Após denúncias, funcionários são remanejados

Depois do início das investigações, novos casos não foram registrados

Funcionários da Fundação Casa de Limeira que estariam envolvidos em denúncias de agressões a internos da instituições, relatos em maio deste ano, foram remanejados. Após as mudanças, não houveram novas denúncias.
De acordo com o representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Wilson Cerqueira (PT), foi aberta uma representação contra os envolvidos. Juntamente com o Cedeca (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e Do Adolescente), Conselho Tutelar, Disque-Direitos Humanos (Disque 100), a Comissão do Legislativo também está apurando as denúncias.
A juíza da Vara da Infância e Juventude, Daniela Mie Murata Barrichello, também confirmou que não houveram mais denúncias.
O deputado federal Renato Simões (PT), membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, chegou a visitar a unidade para ouvir todos os jovens. Ainda na época, Simões afirmou ter colhido depoimentos de jovens que eram obrigados a abaixar as calças e a cacarejar enquanto eram agredidos com cintadas, socos e pontapés.
Procurado pela reportagem do Jornal de Limeira, o deputado afirmou que não recebeu mais nenhuma informação sobre novos casos de agressões. "Desde minha última visita a cidade não tive mais nenhuma informação sobre novos casos. Depois de uma investigação é natural que casos como esses cessem", comenta.
Renato Simões explica ainda que não teve acesso às investigações e o andamento do processo, mas diz que o Conselho Tutelar e o Cedeca realizam visitas periódicas na unidade.
Por meio de sua assessoria, a Fundação Casa informou que o caso está em processo de sindicância e informações não podem ser passadas, pois segue em sigilo. Durante a semana, a reportagem do Jornal de Limeira tentou ouvir representantes do Cedeca (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), mas ninguém foi encontrado.

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