Adolescentes se rebelam e provocam incêndio no Complexo Pomeri

Nesta semana, é o segundo caso de violência registrada no local, no bairro Carumbé. O Complexo do Pomeri tem sido alvo constante de rebeliões por parte de adolescentes.

Seis adolescentes infratores se rebelaram no Complexo do Pomeri, no bairro Carumbé, em Cuiabá, após arrebentaram os cadeados de três celas e atearam fogo nos colchões.

Eles ainda arrebentaram a parede do banheiro de uma das celas e conseguiram sair no pátio.

O Corpo de Bombeiros teve que ser acionado para apagar o incêndio, que já se alastrava pelas paredes.


O motim ocorreu na noite de quarta-feira (10), por volta das 20h30, na Ala 4 do complexo.
Os garotos estavam revoltados porque pediram para trocar de celas e não foram atendidos pela direção.
Segundo os agentes orientadores, tudo começou com dois garotos que estava na cela 5 e que arrebentaram os cadeados. Eles arrebentaram mais dois cadeados e liberaram outros quatro infratores.

Numa ação sincronizada, atearam fogo nos colchões e quebraram a parede do banheiro de uma das celas para chegar ao pátio e continuar a rebelião, onde começaram a gritar chamando a atenção de outros menores e também dos agentes orientadores.

Os adolescentes se recusaram a voltar para as celas, mas, depois de muita conversa, tiveram que ser transferidos de ala, uma vez que as celas em que estavam ficaram destruídas.

Violência constante
Nesta semana, esse é o segundo caso envolvendo adolescentes no próprio Pomeri. Na madrugada de segunda-feira (8), por pouco, o garoto E.S.A., de 16 anos, não morreu, após ser perfurado com vários golpes de chuço (arma artesanal confeccionada com pedaços de metal), dentro da cela C, da Ala 2.

Os suspeitos são três infratores da mesma cela, sendo dois de 14 anos e um de 17, que acertaram vários golpes na cabeça, tórax e perna do adolescente.
A tentativa de assassinato ocorreu por volta das 3 horas e o garoto só não foi morto porque agentes orientadores de plantão estavam atentos.

Os suspeitos ainda tentaram impedir que a vítima fosse socorrida, avançando sobre os agentes, que os empurraram e conseguiram tirar E.S. da cela.
Segundo um dos agentes, que estava na sala de descanso, ele ouviu um sussurro em forma de socorro, vindo da Ala 2.
De imediato, ele e mais três agentes foram verificar e encontraram garoto apoiado num cabo de vassoura, quase desmaiado.