Homem de 64 anos reage a assalto e acaba espancado por adolescente

Suspeito tem 17 anos e já havia passado pela Fundação Casa várias vezes.
Crime aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Do G1 Santos

 

Um homem de 64 anos foi espancado por um adolescente, de 17, após reagir a um assalto na cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (20). O menor de idade acertou a vítima na cabeça com mais de dez coronhadas e mordeu a mão do idoso na tentativa de se soltar após ser dominado. O menor havia fugido da Fundação Casa e foi apreendido novamente.
A vítima, que prefere não se identificar, estava dentro do carro esperando o semáforo abrir quando o jovem chegou armado e apontou o revólver para o motorista, que saiu do automóvel e o entregou para o suspeito. “Quando ele tentou sair com do carro, ao engatar a marcha, ele acabou dando ré. Nisso eu abri a porta e pulei em cima dele. A solução foi dar uma coronhada na minha cabeça. Começou a me bater e me deu umas 10 coronhadas, mas eu não largava ele”, diz.

Após tentar se livrar do homem, o adolescente jogou a arma no chão do carro e mordeu a mão da vítima. “Ele ficou segurando e, nesse momento, eu desisti da briga. Depois ele saiu em disparada com o carro”, afirma.
As imagens da agressão foram captadas por câmeras da central de monitoramento de Praia Grande. “A central nos passou a ocorrência e alguém, após uma ligação anônima, conseguiu também identificar e nos informar. Nossa viatura foi atrás dele e o apreendeu próximo a um viaduto”, afirma o Inspetor chefe da Guarda Municipal, Ricardo Cardoso Félix.
O suspeito tem 17 anos e, segundo informações da polícia, já havia passado pela Fundação Casa várias vezes. Ele estava internado na sede da instituição da Vila Maria, em São Paulo, de onde havia fugido no dia 14 de março. “Ele cometeu danos ao patrimônio público, ameaçou funcionários, manteve pessoas em cárcere e se evadiu. Depois veio cometer esse crime. É um garoto de alta periculosidade que já cometeu diversos crimes”, conta o delegado Siulen Vieira Leung.
A vítima diz que agiu por impulso porque havia sido roubado no fim de 2013. Ele pede mudanças na lei para redução da maioridade penal. “Não da pra sair de casa. Fui levar a minha netinha para o colégio e isso aconteceu”, conclui.