Dois adolescentes de 12 anos foram apreendidos na tarde de quarta-feira (29) e, segundo a polícia, admitiram que colocaram fogo na Escola Municipal Onero Costa, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, região oeste da Bahia. De acordo com informações do delegado Rivaldo Luz, um dos garotos contou que colocou fogo no local porque estava com raiva da professora, que teria dito que ia pedir a transferência dele por conta de mau comportamento. O segundo garoto apreendido disse à polícia que participou da ação "porque quis". As oitivas foram feitas na tarde de quarta-feira (29) e na manhã desta quinta-feira (30) e os meninos foram liberados em seguida.
Ainda de acordo com o delegado, os estudantes apreendidos usaram apenas um isqueiro para provocar o fogo na escola e o objetivo deles era incendiar toda a unidade. O investigador informou que os garotos agiram em dois momentos, o que facilitou a identificação deles.
"Primeiro eles colocaram fogo na sala em que estudavam na hora do intervalo das aulas e depois do final das atividades voltaram à escola, pularam o muro e colocaram fogo nas dez salas e na biblioteca. Conversamos com alguns alunos da turma deles [adolescentes apreendidos] que disseram que viu um dos garotos com um isqueiro", explica Rivaldo Luz.
(Foto: Blog Sigi Vilares)
Eles foram ouvidos e o caso será encaminhado ao Ministério Público na cidade.
"O comportamento dos garotos não era bom na escola, mas os pais deles ficaram surpresos com a atitude. Nenhum deles é menor infrator. Foi uma traquinagem de menino. A hora de consertar é essa", afirmou Rivaldo Luz.
A Polícia Técnica de Barreiras realiza perícia na escola na manhã desta quinta-feira.
Sem aulas
Cerca de 800 alunos estão sem aulas desde a quarta-feira por conta do incêndio na unidade de ensino, que ocorreu na terça-feira (28), no bairro João Dourado, periferia do município. As chamas destruíram várias salas. A diretora da instituição, Núbia Matos, e outros funcionários relataram que o fogo começou inicialmente na cortina de uma das salas durante a tarde, por volta das 15h30, mas foi controlado em pouco tempo.
À noite, quando não tem mais aulas na instituição, o vigia disse ter percebido que algumas salas e a biblioteca estavam em chamas e comunicou a situação por telefone à diretora, que voltou para a unidade de ensino junto com outros funcionários. A área mais atingida pelo fogo foi a biblioteca, onde dezenas de livros ficaram totalmente destruídos. Funcionários e vizinhos ajudaram a apagar as chamas porque não há Corpo de Bombeiros no município.
Ninguém ficou ferido e ainda não previsão de retorno das atividades. A polícia informou que foi feita perícia na escola.
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