quarta-feira, 19 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES EM TODO O BRASIL - VEJA OS VIDEOS MAIS POLÊMICOS

A jornalista Giuliana Vallone, atingida no olho direito por uma bala de borracha disparada por um policial durante manifestação na quinta-feira passada relatou como foi atingida.



Coronela PM: “Comandante, até eu tomei gás”

Cercada por manifestantes, em contato com um superior que parece ter sido o Comandante Geral da PMMG, a Coronel PM Cláudia Romualdo aparece mais uma vez com espontaneidade e integridade, após ter garantido que manifestantes protestassem pacificamente no último sábado. Desta vez, parece ter havido variáveis alheias a sua vontade: 


texto extraido: site abordagem policial


Sozinho, PM quase foi linchado durante protesto na região da Sé
Um policial militar com rosto banhado de sangue, cercado e agredido com socos, chutes e pedras por cerca de dez manifestantes.





Policiais dão tiros de fuzil e pistola durante manifestações

Durante a manifestação ocorrida na Assembleia Legislativa do Rio, dois policiais deram tiros de fuzil para o alto, na tentativa de afastar e dispersar os manifestantes que tentavam invadir a Alerj. O incidente aconteceu próximo ao prédio anexo da Assembleia, na esquina das ruas São José com Dom Manoel.
Após usar os fuzis, um dos agentes ainda sacou uma pistola. Sem munição, os agentes fugiram deixando para trás uma viatura, que acabou depredada.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/p...





PM SENTA NO CHÃO EM RESPEITO A MANIFESTAÇÃO PROTESTO EM SP

Na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 10 policiais militares deram uma demonstração de apoio à manifestação e acompanharam ativistas, sentando-se na pista. Eles foram aplaudidos por integrantes do protesto. "Isso é uma demonstração de respeito da Polícia Militar à vontade política da população", diz Matheus Prei, integrante do Movimento Passe Livre e que acompanha os policiais. "Estamos vivendo uma experiência que nunca vivemos. Estamos aprendendo com essa passeata. Quando a gente não é reprimido, a gente consegue manter o controle das pessoas e não tem vandalismo, nem violência."


Foi justamente na sede do governo que, após mais de seis horas sem qualquer registro de ocorrência, foi visto o primeiro confronto, por volta das 23h. Vaiados pela maioria dos manifestantes, um grupo tentou invadir o palácio e foi recebido pela Polícia Militar com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.






Cartilha para os policiais que atuarão em protestos

 1. As manifestações têm o povo como protagonista, sem liderança formal estabelecida. A pauta são as insatisfações com o Poder Público, cristalizado nas decisões políticas dos governantes. Você tem este tipo de insatisfação? Considere a resposta quando estiver atuando;
 2. A doutrina de policiamento de choque não está sendo utilizada na maioria dos casos. Após algumas ações desastrosas nos últimos dias, os governos perceberam a dimensão das mobilizações e determinaram apenas o acompanhamento e a garantia da realização dos protestos. Não tente bancar o “choqueano” sem necessidade;
 3. Sempre que possível, use o diálogo. Mostre que sua presença e a presença policial visa garantir que a manifestação ocorra, e não reprimir desnecessariamente a liberdade de expressão da população;
 4. Seja simpático. Aceite as flores dos manifestantes. Se conveniente, sorria. Se seguro e adequado, pose para fotos caso seja convidado. Simbolize a polícia ao lado do povo;
 5. Não tome atitudes isoladas de repressão. Caso alguém aja com extremismo, lembre que a esmagadora maioria está ali para reivindicar pacificamente, de modo que a agressão a quem não está praticando violência será uma grande injustiça;
 6. Não descuide de sua segurança. Há sempre a possibilidade do policial ser tomado como símbolo do Estado, e algum extremista tentar lhe agredir. Esteja sempre atento;
 7. Lembre que o mesmo Estado que afaga atualmente as manifestações (por verem sua força), tentou reprimi-las recentemente. A equação política, agora, está invertida: quem tentar reprimir as manifestações não receberá afagos;
 8. Caso precise reprimir violência lembre de ser proporcional, justo e moderado;
 9. Se informe sobre o que está acontecendo. Como policial, você tem um grande potencial de mudança de paradigmas e posturas junto à sociedade;
 10. Você faz parte das manifestações. Provavelmente defende as mesmas causas (ou tem as próprias causas a defender). Nos protestos, a diferença entre você e os demais cidadãos é funcional: você garante a segurança para que os protestos ocorram. Os demais falam, gritam, suspendem bandeiras e cartazes.

Autor:  - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. 

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