Setenta e um por cento dos adolescentes internados provisoriamente no
Centro Socioeducativo da Capital praticaram 2 ou mais atos infracionais.
Amaioria realizou roubo e afirma que teve como motivação o desejo pelo dinheiro.
Estes e outros dados são levantados pelo Juizado da Infância e
Juventude com o objetivo de descobrir o perfil dos adolescentes que
cumprem medidas no sistema socieducativo em Mato Grosso.
Quarenta e quatro adolescentes internados provisoriamente e 38
internados em definitivo na unidade, somando 77 jovens, foram
entrevistados a partir de um questionário desenvolvido pelo Juizado. Os
resultados apresentam que em geral os internos são negros, pardos,
originados de família com renda variando entre 1 e 2 salários mínimos e
dividida pelo divórcio dos pais. Os dados coletados entre os internos em
cumprimento de sentença também são semelhantes e apontam para um
cenário que poderia explicar a incidência cada vez maior de adolescentes
envolvidos na criminalidade.
Dos 44 entrevistados provisórios, 23 são da Capital e 21 do interior.
Entre os 43 que responderam à pergunta de qual tipo de ato infracional
foi praticado, 29 realizaram roubo, 5 tráfico de drogas, 3 homicídios, 1
furto e 1 latrocínio. Em relação à reincidência, 12 afirmaram ter
cometido os atos apenas 1 vez, 11 jovens por 2 vezes, 5 adolescentes 3
vezes e 13 internos mais de 3 vezes.
Para o juiz da infância e juventude da Capital, Antônio Veloso Peleja,
responsável pelo questionário, o retorno à prática delituosa aponta para
as condições atuais de ressocialização dos internos. Infraestrutura das
unidades e outros fatores como a dependência química e envolvimento com
pessoas presas potencializam a reincidência.
http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=425957
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