Adolescente de 15 anos vendia entorpecentes em rua do Jardim Oriente.
Garoto se envolveu em caso de latrocínio registrado em 2011 na cidade.
Um adolescente de 15 anos foi detido na manhã desta sexta-feira (10) em Piracicaba (SP) por tráfico de drogas. Ele vendia entorpecentes em uma rua do Jardim Oriente. Com o menor, a Guarda Municipal encontrou 32 pedras de crack, 12 porções de maconha e 3 de cocaína, além de R$ 130 em espécie. O garoto cumpriu um ano e meio de medida socioeducativa na Fundação Casa por envolvimento em um caso de latrocínio (roubo seguido de morte) registrado em 2011.
O rapaz saiu da unidade há menos de três meses. Conforme a GM, essa é a terceira vez que o rapaz é flagrado por envolvimento com o tráfico.
Após receber denúncia anônima, uma equipe da Guarda se dirigiu a um cruzamento, já conhecido da polícia como ponto frequente de venda de entorpecentes. Ao se aproximarem com a viatura, os agentes viram que uma motocicleta saiu em alta velocidade do local onde o garoto estava. As drogas foram apreendidas em um saco plástico amarrado em uma árvore. O adolescente tinha, de acordo com o guarda Willian Júnior, R$ 10 nas mãos e mais R$ 120 escondidos na cueca.
O caso está sendo apresentado no 2º Distrito Policial (DP) de Piracicaba. O jovem foi liberado no final desta tarde e levado para casa pelo pai, que acompanhou o registro da ocorrência. Ao G1 Piracicaba e Região, o pai do adolescente disse que o menor apresentava um comportamento tranquilo até se envolver com a criminalidade.
"Eu sou separado e cuido de três filhos. Ele, com 15 anos, e mais dois, outro menino de 10 e uma menina de 9. Como eu preciso trabalhar, eles ficam muito tempo sozinhos. E isso, certamente, contribuiu para que ele se envolvesse com más companhias", relatou.
Caso de latrocínio
Segundo a Guarda Municipal, o adolescente esteve envolvido no assassinato do contador e professor de artes marciais Massao Kasaki, de 41 anos, baleado no dia 27 de abril de 2011 na frente dos filhos e da esposa. O contador guardava o carro na garagem da casa da família, no bairro Bosque da Água Branca, quando foi surpreendido. Ele voltava do supermercado. A residência fica cerca de 200 metros do Pelotão Ambiental da GM. O caso foi investigado como latrocínio.
"Minha meta agora é tirar meu filho da rua. Tenho um conhecido que tem uma empresa de paisagismo e estamos conversando para que ele arrume um trabalho para ele. O garoto é bom, não é do tipo que responde ou faz maldades. Só precisa ter uma ocupação para ficar longe do crime", contou o pai.
O adolescente frequentou, até parte do primeiro semestre, o oitavo ano do ensino fundamental. "Agora, com ele fora da Fundação Casa, ainda estamos providenciando a transferência para uma escola da rede estadual que fica aqui perto de casa", disse o pai. A família mora no Jardim Oriente.
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