Menores que mataram filho de ex-prefeito são sentenciados

Eles cumprirão 3 anos de medidas sócio-educativas no Complexo do Pomeri

Diogo Nunes, de 21 anos, foi morto durante um assalto

DA REDAÇÃO

Os dois adolescentes que participaram do latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o estudante Diogo Nunes, de 21 anos, filho do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (cidade da 270 quilômetros da Capital) Paulo Nunes, foram sentenciados a cumprir três anos de atividades socioeducativas.

Os adolescentes foram transferidos de Lucas para o Complexo do Pomeri em Rondonópolis (cidade a 210 quilômetros da Capital), uma vez que o complexo da Capital não está em condições de receber novos adolescentes infratores.

A sentença foi assinada pelo juiz Gleidson de Oliveira Barbosa da 2ª Vara Civil, da comarca de Lucas do Rio Verde, que destacou o trabalho do delegado Marcelo Torhacs. O magistrado lembrou que foi aplicada a pena máxima de internação, mas conforme o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a pena pode ser reavaliada conforme o comportamento do infratores.

Pelo crime, um jovem de 19 anos foi autuado por latrocínio e aguarda instrução criminal do processo. Ele poderá ser condenado em até 30 anos de prisão.

Os três foram presos na cidade de Barra do Bugres, por volta das 10h da última quinta-feira (21), horas após o crime, ocorrido na madrugada, na MT-249, que liga o município de Nova Mutum a Campo Novo do Parecis.

Com eles, além do carro da vítima um Golf cinza, os policiais apreenderam um revólver calibre 38 usado no assassinato. Segundo os policiais, os três confessaram que praticaram o latrocínio porque a vítima reagiu e tentou fugir. O adolescente então, atirou cinco vezes, e acertou três.

Diogo foi rendido pelos três suspeitos quando estava em companhia de dois amigos em frente a uma loja de produtos agrícolas próximo à avenida perimetral de Lucas. Em dado momento, foram rendidos por três rapazes, sendo dois armados com revólveres e um com uma faca.

Os bandidos teriam ignorado os amigos da vítima, que foi feita refém e levada em seu próprio automóvel um Golf. A partir daí, os amigos não souberam mais o que ocorreu, apenas acionando a Policia.

Os policiais localizaram o corpo jogado na rodovia, a cerca de 13 quilômetros de onde ocorreu o suposto assalto. Ao lado, havia uma garrucha, arma que os bandidos não usaram no assalto. Na boca do jovem havia um pedaço de pano possivelmente usado para amordaçá-lo.

Os policiais vasculharam o acostamento em busca de mais vestígios e localizaram duas camisetas e um par de tênis, que seriam dos bandidos, a cerca e 10 quilômetros dali.

 

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