O adolescente foi assassinado momentos depois de ter sido liberado pela Justiça e voltava para casa
Um
adolescente infrator morreu, na tarde de ontem, nas proximidades do
Complexo que abrange a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e o
Juizado da Infância e da Juventude de Fortaleza, no bairro Presidente
Kennedy (zona Oeste de Fortaleza), momentos após ter sido liberado pela
Justiça. De acordo com informações da Polícia, dois homens, que estavam
em uma moto preta, esperavam a saída de Mateus Aquino de Pacheco, 16,
para assassiná-lo.
O adolescente morreu atingido por um tiro quando estava dentro do táxi
dirigido pelo padrasto. Testemunhas disseram que os assassinos estavam
nas proximidades desde a manhã. A Polícia cogita um caso de vingança
FOTO: WALESKA SANTIAGO
A Polícia informou que o garoto havia
sido apreendido, na última terça-feira, suspeito de ter participado do
roubo de uma motocicleta, em Maracanaú. Ele foi detido no Parque Dois
Irmãos, na companhia de um adulto, que também foi capturado pela Polícia
Militar. O garoto foi, então, levado para a DCA, onde prestou
esclarecimentos e foi autuado em flagrante, Depois disso, ficou
apreendido até a tarde de ontem, quando foi ouvido na 5ª Vara do
Juizado.
Como medida socioeducativa, ficou estabelecida sua
liberdade assistida e autorizada a volta para casa. A mãe e padrasto, um
taxista, foram buscá-lo.
O táxi do padrasto ficou estacionado
próximo ao portão do Complexo da DCA e do Juizado. Mateus e sua mãe
embarcaram no veículo. Alguns metros foram percorridos pelo veículo, até
a esquina da Rua Tabelião Fabião, onde duas pessoas que estavam em uma
moto, acompanharam o automóvel e passaram a atirar.
Aturdido com a
situação, o taxista decidiu voltar para o Complexo e pedir socorro para
o enteado. Quando o jovem chegou ao Centro de Triagem do Juizado, um
funcionário tentou ajudar, prestando os primeiros socorros. O Samu foi
acionado, mas quando os socorristas chegaram, o garoto já estava morto.
Mateus
não tinha entradas anteriores na DCA, mas a Polícia acredita que ele
teria envolvimento com outros crimes, inclusive assaltos.
Investigação
A
Polícia informou que não pode precisar, ainda, a motivação do crime,
mas que o fato está sendo investigado. As buscas aos suspeitos
prosseguem. "Talvez eles não soubessem que a vítima seria liberada, mas,
mesmo assim, decidiram esperá-la. Foi uma ação planejada", disse o
tenente-coronel Francisco Souto, comandante do 5º BPM.
Os
assassinos foram vistos por várias pessoas. Segundo uma delas, eles
podem ser reconhecidos facilmente, já que estavam sem capacete e ficaram
parados muito tempo no local. O delegado Jairo Pequeno, do Departamento
de Polícia Especializada, apura o caso com a DHPP.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1253468
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