quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Agentes socioeducativos aceitam propostas e encerram greve

A greve dos servidores do Sistema Socioeducativo de Mato Grosso foi encerrada nesta terça-feira (7) após a categoria decidir em assembleia-geral pelo término do movimento paredista deflagrado no dia 23 de setembro.

Eles aceitaram as propostas da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) que se comprometeu a preencher os cargos de superintendência, diretoria e gerência técnica com servidores de carreira com amplo conhecimento técnico e deixar de colocar “apadrinhados políticos” como vinha ocorrendo.

A proposta de acordo feita pela Sejudh foi intermediada pelo Comitê de Gerenciamento de Crises no Estado de Mato Grosso que engloba várias entidades como Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e Defensoria Pública. “A gente recuou e vamos dar essa chance. Está tudo documentado. Se futuramente não for cumprido, teremos argumentos para fazer nova greve”, destaca o presidente do Sindicato dos Profissionais do Sistema Socioeducativo, Paulo César de Souza.


Entre as promessas também estão a conclusão da reforma nas unidades do Socieducativo de Cáceres, Barra do Garças, Sinop e Rondonópolis, além de Cuiabá que será reformado e ampliado com a construção de um novo prédio na antiga ala que teve que ser demolida por decisão judicial.


A greve estava suspensa desde 30 de setembro para negociação. A reunião entre todas as partes foi feita na última sexta-feira (3) e o presidente do sindicato ficou responsável por levar a proposta para ser discutida em assembleia com os servidores. Com a aceitação, a paralisação foi encerrada de vez.



O ponto chave foi o compromisso de convocar os servidores nos cargos de direção. A Sejudh indicou os nomes de 3 servidores e a categoria aprovou por entender que eles têm conhecimento técnico, são funcionários de carreira e já conhecem todo o funcionamento do sistema, diferente dos cargos comissionados. “São cargos específicos do socioeducativo, se colocar pessoas que não entendem, faz errado e atrapalha o sistema que acaba perdendo recursos do governo federal. O próprio servidor acabava fazendo o serviços enquanto os indicados ficavam lá só ganhando DGA”, justifica o sindicalista.

A transposição de cargo terá início nos próximos dias e os servidores vão assumir as funções de superintendência, gerência técnica e diretoria do Pomeri em janeiro de 2015, de acordo com Paulo César. Quanto à reforma das unidades a promessa é a de que as obras já em andamento como em Rondonópolis terão continuidade nos próximos dias para que algumas sejam finalizadas ainda este ano.


As demais que estiver em andamento serão finalizadas no próximo ano. Em Cáceres serão investidos R$ 250 mil enquanto a reforma da unidade em Barra do Garças custará R$ 100 mil. A unidade de Cuiabá que terá investimento de R$ 1,4 milhão passará por reforma e construção de um novo bloco para abrigar 40 adolescentes infratores. A expectativa é que a licitação seja lançada nos próximos 30 dias.

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