domingo, 13 de julho de 2014

Agente da Fundação Casa é agredido por 5 internos em Ribeirão Preto, SP

Vítima teve nariz quebrado e escoriações pelo corpo na noite de sábado (12).
Instituição informou que abrirá sindicância interna para apurar o caso.


Fernanda Testa Do G1 Ribeirão e Franca
Agentes da Fundação Casa de Ribeirão Preto estão em greve há 11 dias (Foto: Reprodução/EPTV)
Agente da Fundação Casa foi vítima de agressão em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)

 Um agente da Fundação Casa foi agredido por cinco internos na unidade de Ribeirão Preto (SP), na noite deste sábado (12).  O homem, de 42 anos - que não quis se identificar -, afirma que foi atacado por uma dupla de adolescentes no momento em que destrancava a porta de um dos quartos.
 
Em seguida, outros três adolescentes que estavam no cômodo também passaram a agredí-lo com socos e chutes. O tumulto foi contido por outro funcionário da unidade, que trabalhava em outro módulo no momento da agressão.
A vítima sofreu fratura no nariz e várias escoriações pelo corpo. A ocorrência foi registrada na Polícia Civil como tentativa de homicídio. Segundo o agente agredido, os jovens teriam se rebelado devido ao estado de superlotação da unidade.
 
Por telefone, a assessoria de imprensa da Fundação Casa confirmou a agressão e informou que será instaurada uma sindicância para apurar o caso.  A instituição, no entanto, não se manifestou a respeito da suposta superlotação de adolescentes no local.
 
Superlotação
O homem conta que entrou no trabalho às 19h e seguiu em direção ao módulo que toma conta. Segundo a vítima, o local, com capacidade para 11 internos, atualmente abriga 22 adolescentes. "Eu estava sozinho no módulo. Na verdade, era para ter pelo menos mais dois funcionários comigo, mas devido à superlotação da unidade eles foram remanejados para os outros dois módulos, que têm maior número de internos além da capacidade", diz.
Por volta das 20h30, o funcionário conta que distribuiu o lanche noturno aos internos, e em seguida os encaminhou para os quartos. "Existe um procedimento na unidade, e o banheiro fica fora dos quartos. A gente tem que liberá-los para usar o banheiro. Então eu libero os meninos em duplas, e depois eles voltam para o quarto", explica.
 
Agressão
Às 21h, o agente começou a liberar os internos para que eles pudessem escovar os dentes antes de dormir. Foi neste momento, segundo a vítima, que a agressão aconteceu. "Destranquei a porta do quarto, tirei dois adolescentes, e quando me virei para trancar o cômodo de novo um deles me deu uma 'gravata'. O outro tirou a camisa e tentou amarrá-la em volta do meu pescoço. Outros três internos que estavam no quarto saíram, e eles começaram a me chutar. Eram três me chutando e dois tentando me enforcar", relata.
 
Com um cadeado em mãos, a vítima começou a bater contra a porta de ferro do quarto para tentar chamar a atenção de outros funcionários. "Não teve como reagir. Fiquei tentando sair, tentei abrir uma porta para que alguém me visse. Fui batendo com o cadeado para ver se alguém me ouvia", afirma. O agente diz que foi socorrido por um colega de trabalho cerca de 10 minutos depois de começar a apanhar. Os adolescentes foram contidos e o funcionário foi levado a um hospital particular do município, onde foi constatada uma fratura no nariz.
 
A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio, já que, segundo o agente, os adolescentes o ameaçaram durante a agressão. "O tempo todo eles diziam que iam me matar. Um deles ainda disse que se não conseguisse me matar lá dentro, me encontrava no 'mundão' lá fora", afirma.
 
O funcionário, que deve ficar afastado do trabalho pelo menos nos próximos sete dias, diz que se sente inseguro de voltar à unidade. "Psicologicamente, estou bastante abalado. Mais que fisicamente. Não sei se vou estar pronto para voltar em uma semana. Acho que se não tem como evitar essa superlotação, poderiam chamar mais agentes para dar reforço e fazer hora extra. Se houvesse outro agente comigo, isso provavelmente não teria acontecido", conclui.

Sindicância
Por telefone, a assessoria de imprensa da Fundação Casa confirmou que houve agressão, e informou que uma sindicância interna será instaurada para apurar o caso. Segundo a instituição, os menores podem ser punidos pela participação no crime. A fundação não se manifestou, no entanto, sobre a suposta condição de superlotação da unidade Ribeirão Preto.
 
 


Um comentário:

  1. Palhaçada ai vem a corregedoria e abrir sindicância e o Funcionário ainda acaba sendo prejudicado e fica com trauma e ainda responde como culpado, até quando esta patifaria vai continuar a assessoria da fundação sempre tem uma resposta para tudo que acontece de errado dentro da Entidade.,para o adolescente "CAD" kikikikiki... Até quando..................,quebram nariz,soco no olho,pauladas,drogas,etc até quando Berenice............................ .

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