quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Fundação Casa de Santos será entregue em fevereiro de 2014

Em três meses, Santos deve ter a primeira unidade de internação para adolescentes da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa).

Será uma edificação de três andares, com capacidade para receber 64 internos, no Monte Cabrão, Área Continental do Município.
A presidente da entidade, Berenice Giannella, esteve   reunida com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) para tratar da nova unidade que está em obras. “A intenção é que sejam atendidos prioritariamente jovens de Santos, que hoje ficam internados em outras cidades”. 
De acordo com dados da Fundação Casa, até outubro, havia 64 adolescentes santistas cumprindo algum tipo de medida de privação de liberdade. O prédio em construção segue o modelo dos demais centros. No espaço ficam as salas de aula, refeitório, consultórios médico e odontológico, sala multiuso, para cursos de educação profissional e sala de informática. Os dormitórios ficam no segundo pavimento e o último andar é ocupado por uma quadra poliesportiva.
Das vagas em Santos, 48 serão para internação e 16 para internação provisória (prazo de até 45 dias em que o adolescente fica internado aguardando a sentença do juiz). Outras nove unidades da Fundação já existem na Baixada Santista.
Reincidência
Nesta semana, o caso de um jovem de 17 anos chamou, mais uma vez, a atenção da população, colocando em questão a recuperação de adolescentes por meio de medidas socioeducativas. 
Na segunda-feira, durante uma tentativa de assalto, o menor manteve uma família refém, no Bairro Vila Belmiro. Mas não é apenas este ato de violência que surpreende quem observa a situação. O menino tem um longo histórico de passagens pela polícia, que começou aos 11 anos.
Os crimes já o levaram para a Fundação Casa, de onde conseguiu fugir no início de novembro para voltar a cometer delitos. E é para lá que ele deve ser encaminhado novamente para fazer parte das estatísticas da reincidência, cujo índice fica entre 13% a 14%.
“Não somos fábrica de fazer 'menininho bonitinho'. A gente tem jovens que, apesar de todos os nossos esforços, não conseguem se recuperar. Muitas vezes, por causa de falta de respaldo da própria família e da comunidade”, avalia Berenice.
O prédio, construído no mesmo modelo das demais unidades, terá capacidade para abrigar 64 internos
O prédio, construído no mesmo modelo das demais unidades, terá capacidade para abrigar 64 internos
Recuperação
Para tentar reverter essa situação, a presidente da instituição acredita que o caminho seja a criação de unidades menores (como a que será inaugurada em Santos) e ter bons funcionários. “Cada adolescente tem um atendimento individualizado, pois cada um tem sua história de vida, a sua família, seu contexto de vivência escolar”.
Ao ser internado, os técnicos fazem um diagnóstico geral do jovem e, a partir dele, é feito um plano de atendimento, no qual devem estar as ações a serem realizadas com o adolescente e a família. 
Neste documento também há metas que devem ser alcançadas para que ele possa ser posto em liberdade. “Cada adolescente tem que ser tratado de acordo com suas necessidades e é isso que a Fundação (Casa) faz. Mas cada caso é um caso”.
A Tribuna

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