícia e 217 para agente policial. Esse é o número
de vagas existente e o preenchimento atenderá a necessidade atual da
Polícia Civil paulista.
JC&E – O maior número de vagas (1.384) é para investigador. Qual o motivo disso?
MLBF – Nós temos algumas formas de vacância de
cargos: aposentadoria, falecimento, desoneração e demissão. A atividade
do investigador de polícia é de muita importância já que é aquele
profissional que auxilia o delegado de polícia na elucidação dos crimes.
Então, justamente por causa desses dois fatores que temos esse número
de 1.384 vagas. Em primeiro lugar, pelo número de vacância, e em segundo
lugar, em razão da importância da carreira de investigador de polícia.
JC&E – São quatro as carreiras envolvidas na
autorização (delegado, escrivão, investigador e agente policial). Para
as demais, deverão ocorrer novas autorizações ou as recentes seleções já
serão suficientes?
MLBF – Nós estamos concluindo oito concursos para
diversas carreiras. Temos em andamento os concursos de agente policial,
atendente de necrotério, auxiliar de necropsia, auxiliar de
papiloscopista, escrivão de polícia, investigador de polícia,
papiloscopista policial, perito criminal e médico legista. Já estamos na
fase final desses concursos. Esses novos funcionários serão contratados
e vão fazer o curso de formação técnico-profissional (CFTP) para que,
em seguida, já iniciem os seus trabalhos. A princípio, nós temos esse
número expressivo que o governador autorizou para provimento desses
quatro cargos em questão.
JC&E – Atualmente, a Polícia Civil conta com 14 carreiras. Quais são elas?
MLBF – Delegado de polícia, perito criminal,
médico legista, escrivão de polícia, investigador de polícia, agente
policial, agente de telecomunicações, carcereiro, atendente de
necrotério, auxiliar de necropsia, desenhista, fotógrafo técnico
pericial, auxiliar de papiloscopista e papiloscopista.
JC&E – Foi autorizada também a convocação de mais 62
papiloscopistas do último concurso que contava com 103 oportunidades.
Qual o principal motivo desse aumento de vagas?
MLBF – A exemplo do que aconteceu com outras
carreiras. Para agente de telecomunicações nós tínhamos feito um
concurso que teve candidatos excedentes e, dentro da necessidade, o
governador achou por bem chamá-los para reforçar o quadro de recursos
humanos da Polícia Civil.
JC&E – Como é feita a distribuição dos aprovados? Boa parte é para a capital? Como funciona?
MLBF – É de acordo com a necessidade da atividade
policial. O delegado geral de polícia faz um levantamento para ver onde
necessita mais da mão-de-obra policial e de acordo com essa necessidade
ele disponibiliza as vagas. O policial quando ingressa, principalmente
no que se refere à carreira de delegado de polícia, inicia nas unidades
de base territorial da capital e do Demacro (Departamento de Polícia
Judiciária da Macro São Paulo). Existem as leis 1.151 e 1.152 que são
específicas e esclarecem que o policial que ingressou após o curso de
formação técnico-profissional vai trabalhar
em uma unidade de base territorial. Ou seja, não pode trabalhar durante
o período do estágio probatório numa delegacia, num departamento
especializado. Ele tem que trabalhar nessas unidades de trabalho que
chamamos de base territorial, que é o Demacro ou o Decap (Departamento
de Polícia Judiciária da Capital). Os policiais mais antigos que desejam
ir para o interior têm essa oportunidade e aqueles que estão saindo da
academia vão preencher essas vagas decorrentes da saída dos policias
mais antigos. Primeiramente é a capital e o Demacro, que envolve as
cidades que compõem a Grande São Paulo. Depois do estágio probatório,
eles podem alterar a sede de exercício. Normalmente realizam o estágio
probatório, que é de três anos, nas unidades da capital ou do Demacro,
são os distritos. Depois de três anos, eles podem ir para uma
especializada, para o interior do Estado.
JC&E – Quanto tempo dura o curso de formação?
MLBF – Em média, dependendo da carreira, de quatro
a seis meses. As carreiras mais complexas, que demandam maior carga
horária, aumentam um pouco. Aquelas carreiras que não dependem de uma
carga horária tão complexa, tão intensa, é feito o curso de formação
profissional mais reduzido, por volta de quatro meses.
JC&E – Durante a formação, o salário do aprovado é o mesmo que receberá na carreira?
MLBF – Há uma redução que é com relação ao adicional de insalubridade. Enquanto está na academia, ele ainda não recebe.
JC&E – Existe alguma previsão de mudança na escolaridade dos cargos?
MLBF – Fazemos alguns estudos. Defendo a bandeira
de que todos os concursos públicos para as diversas carreiras na Polícia
Civil deveriam ter, no mínimo, como exigência de escolaridade, o ensino
médio. Temos quatro carreiras que exigem ainda o ensino fundamental. Eu
me posiciono favorável que essas carreiras tenham como exigência o
ensino médio porque isso melhora o atendimento da população, proporciona
uma segurança de melhor qualidade à sociedade. Acredito que a situação
esteja evoluindo nesse sentido de que, no futuro, como condição para o
ingresso na carreira de policiais civis seja apresentado, no mínimo, o
ensino médio.
JC&E – A Fundação Vunesp tem organizado os processos
seletivos da Polícia Civil. A tendência é continuar sendo a Vunesp?
Estão satisfeitos com a parceria?
MLBF – Vamos fazer a parte do certame licitatório.
A parceria está sendo muito boa, estamos apresentando ótimos
resultados, está atendendo às nossas necessidades, mas para esses
próximos concursos vamos realizar um novo certame para verificar qual a
entidade que reúne as melhores condições para realizar esse serviço.
Estamos muito satisfeitos com a Vunesp, atendeu perfeitamente os nossos
anseios, está realizando excelentes concursos. Tenho observado que o
nível dos candidatos selecionados é o melhor possível. A experiência é
vitoriosa.
JC&E – A empresa organizadora fica responsável por todo o processo ou somente as provas?
MLBF – Ela faz a prova preambular e é responsável
pela prova de aptidão psicológica. Nos concursos que têm prova escrita
nós fazemos e a prova de aptidão física também, que acontece na própria
Academia de Polícia.
JC&E – Já há alguma previsão para a abertura dos novos editais?
MLBF – Vai ser esse ano, o mais rápido possível. A
Academia de Polícia está se esforçando. É a prioridade número um da
Polícia a realização desses concursos ainda neste ano para que possa
disponibilizar à Secretaria de Segurança Pública esses novos
funcionários.
JC&E – Quais os principais atrativos da carreira na Polícia Civil?
MLBF – É uma carreira muito dinâmica, que
dignifica muito o profissional porque ele presta serviço à sociedade. A
pessoa que escolhe a carreira policial tem compromisso com a sociedade e
isso produz uma realização profissional muito grande, principalmente
quando é uma pessoa que tem vocação para isso. Ela realiza um grande
trabalho de investigação, elucida crimes, então isso proporciona uma
grande satisfação.
http://jcconcursos.bol.uol.com.br/Concursos/Concursos-Previstos/policia-civil-sp-editais-2805-vagas-neste-ano-50081
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