Um interno da Fundação Casa, a antiga Febem, em São Paulo, custa aos cofres públicos cerca de R$ 7.000, segundo dados do Ministério Público do Estado. Com esta grana, daria para o jovem estudar em colégios de primeira linha e ainda sobraria dinheiro para outras coisas.
Esta grana toda paga até mesmo um curso superior. Se a mensalidade do curso não passar de R$ 875, daria para o jovem estudar quatro anos inteiros em vez de passar seis anos preso. Algumas faculdades ainda oferecem desconto para quem paga antes do fim do mês, fazendo sobrar um dinheiro para livros, passagem etc
Por R$ 42 mil, também é possível que o jovem estude em um internato por dois anos do ensino médio, incluindo a alimentação e outras despesas, com educação integral. Cada mensalidade sairia por aproximadamente R$ 1.700
Um jovem que ficasse preso seis meses por tráfico ou outro crime de menor potencial ofensivo, ou seja, que não ameaçasse ninguém nem oferecesse risco, custaria aos cofres públicos R$ 42 mil. Com o mesmo valor seria possível que ele estudasse o ensino médio no colégio Graded, um dos mais caros do País, com currículo de dar inveja em qualquer proposta chamada de socioeducativa. Ali, a mensalidade é de aproximadamente R$ 5.500, e ainda sobraria dinheiro para pagar aluguel, comida, passagem
Neste mesmo padrão, cada interno do sistema socioeducativo (que é como é chamada a internação do jovem infrator) custa o equivalente à contratação de três professores pelo prazo de um ano, segundo o Impostômetro. Ou seja, um interno, a cada seis meses, custa o mesmo que três professores por ano. Estes poderiam dar aula para centenas de alunos
Segundo o Impostômetro, equipar ou construir uma sala de aula custa R$ 13.800. Os seis meses que o jovem passaria internado no atendimento socioeducativo valeriam a construção de três salas de aulas para dezenas de alunos
Este dinheiro também permite levantar uma casa (R$ 35 mil), apontam dados do Impostômetro. E com o dinheiro que sobra, daria para mobiliá-la
Um posto de saúde básico custa R$ 28.800, também segundo o Impostômetro. Com o "troco", paga-se o salário de uma equipe de saúde, mas por pouco tempo
Roberto da Silva, professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) e membro do Conselho Curador da Fundação Casa, lembra ainda que há outros custos com o jovem infrator. Quando ele sai da internação, ele vai para a semiliberdade e posteriormente para a liberdade assistida. Nesses dois processos, ele ainda estará acompanhado pelo Estado, e haverá um custo sobre isso
O professor ainda tece uma analogia com o sistema carcerário convencional, aquele que envolve os adultos. Entre a prisão em si, e as penas alternativas, esta última apresenta um resultado muito mais efetivo.
- O custo [da pena alternativa] é muito mais barato. E significa apenas restrição de direitos.
Silva também defende os centros de ressocialização, em parcerias com ONGs (Organizações Não Governamentais), que foram criadas a partir de reajuste na verba do sistema carcerário.
- No caso do adolescente, as medidas de prestação de serviço à comunidade não tem custo nenhum. E isso poderia ser mais bem explorado como alternativa a um monte de internações indevidas que os juízes têm aplicado. A liberdade assistida tem um custo relativo, mas ainda é suportável. Mas a semiliberdade ainda é cara. E a internação é esse absurdo!
http://noticias.r7.com/educacao/fotos/com-grana-gasta-na-fundacao-casa-jovem-poderia-estudar-em-colegio-ou-faculdades-de-primeira-26082013#!/foto/2
Tudo bem, o meliante trafica, mata e/ou estupra e coloca-se em pena alternativa .
ResponderExcluirE como se fará então justiça às vítimas ?
O Brasil é injusto às vítimas desses menores e protetor desses bandidos .
A sociedade trabalhadora, que paga impostos altíssimos pra manter esses vagabundos comendo e dormindo, já não aguenta mais tanta tolerância com a criminalidade .