Os jovens estão sendo liberados das penas socioeducativas e devolvidos às suas famílias.
Porém, em alguns casos, os parentes não aparecem para buscá-los e, por isso, o Conselho Tutelar está fazendo o transporte dos adolescentes. O que está se transformando em um problema para o órgão. No entanto, a maioria dos menores são moradores de outras cidades, dificultando o transporte deles.
Do início do ano até esse mês, cerca de 133 jovens infratores foram postos em liberdade, sem cumprir as penas, segundo dados da Polícia Civil.
Sendo que, 24 pessoas foram soltas em setembro. Os adolescentes foram presos por roubo, furto, tráfico de drogas e tentativa de homicídio.
O assunto, é questionado pela presidente do Conselho Tutelar de Adamantina, Rubia Mara Basso. “Se ele não fosse um adolescente infrator, não teria problema. Porém, se tratando de uma pessoa com passagem pela polícia, a segurança deveria ser responsável pelo encaminhamento correto do jovem”, afirma Basso.
Diante desse problema, outros complicações estão sendo geradas em razão da situação atual. “Aumentou nossas atribuições. E no caso, não estamos eximindo de fazer, gostaríamos de um respaldo legal”, relata a presidente do conselho.
Para o promotor da Vara da Infância e Juventude de Dracena, Luiz Henrique Ferreira. “Não há uma disposição expressa sobre quem deve levar esse menor às famílias, mas eu creio que seja responsabilidade da polícia e, nos casos de vulnerabilidade social, a secretaria de assistência social deve fazer o serviço”, explica o promotor.
O delegado Valdir do Prado afirma que entra em contato com a família antes de libertar o jovem. Ainda segundo ele, o Conselho Tutelar só é informado quando a polícia não consegue falar com algum parente do menor ou se o responsável não consegue buscá-lo.
Em nota, a Fundação Casa informou que a prioridade é disponibilizar vagas no prazo de até 24 horas após a solicitação do judiciário, no centro socioeducativo mais próximo ao local de origem do jovem, assim como prevê o estatuto da criança e do adolescente. Na impossibilidade, o menor é encaminhado para atendimento na capital paulista.
De acordo com a psicóloga Amélia Paduan Santos, “quando o adolescente se torna um transgressor, na verdade, ele está em busca de algo que o complete, a fim de preencher um vazio. Sem esquecer que a base familiar é muito importante, assim como a autoridade dentro de casa”, explica a profissional.
http://www.bastosja.com.br/noticias/ver/noticia/21448/transporte-de-menores-infratores-gera-situacao-delicada-em-adamantina
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