A Polícia Civil recebeu informações de que o crime organizado adquiriu pelo menos cinco carros blindados para usá-los em possíveis novos ataques contra policiais nos próximos dias. Em princípio, o serviço de inteligência apurou que seriam veículos Chevrolet Zafira. Porém, em pesquisa das placas suspeitas, os investigadores descobriram se tratar de duas Zafira, um Fiat Palio, um Chevrolet Celta e um Ford Fusion.
A frota seria utilizada em uma operação da facção criminosa PCC no final de semana prolongado. Um alerta geral foi emitido para tentar localizar esses veículos. A polícia não descarta a possibilidade de as placas dos carros suspeitos serem legais, mas para serem instaladas em veículos roubados.
Circula entre policiais militares um e-mail de alerta para ataques marcados durante o feriado da Revolução Constitucionalista, na segunda-feira.
O aviso, enviado para PMs de diversos batalhões, pede para que a atenção seja redobrada a partir de domingo. O deputado estadual Olímpio Gomes (PDT) afirma ter recebido em seu gabinete cinco telefonemas de policiais que foram informados sobre o plano da facção.
O comando da Polícia Militar afirma que todas as informações relacionadas à onda de violência que atinge São Paulo nas últimas semanas são captadas e analisadas pelo setor de inteligência da corporação. A Secretaria Estadual de Segurança Pública realiza operações especiais para coibir possíveis atentados, mas não pretende reforçar ainda mais o policiamento durante o feriado.
SUSPEITOS MORTOS/ Na madrugada de ontem, dois homens foram mortos em um suposto confronto com a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na Avenida Sapopemba, na Zona Leste. A PM diz ter recebido uma denúncia em seu Centro de Operações sobre dois homens em um Corsa prata que planejavam atacar casas de policiais. O veículo foi roubado em junho na área do Parque São Rafael, na Zona Leste.
Os suspeitos teriam resistido à abordagem da Rota e houve troca de tiros. Um deles morreu no local e o outro no Hospital Sapopemba. A PM apreendeu uma pistola calibre 380 e uma granada, que teve de ser desativada pelo Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). A dupla ainda não foi identificada.
A sequência de execuções de policiais militares e o aumento de homicídios na periferia da capital tiveram início após a morte de seis suspeitos durante uma ação da Rota em 28 de maio na Zona Leste. Três PMs foram presos, na ocasião, suspeitos de assassinato e tortura.
Desde então, 13 ônibus foram queimados e cinco bases da PM foram alvos de ataques. Na noite de ontem uma base comunitária na Rua Ari da Rocha Miranda, Jardim Tremembé, Zona Norte, foi alvejada. Dois homens em uma moto atiraram pelo menos cinco vezes contra a unidade policial. Ninguém ficou ferido e os criminosos conseguiram fugir.
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