Em Timon, menores que cometem 'pequenos crimes' são liberados

A falta de um centro socioeducativo na cidade permite que os adolescentes que cometem crimes como pequenos furtos sejam liberados mesmo que tenham sidos pegos em flagrantes.

A cidade de Timon, no Maranhão, não possui Centro Socioeducativo para o menor infrator e, dependendo da gravidade do crime cometido, os adolescentes apreendidos ou são conduzidos para a capital São Luís ou são liberados. 

Essa situação já está acontecendo há mais de um ano, quando a justiça, a pedido do Ministério Público, interditou a Delegacia do Menor Infrator. A medida foi motivada pela denúncia de que os menores detidos ficavam apreendidos na própria delegacia, ferindo o Estatuto da Criança e do Adolescente.

De acordo com o estatuto, o menor só pode ficar detido na delegacia por, no máximo, cinco dias para depois ser transferido para algum Centro Socioeducativo. A interdição impede que a Delegacia acolha o adolescente por mais dias do que o estipulado. Mas o local continua funcionando para procedimentos legais.

O Delegado da Delegacia do Menor Infrator de Timon, George Tales, reconhece que a cidade precisa de uma unidade socioeducativa. “Timon precisa de um local para abrigar os adolescentes infratores. Em regra, dependendo da gravidade do crime, o poder judiciário expede um mandando encaminhado o menor para o centro socioeducativo de São Luís, porém, não são todos os crimes que levam a essa decisão”, conta.

“O menor que comete um crime contra a vida, como homicídios e latrocínios geralmente é encaminhado. Este fica o tempo mínimo de cinco dias detido na delegacia e logo segue para São Luís. Agora, os adolescentes que cometem crimes como assaltos só são encaminhados quando tornam a praticar o crime”, explica o delegado George Tales.

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