Nove anos após a morte de filha, o vereador eleito em São Paulo Ari Friedenbach (PPS) afirmou que a redução da maioridade penal no Brasil é inconstitucional. Liana Friedenbach tinha 16 anos quando, em 5 de novembro de 2003, foi morta por cinco homens - entre eles Champinha, na época com 16 anos.
"Minha postura é radicalmente contrária. A discussão é inócua. É besteira achar que diminuir a maioridade penal para 16 anos pode reduzir, também, a criminalidade", afirma em entrevista ao Portal da Band.
Segundo o advogado e vereador eleito com 22.597 votos na capital paulista, outra atitude deve ser tomada com relação aos casos que envolvem adolescentes. "Acredito que deve haver responsabilização independentemente da idade. O menor que praticar um crime em que a pena seja de 25 anos, por exemplo, deve ser detido em uma unidade específica da Fundação Casa e, após alcançar a maioridade, passar para o Sistema Prisional Comum", defende.
Friedenbach acredita que, no caso de sua filha, a Justiça foi feita. Champinha cumpriu três anos de internação na Fundação Casa. Por se tratar de um psicopata, o jovem foi interditado civilmente e está detido em um anexo da instituição por tempo indeterminado.
"Quero salvar outras Lianas"
O histórico trágico na vida de Friedenbach motivou sua entrada na vida política. De acordo com o vereador, o maior objetivo de ter ingressado neste meio é criar propostas sobre segurança e educação para que casos como o de sua filha não se repitam.
"Quero salvar as outras Lianas. Infelizmente, de lá para cá, não houve avanço nenhum, nada mudou", diz. Para ele, a única melhora após a repercussão da morte da menina foi o diálogo. "Pelo menos esse tema entrou na pauta de discussões da sociedade e do meio político."
Segundo ele, a ampliação do número de GCMs (guardas civis metropolitanos), além da melhora dos equipamentos e do treinamento dos funcionários é uma de suas bandeiras na gestão que começa no ano que vem. "Também defendo a atuação dos guardas dentro das escolas públicas, inibindo a violência", afirma.
Na área da educação, Friedenbach defende a escola de tempo integral para reduzir a exposição das crianças à criminalidade.
Caso Liana
Liana Friedenbach e o então namorado Felipe Caffé foram mortos na zona rural de Embu Guaçu, região metropolitana de São Paulo, em novembro de 2003.
O crime consistiu na tortura e assassinato do jovem Felipe, com 19 anos na época, e de Liana, por Paulo César da Silva Marques, o "Pernambuco", Roberto Aparecido Alves Cardoso, menor infrator conhecido como "Champinha", Antônio Caetano, Antônio Matias e Agnaldo Pires.
Champinha foi o responsável por levar Liana até um matagal, dar um forte golpe com um facão no pescoço da vítima, esfaquear a menina várias vezes e tentar degolá-la. Para finalizar ele golpeou a cabeça da estudante com o lado sem fio do facão, gerando um fatal traumatismo craniano na vítima.
Todos os acusados foram condenados em júri popular. Champinha segue detido em unidade da Fundação Casa.
http://noticias.band.uol.com.br/brasil/noticia/?id=100000547006
se fosse comigo ele já estaria morto !!! Não acredito em justiça divina
ResponderExcluir