Dezoito dos 23 adolescentes que fugiram ontem da Funase do Cabo de Santo Agostinho continuam sendo procurados pela polícia. A direção da unidade abriu inquérito policial para investigar a fuga, que aconteceu por volta das 13h durante a visita de familiares, quando havia idosos, mulheres e crianças no local.
Segundo informações da assessoria da Funase, os adolescentes pularam os muros perto das alas 3 e 4. Primeiro, os internos inutilizaram a câmera de segurança dos fundos do complexo e depois escaparam, utilizando uma corda feita com lençóis amarrados. Ao notarem a confusão, agentes chegaram a disparar tiros para cima, como forma de advertência.
Ontem a polícia realizou buscas com a ajuda de um helicóptero e cães farejadores. Segundo o subcomandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, o mau estado das placas que dão acesso ao teto da unidade contribuíram para facilitar a fuga, assim como o matagal do terreno dos fundos.
A unidade atende atualmente 342 jovens de 17 aos 21 anos de idade, autores de ato infracional. Desde novembro, vários internos vêm reclamando sobre o tratamento a eles conferido, como comida estragada e violência psicológica.
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