sábado, 19 de abril de 2014

Colchões são queimados em rebelião na Fundação Casa de Araraquara, SP

Cerca de 20 adolescentes ocuparam telhado na manhã deste sábado (19).
Corpo de Bombeiros foi chamado para conter as chamas e ninguém se feriu.

Menores da Fundação Casa de Araraquara se rebelaram na tarde deste sábado (Foto: Gabriela Martins/Tribuna Impressa)
Menores da Fundação Casa se rebelaram na tarde deste sábado (Foto: Gabriela Martins/Tribuna Impressa)
Cerca de 20 menores internos da Fundação Casa de Araraquara (SP) se rebelaram no final da manhã deste sábado (19) e atearam fogo em colchões na ala do semiprovisório. O motivo do motim não foi divulgado. A assessoria de imprensa da fundação não foi localizada para comentar o assunto. Parte dos funcionários está em greve há nove dias.

De acordo com a Polícia Militar, por volta de 12h, os adolescentes ocuparam o telhado do local e o grupo de contenção precisou entrar na instituição.

O Corpo de Bombeiros foi chamado para conter as chamas e os agentes precisaram ser retirados da unidade por conta da fumaça. Apesar do fogo, ninguém se feriu. A situação já foi normalizada.

Ainda segundo a PM, os jovens aproveitaram o número reduzido de funcionários, em razão da greve, para organizar a ação. As reivindicações dos menores não foi divulgada.  A assessoria de imprensa da Fundação Casa foi procurada pelo G1, mas não foi encontrada. A unidade tem capacidade para atender 88 adolescentes, sendo 16 em internação provisória e 72 em internação.

Greve
Funcionários das unidades da Fundação Casa de Araraquara, São Carlos e Rio Claro (SP) aderiram à greve da categoria no dia 10 de abril. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família (Sitraemfa), as principais reivindicações são reajuste real de 53,63% e segurança nos locais de trabalho. Além disso, os trabalhadores também reivindicam reposição de perdas, piso salarial e isonomia do Plano de Cargos e Salários.
A assessoria de imprensa da Fundação Casa informou, em nota divulgada no início da paralisação, que neste ano propôs reajuste salarial de 3,97% e reposicionamento por ajuste de curva de 2,20%, aumento do vale-refeição para R$ 14 (totalizando R$ 350 por mês), equiparação dos agentes educacionais com analistas técnicos e conversas permanentes sobre as questões de segurança nas unidades.


http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2014/04/colchoes-sao-queimados-em-rebeliao-na-fundacao-casa-de-araraquara-sp.html

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