sexta-feira, 20 de junho de 2014

Menores fazem rebelião em unidade de internação na Grande Vitória

Adolescentes incendiaram colchões e quebraram computadores.
Segundo Sindicato, uma agente foi feita refém, mas Iases nega.

Sessenta e oito internos da Unidade de Integração Social (Unis), em Cariacica, na Grande Vitória, se rebelaram na tarde desta quinta-feira (19).

Imagens gravadas com celular mostram destruição dentro da unidade (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
imagens gravadas com celular mostram destruição
dentro da unidade (foto reprudução TV Gazeta)


De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Socioeducativos, uma agente foi feita refém pelos adolescentes e outros três servidores ficaram feridos. Segundo o Instituto de Atendimento Sócio Educativo do Espírito Santo (Iases), a causa da rebelião ainda não foi identificada. O Batalhão de Missões Especiais (BME) foi chamado, mas não precisou intervir. A movimentação foi controlada por volta das 13h30.
Segundo o Iases, a rebelião começou por volta das 9h30, quando, durante o momento de recreação, adolescentes subiram no telhado na quadra e começaram a arremessar telhas.


Eles também danificaram computadores, bebedouros, armários, aparelhos de TV,  e incendiaram colchões. A diretoria do Instituto se reuniu com os adolescentes, mas a causa da rebelião ainda não foi descoberta.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Sócioeducativos, Bruno Meneli, a motivação da rebelião não é uma novidade. “As reivindicações deles são as mesmas questões de sempre: superlotação, mais atendimento, mais recreação, mais saídas externas. Falta efetivo, falta material de trabalho”, disse Meneli. Ele contou, ainda, que uma agente foi feita refém pelos adolescentes e três outros ficaram feridos.

Agente mostrou machucado no braço (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Agente mostrou machucado no braço
reprodução/TV Gazeta
Um dos feridos, que preferiu não se identificar, contou o que passou. “Até sabonete eles jogaram na gente. Pedra, caco de vidro. Foi um inferno ali. O pessoal sem escudo, sem capacete, sem nada. Alguém conseguiu jogar um escudo e aí tentamos controlá-los, até a hora que a Polícia Militar chegou e eles começaram a se acalmar mais”, falou o agente.

O Iases informou que a agente que teria sido feita refém é uma técnica que estava dentro do bloco quando a rebelião começou e que foi liberada assim que os adolescentes perceberam a presença dela no local.
A negociação com os internos foi feita pela equipe do Iases. O Batalhão de Missões Especiais (BME) e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foram acionados, mas não precisaram entrar na unidade. A Diretoria de Operações Táticas (DOT) da Secretaria de Justiça (Sejus) entrou no local após o término da rebelião para procedimentos de revista. A situação foi normalizada por volta das 13h30, segundo informou o Iases.

De acordo com o diretor técnico do instituto, Gustavo Badaró, a Unis não está superlotada e não há defasagem no número de servidores. "O quantitativo de agentes que tem é suficiente para fazer o atendimento. O que nós temos que verificar é ver se houve alguma falha de procedimento”, informou. A direção do Iases disse que vai continuar investigando os motivos da rebelião e vai apurar responsabilidades sobre o que aconteceu.

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2014/06/menores-fazem-rebeliao-em-unidade-de-internacao-na-grande-vitoria.html



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