A situação das duas unidades da Fundação Casa em Praia Grande deverá ser acompanhada pela presidente da instituição, Berenice Giannella, nas duas próximas semanas. Os dois centros tiveram reforçado o número de agentes de segurança e já estão recebendo reformas devido às últimas rebeliões. O Casa I está com 16 menores que aguardam julgamento e o II, com 56 internos.
Berenice se reuniu na última sexta-feira com o promotor da Vara da Infância e Juventude, Carlos Cabral Cabrera, no Fórum de Praia Grande. Após o encontro, a presidente da instituição concedeu entrevista coletiva e falou sobre os problemas nas unidades, que já foram palco de cinco rebeliões desde o início do ano – das quais quatro somente este mês.
A reforma, iniciada quinta-feira, inclui troca de piso, substituição de chuveiros e bacias, reposição de cadeiras, vidros, esquadrias e encanamentos. “Iniciamos uma reforma naquilo que foi depredado durante esses movimentos que tivemos nas últimas semanas”, afirmou a presidente da instituição. “Estamos também com uma equipe reforçada na área de segurança, com funcionários que vieram de outras unidades. Vamos ficar com essas equipes por alguns dias, até que tenhamos uma normalização da situação”.
Segundo Berenice, a população das duas unidades deverá ser mantida. “Vamos ficar no Casa I com uma população reduzida de adolescentes de internação provisória, até conseguir concluir essas reformas. E com internos no Casa II”.
Uma nova reunião deverá ser feita com o representante do Ministério Público dentro de dez dias. “Voltaremos a ter reuniões com o promotor para analisar a situação, como está a rotina da unidade, como está indo a reforma, e reavaliar a situação”.
Auxílio
A fim de evitar o contato dos menores com a comunidade do bairro – acusada de jogar drogas dentro das duas unidades –, a presidente da Fundação Casa afirmou contar com a participação de outros órgãos do Município.
“Esperamos que haja da parte das autoridades do Município e do Conselho Tutelar uma atuação também nessa comunidade”, declarou Berenice. “Várias dessas pessoas que jogam drogas para dentro da unidade
e conversam (com os internos) são crianças e adolescentes que deveriam também estar sendo acompanhados pelo Conselho Tutelar”.
No que cabe à instituição, a presidente da fundação garantiu que será mantida a disciplina dentro da unidade. “Com o trabalho pedagógico e psicossocial com os adolescentes, retomando a rotina da unidade. Esperamos que, com isso, acalmando também um pouco a unidade, a comunidade reconheça e parem de jogar drogas e de ter essa comunicação externa”.
Berenice destacou o papel da Corregedoria da Fundação ao ser questionada sobre denúncias de que funcionários dos centros estariam facilitando a entrada de drogas. “A quantidade de droga que se jogava da comunidade para lá era muito grande. Então, é difícil falar em facilitação de funcionários. Mas a Corregedoria está averiguando todas as situações. Todas as drogas que foram apreendidas foram levadas para a polícia e feitos boletins de ocorrência”.
extraido do link:
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=159015&idDepartamento=5&idCategoria=0
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