![]() |
Complexo da Fundação Casa em Ribeirão Preto tem três centros de internação e um de semiliberdade (Foto: Carlos Trinca/EPTV) |
O Ministério Público investiga supostas agressões contra seis menores infratores internados na unidade Rio Pardo da Fundação Casa de Ribeirão Preto (SP). De acordo com o promotor da Infância e da Juventude, Luis Henrique Paccagnella, a suspeita é de que os jovens tenham sofrido maus-tratos após as fugas que aconteceram em abril, durante a greve estadual dos agentes. A assessoria da instituição informou que ainda não foi notificada sobre a ação.
Segundo o promotor, a denúncia aponta que as agressões aconteceram após a recaptura dos adolescentes: os internos teriam sido colocados em fila e agredidos com chutes e golpes de cassetetes. Paccagnella afirmou que a Justiça já concedeu uma liminar para que os menores sejam ouvidos pela Promotoria. “Precisamos investigar para saber o que realmente aconteceu. Se ficar provado que eles foram espancados, vamos propor uma ação contra o Estado", disse.
Para Paccagnella, o caso é um reflexo do excesso de adolescentes no complexo em Ribeirão Preto. "Com a superlotação, fica difícil para que seja feito um trabalho de segurança e assistência adequado com esses meninos. Fica complicada a reintegração deles”, afirmou.
Fundação Casa investiga
A assessoria da instituição informou que ainda não foi notificada sobre a ação instaurada pela Promotoria, mas afirmou que, no final de abril, instaurou uma sindicância para investigar possíveis maus-tratos nos centro socioeducativos.
“Como a ocorrência é objeto investigação administrativa, não é possível dar detalhes sobre o caso”, comunicou a Fundação Casa em nota, destacando que não tolera qualquer violação dos direitos humanos dos jovens atendidos em seus centros socioeducativos.
Fugas
![]() |
Promotor entrou com ação para apurar supostas agressões contra menores na Fundação Casa de Ribeirão Preto (Foto: Carlos Trinca/EPTV) |
Na época, o juiz da Infância e da Juventude, Paulo César Gentile, que expediu mandados de busca dos menores afirmou que um dos motivos para a fuga foi a superlotação dos 150 complexos da instituição no Estado, com 9,7 mil adolescentes internados. Atualmente, a unidade em Ribeirão Preto mantém quatro centros socioeducativos, sendo três de internação e um de semiliberdade, com capacidade total para 390 adolescentes.
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/05/mp-investiga-supostas-agressoes-na-fundacao-casa-de-ribeirao-preto.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário