Cenam: agentes socioeducadores mantêm greve por tempo indeterminado

Sindicato afirma que a crise do Cenam não é culpa da greve

Há 66 dias paralisados, os agentes socioeducativos do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) e Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip) garantem que continuarão em greve até que o governo se posicione e apresente uma proposta para o sindicato.

Agente estão em greve há 66 dias
 (Foto: Arquivo/Portal Infonet)

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança e de Medidas Socioeducativas (Sindasse), Sidnei Guarany, durante a paralisação, nenhuma proposta foi apresentada. “São mais de dois meses parados e até agora não recebemos nenhuma resposta. O governo não oferece uma proposta porque caberá a ele se explicar para outras categorias que também estão em luta por melhores salários”, afirmou.

Sidnei ainda afirmou que a crise pela qual passam o Cenam e a Usip, nada tem a ver com a greve dos agentes, já que um efetivo maior não irá solucionar os reais problemas das unidades socioeducativas, como a superlotação, a má alimentação oferecida e a falta de atividades para os internos. “Não vamos transformar as unidades socioeducativas, pois, mesmo se voltarmos com o efetivo total - que corresponde a dois agentes por plantão - nada impedirá uma nova rebelião”, acrescenta.

A assessoria de comunicação da Fundação Renascer, afirmou à reportagem do Portal Infonet que a proposta para resolver o impasse não depende da Fundação, mas do governo estadual, já que a Renascer tem a função de administrar as unidades socioeducativas.

Conforme a assessora da Fundação, Camila Santos, as atividades ainda não foram normalizadas, pois o efetivo ainda não está em 100%. “O efetivo está desfalcado e essa redução atrapalha as atividades da fundação, porém, esperamos que os acordos sejam feitos para a melhoria das atividades”, disse a assessora.

O sindicato dos agentes afirmou que haverá uma assembleia da categoria nesta quinta-feira, 10, às 19h30, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), com a finalidade de discutir e apontar as próximas ações da greve.

Por Geilson Gomes e Verlane Estácio

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