Ao todo foram oito anos à frente da antiga Febem e da atual Fundação
CASA. Anos nada fáceis. Uma jornada de trabalho intenso e, ao mesmo
tempo, gratificante, que durou de junho de 2005 a junho de 2013. Missão
muito difícil que encarei como se estivesse correndo uma maratona com o
planejamento, estratégias, trabalho, amor e dedicação que se precisa
para vencer a distância de 42Km e alguns metros.
Após todos esses anos de plena dedicação à frente da Fundação, tive
que me ausentar em decorrência do prazo de mandato de presidente da
Instituição, que era de no máximo 8 anos - 4 anos revogáveis por 4 -.
Hoje, depois de sancionada a lei 15.050/2013, que altera o Estatuto da
Fundação CASA, retorno às atividades e quero agradecer a todos
integrantes da minha equipe, funcionários da sede, regionais, centros
socioeducativos e parceiros que estiveram juntos comigo nesta missão e,
como eu, assumiram esta responsabilidade, que acabou marcando a mudança
da antiga Febem para Fundação CASA, acreditando na renovação de suas
crenças a cada desafio no fortalecimento da Instituição.
A todos vocês, servidores e parceiros da Fundação CASA, meu sincero
obrigado pelo comprometimento, trabalho e dedicação nos tempos difíceis
que passamos. Agora, graças a Deus, tudo isso faz parte do passado,
deixando somente as boas lembranças e o aprendizado deste tempo.
Depois de uns dias fora, volto renovada e acreditando ainda mais na
consolidação deste trabalho socioeducativo no Estado de São Paulo.
É imperativo salientar que a Fundação CASA, nos últimos anos,
promoveu e organizou discussões e eventos de formação e de aprimoramento
profissional para que a medida socioeducativa tenha eficiência e
alcance o seu objetivo: a recuperação do adolescente autor de ato
infracional no Estado de São Paulo. O efeito deste trabalho é
reconhecido além das balizas internas da Fundação. Como o
reconhecimento, em 2011, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o
serviço executado em São Paulo pela Fundação CASA, sendo considerado
referência para muitos estados e países que nos visitaram para levar
nossa experiência na aplicação da medida socioeducativa para suas
entidades.
Além disso, o adolescente e sua família são tratados com respeito e,
com a descentralização da instituição, atendidos próximos de suas casas,
o que nos ajuda na recuperação desses jovens.
Sobretudo, também, é imprescindível dizer que todos nós trabalhamos
incansavelmente, por longos oito anos, outros servidores há muito mais
tempo, até entramos num consenso para aprimorar a medida socioeducativa e
assim lançarmos um olhar diferenciado para um futuro melhor dos nossos
jovens. Além disso, defendemos e discutimos uma gestão democrática com o
Judiciário e trouxemos reflexões criticas para uma melhora sobre os
efeitos das aplicações das medidas socioeducativas aos adolescentes do
Estado de São Paulo.
Para avolumar alguns feitos tão importantes quantos outros mais
destes últimos anos, seguramente, destaco o trabalho coletivo, as
discussões conjuntas e o empenho de todos os servidores da Fundação
CASA. Por essa razão, volto revelando esse momento com sentimento de trabalho em
grupo. Uma nova fase desta gestão recomeça, renovam-se as demandas e
com elas as possibilidades de uma vivência melhor que exercite o
coletivo e se consolide como espaço, efetivamente diferenciado, de
reflexão conjugada.
Neste sentido, a superação da Fundação CASA tem o mesmo significado
de trabalho obstinado, de todos os dias, fazer fazendo. São destes
feitos positivos que precisamos para enfrentar, com dedicação, sabedoria
e energia, os desafios que estão postos todos os dias à frente da
Fundação CASA.
No que diz respeito ao novo Estatuto da Fundação CASA, confiamos que
as práticas que iremos implantar em torno das novas normas, renovarão
ainda mais os trabalhos da Fundação CASA. Com isso, destaco alguns
pontos respeitáveis da nova Lei 15.050/2013, que altera a Lei 185/ 1973:
1. Elaborar, em conjunto com as demais Secretarias de Estado, o Plano
Estadual de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com o
correspondente Plano Nacional, cabendo-lhe a função executiva e de
gestão do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo;
2. Fomentar a criação das políticas municipais de apoio ao adolescente egresso da Fundação CASA;
3. Cadastrar-se no Sistema Nacional de Informações sobre o
Atendimento Socioeducativo e fornecer regularmente os dados necessários
ao povoamento e à atualização desse Sistema;
4. Criar, desenvolver e manter programas para a execução, em gestão
própria ou conveniada, das medidas socioeducativas de internação e
semiliberdade aplicadas aos adolescentes;
5. O Conselho Estadual de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente
compor-se-á de 20 (vinte membros), indicados pelos respectivos órgãos e
designados, juntamente com seus suplentes, pelo Governador para um
mandato de 2 (dois) anos, admitida a recondução;
6. Com relação ao mandato, o texto da nova lei 15.050/2013, no artigo
7º, diz que o Presidente e o Vice-Presidente da Fundação CASA,
escolhidos dentre pessoas de nível universitário de ilibada reputação e
de notória experiência no campo de proteção à criança e ao adolescente,
serão designados pelo Governador. Com isso, os mandatos serão de dois
anos, admitida a recondução, sem prejuízo de sua dispensa, a qualquer
tempo.
Por fim, gostaria de reafirmar, como já fiz em outras ocasiões, que
tenho consciência de que ocupo a presidência da Fundação CASA com
responsabilidade e com muito prazer de trabalhar ao lado de todos vocês.
Sigo acreditando que, me conhecendo como só vocês conhecem, conseguirão
compreender, apesar de tudo, que apenas posso ser eu mesma se estiver
lutando bravamente por uma causa. E eu acredito na causa da Fundação
CASA.
Muito obrigada!
Berenice Maria Giannella
Presidente da Fundação CASA
Não entendo porque tanto agradecimento, pois a Fundação CASA não oferece o nem o que é de direito dos funcionários. Tiraram o horário de banco, fazem uma avaliação injusta de nível e letra e etc. Para a Fundação o funcionário que não trabalha é mais reconhecido do que um profissional que tem comprometimento e se dedica ao trabalho socioeducativo. É UMA VERGONHA!
ResponderExcluirEssa forma de avaliação de funcionários está totalmente furada. O funcionário dedicado não pode nem adoecer, pois perde o bônus.
FALOU TUDO! O FUNCIONÁRIO DA FUNDAÇÃO NÃO É VALORIZADO!
ResponderExcluirFALOU TUDO! A FUNDAÇÃO NÃO VALORIZA SEUS FUNCIONÁRIOS!
ResponderExcluirInfelizmente é isso o que ocorre a Fundação não valoriza seus funcionários>>>>>>>>>>>>>>>>>
ExcluirE sabendo de tudo isso e mais um pouco quando temos a chance de nos unirmos com força total para uma paralizaçao geral contra este PCS vem este sindicato q nao vale nada dizendo q o aumento ta bom, fazendo lavagem cerebral em todos nós, temos q criar vergonha na cara e quando começarmos uma mobilizaçao devemos ir até o fim, com salarios dignos e condiçoes de trabalho. Isto tudo é culpa nossa agora nao adianta chorar o leite derramado.
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