quinta-feira, 2 de agosto de 2012

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02/08/2012 08h00 - Atualizado em 02/08/2012 09h42


Câmara de Praia Grande, SP, pede 



desativação da Fundação Casa


Assunto deve ser votado na próxima sessão ordinária.
Unidade da cidade registrou quatro rebeliões em julho.

Do G1 Santos
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Fundação Casa em Praia Grande, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Fundação Casa registrou quatro rebeliões em julho
(Foto: Reprodução/TV Tribuna)
A Câmara Municipal de Praia Grande, no litoral de São Paulo, vota na próxima quarta-feira (8) uma proposta ao governador do Estado, Geraldo Alckmin, pedindo a desativação das duas unidades da Fundação Casa no município. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (1ª) na primeira assembleia depois do período de recesso parlamentar.

A solicitação será feita depois de quatro rebeliões ocorridas no mês de julho e exige a remoção dos internos para outra unidade na região, sugerindo à construção de dois novos prédios da Fundação Casa nos arredores do Centro de Detenção Provisória (CDP), em terreno pertencente à Prefeitura.

Depois dos quatro incidentes em julho, o Ministério Público chegou a pedir a interdição das unidades, mas descartou essa possibilidade pouco depois. Os dois prédios foram construídos há menos de um ano no bairro Esmeralda. A capacidade total das duas unidades é de 112 jovens e não estavam lotadas quando aconteceram as fugas e rebeliões. Os moradores do bairro reclamam da proximidade das unidades com as residências.

Relembre os incidentes
O último caso envolvendo internos da Fundação Casa de Praia Grande aconteceu na noite do último dia 23, quando uma rebelião aconteceu após a fuga de 18 internos da unidade II. Os jovens abriram um buraco no muro para escapar, mas a maioria saiu pelo telhado e pulou as grades da instituição. Na confusão, os internos colocaram fogo em objetos dentro da unidade, como em uma cabine de segurança.

No dia 19 de julho, a confusão começou após a fuga de quatro adolescentes. Quatro menores quebraram a parede do quarto, pularam o muro e a grade da unidade e, depois, conseguiram fugir. Depois da fuga, durante toda a noite, os jovens que continuavam dentro do prédio gritavam nas janelas dos quartos e batiam nas portas.

No dia 16, a rebelião aconteceu no último andar do prédio, onde fica o ginásio da instituição, atearam fogo nos colchões e destruíram as pilastras de sustentação do edifício. Segundo a Polícia Militar, dois funcionários foram feitos reféns e um dos agentes foi visto com um artefato parecido com uma faca no pescoço. Além da PM, equipes do grupo de apoio da Fundação Casa foram chamadas para controlar a situação.

Nove dias antes, no dia 7 de julho, 18 jovens tentaram escapar da unidade de Praia Grande. Destes, dois foram recapturados e um morreu depois de fugir. Os jovens podem ser atendidos na Fundação Casa até os 21 anos incompletos, e o judiciário é quem os libera após uma avaliação.

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