Os candidatos forasteiros a deputados estadual ou federal tiveram a preferência de seis de cada dez internos das unidades da Fundação Casa de Ribeirão Preto e de Sertãozinho.
Dos 58 votos totais para deputado, 16 menores infratores, que cumprem pena socioeducativa, votaram no palhaço Tiririca (PR). Já o candidato a deputado estadual Gondim (SD), que foi reeleito, recebeu outros 20 votos.
O curioso é que o deputado Gondim não tem qualquer vínculo com Ribeirão ou Sertãozinho. A base eleitoral dele é Mogi das Cruzes.
Para o presidente do Sintraemfa (Sindicato dos Empregados da Fundação Casa, Aldo Antônio, a votação a candidatos forasteiros reflete a suspeita de os menores terem sido influenciados por alguém.
Tiririca foi o mais lembrado pelos internos da instituição |
“Até acredito que foram influenciados pelos pedagogos, que têm contato direito com os menores. Essa influência pode ter ocorrido, sim”, acredita o sindicalista.
Segundo Aldo, a entidade prega voto em candidatos da cidade e não em forasteiros. “Essa influência foi articulada com os líderes dos menores. Como todos os internos são unidos, a tendência é seguir a ‘ordem’ das lideranças”, explica.
Depois da votação expressiva aos candidatos de fora, apenas dois de Ribeirão conseguiram votos dos internos. É o caso do deputado estadual reeleito Rafael Silva (PDT) e de seu filho, vereador Ricardo Silva (PDT), que ficou fora da Câmara dos Deputados, mesmo recebendo mais de 98 mil votos.
Voto de família
Sobre sua votação e de seu filho nas unidades da Fundação Casa, o deputado Rafael Silva (PDT) acredita que seja influência das famílias dos próprios internos. “Como eu ajudo muitas entidades assistenciais, os familiares desses internos podem ter sido beneficiados”, avalia o pedetista.
Internos votaram em Skaf
Dos candidatos ao governo do Estado, Paulo Skaf (PMDB) teve a maioria dos votos: 40 ao total. Já o governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiu apenas quatro votos.
A peculiaridade na votação para governador é que Skaf defendia no decorrer da campanha eleitoral mudanças no Estatuto da Criança, como a redução da maioridade penal.
“Sou a favor da redução da maioridade penal para 16 anos. Um jovem de 16, 17 anos, e que pode votar para presidente pode também responder por seus atos”, dizia nos programas eleitorais.
O presidente do Sintraemfa, Aldo Antônio, avalia que a baixa votação ao Alckmin pelos menores é um recado em relação às péssimas condições das unidades, como lotação. “É muito difícil negociar com Alckmin, por exemplo, a valorização dos empregados”.
Análise: Influência pode explicar votação
Muito interessante analisar a votação de internos da Fundação Casa. Pelos números, percebemos que a votação seguiu alguma tendência interna, que pode ter alguma ligação com influência de terceiros.
A votação expressiva em um candidato a deputado de Mogi das Cruzes, que inclusive foi reeleito, mostra que houve uma combinação. É um candidato, aparentemente, sem qualquer vínculo com Ribeirão ou Sertãozinho. Outro ponto que faz a gente acreditar que houve influência na votação é que os menores não têm acesso à informação. Não podem assistir televisão ou ouvir rádio de forma liberal. Existem restrições. Como também não podem acessar internet. Assim, com todas essas restrições, fica muito difícil os menores terem algum conhecimento específico do candidato. Alessandro Mello, cientista político.
http://www.jornalacidade.com.br/politica/NOT,2,2,997765,Candidatos+forasteiros+foram+opcao+de+internos+da+Fundacao+Casa.aspx
FALTA DE ORIENTAÇÃO POLÍTICA E TAMBÉM O QUE PODEMOS ENCONTRAR, A FUNDAÇÃO É UM VERDADEIRO PICADEIRO SÓ PODERIA ESCOLHER O TIRIRICA.............................,FICO TRISTE COM OS EXCELENTES FUNCIONÁRIOS QUE AINDA TRABALHAM NESTA entidade.GOVERNADOR VC GANHOU NOVAMENTE AGORA POR FAVOR ACORDA.............................................. .
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